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17/04/2011
Homilia dominical


Evangelho - Homilia dominical
17/4/2011 10:15:49

Evangelho - Homilia dominical


HOMILIA DOMINICAL 



2º Domingo da Paixão do Senhor
ou Domingo de Ramos
 “112º Domingo no Exílio”
Ano “A”
 
 
                                                                                                              Lc 19, 1-11
 
                                                                                                              Is 50, 4-7
                                                                                                              Sl 21
                                                                                                              Fil 2, 6-11
                                                                                                              Mt, 27, 11-54
 
 
Domingo, 17 de Abril de 2011.
 
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
 
Meus amados! Na celebração de hoje, o 2º Domingo da Paixão do Senhor – também chamado de Domingo de Ramos – damos início a tão esperada Semana Santa, depois da peregrinação que fizemos, nessas cinco semanas da Quaresma. Sim, depois de quarenta dias no deserto, com Jesus, temos a graça de iniciarmos a Santa Semana, o Tempo mais forte e mais sublime, que a Santa Igreja vive, durante o Seu Ano Litúrgico. Pois nesta Semana contemplaremo
s todo o Mistério da nossa Redenção, com o Sofrimento de Jesus (sua Paixão), o abandono, a condenação (Sua Morte) e o Seu triunfo sobre a morte, pois a morte não tem poder sobre o Filho de Deus, não tem a palavra final (Sua Ressurreição). Como nos diz São Paulo: “Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até a morte, e morte de Cruz” (Fil 2, 8). Hoje, com Sua entrada triunfante em Jerusalém, Jesus foi saudado como Messias, como Rei, o Filho de Davi; mas logo depois escutamos no relato da Paixão, no Santo Evangelho, o drama que nos prepara para a Sua Paixão e morte, que em poucos dias iremos celebrar. Nma mesma Liturgia celebraremos o Seu Triunfo (quando é acolhido com Ramos e palmas de oliveira), e a Sua condenação a morte dolorosa (morte de Cruz). Nós somos a Jerusalém, a Santa Igreja que acolhe Jesus, e grita Hosana Filho de Davi, a mesma Igreja que espera o Seu Retorno Glorioso, no último dia. O Homem das Dores, o Servo Sofredor, prefigurado pelo Profeta Isaias, é Jesus mesmo, uma vez que Ele assumiu a dor de toda Humanidade. O Seu silêncio e a Sua resignação é um testemunho para nós, pois, como nos diz o Profeta Isaias, Ele, “como cordeiro, foi levado ao matadouro e não abriu a boca”, cf. Is 53. Sim, o Cântico do Sevo de Javé é aplicado em plenitude à pessoa de Jesus, pois com Sua obediência e fidelidade, Ele levou a termo o projeto do Pai... “Eu entreguei meu corpo aos que me feriam, e a minha face aos que me arrancavam a barba; não desviei a minha face dos que me injuriavam e cuspiam. O Senhor Deus é meu protetor, por isso não fui confundido; por isso ofereci a minha face como uma pedra duríssima, e seu que não ficarei envergonhado” (Is 50, 4.7).
 
Meus amados! Como aponta o Evangelho de hoje, a trajetória de Jesus - Aquele que proclamou a Boa Notícia, curou os doentes, Ressuscitou os mortos e expulsou os demônios - dá testemunho da verdade e do amor.  Esse testemunho de fidelidade tem como ápice o Mistério da Cruz!  A Sua obediência a vontade do Pai O faz abraçar o sofrimento, a rejeição e a morte, mas Seu exemplo nos ensina que nenhum sofrimento é em vão, pois o sofrimento por si, não tem sentido (é maldição), mas acolhido e vivido com amor, é sinal de salvação. É o que nos relata as leituras de hoje, que acabamos de escutar... Vemos um paradoxo: o triunfo e a glória, com Hosana Filho de Davi, e a condenação por Pilatos, com o grito da multidão: “seja crucificado”. E até hoje continua a Sua dor, pois, Misticamente, Jesus é maltratado, cuspido e rejeitado pelos Seus, de modo particular por nós, os consagrados. Uma vez que preferimos as honrarias deste mundo, que se afasta de Deus a abraçarmos nossa Cruz, mais uma vez O condenamos, e O crucificamos. Pois Ele continua sendo pregado pelos nossos graves pecados. A Igreja sofre a mesma dor e a mesma humilhação, uma vez que permanece fiel a Doutrina e a Verdade, por Ele vivida e Proclamada. A Igreja também sofre o Seu Calvário, como Serva fiel, que recebendo o Alimento da Vida Eterna – a Santíssima Eucaristia – leva aos Seus filhos, e os nutre com o Seu Corpo e Sangue Sacratíssimos, e com a verdade da Sua Palavra. Meus filhos! Abracemos com fé e fidelidade o ensinamento Católico, a Sã Doutrina e os Mandamentos do Senhor. Mesmo que sejamos rejeitados e humilhados, sejamos firmes, pois sei que não é fácil viver a vontade de Deus, e seguirmos os passos do Senhor, pela escolha que fizemos. “O qual, existindo na forma (ou natureza) de Deus, não julgou que fosse uma rapina o seu ser igual a Deus; mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens...” (Fil 2, 6-7a). Esse é o Mistério da quênose, (o rebaixamento) do Filho de Deus, que saiu do Seu Trono e assumiu a fraqueza humana, para nos elevar a glória do Céu! Nós, também, Igreja viva, devemos abraçar com fidelidade, o convite que Ele nos faz, sempre confiantes na Sua graça, e na Sua fortaleza.
 
Meus filhos! Não nos deixemos atrair pelo mundo, com suas modas e novidades, pois nos nossos dias vivemos uma confusão, uma incerteza dolorosa, onde o homem torn
ou-se mais amigo dos prazeres, do que de Deus! Mas precisamos ter confiança, meus amados, pois o Senhor nunca abandona os Seus filhos, pelo contrário, Ele os Alimenta com o Seu Pão Celestial. Esse Mistério é a Páscoa que nestes dias vamos celebrar, e que todos os dias Ele nos oferece, no Altar do Sacrifício, ao celebrarmos os Santo Sacrifício da Missa. Não há dom maior que o Dom de Si mesmo, e Ele O fez para nos! “Mas desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas sobre a terra. E, perto da hora nona, exclamou Jesus: Eli, lamma sabacthani? Isto é: Deus meu, Deus meu, por que me abandonastes? Mas o centurião e os que com ele estavam de guarda a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande medo, e diziam: Na verdade este (homem) era filho de Deus” (Mt 27, 45-36. 54). Ele continua oferecendo o Sacrifício do Seu Corpo e do Seu Sangue, para Alimentar as sua ovelhas, que permanecem fiéis, e que desejam ouvir a Sua voz. Pois o Seu grito ressoa em toda a terra, mas são poucos os que O escuta, enquanto uma grande multidão torna-se indiferente e fria ao Seu chamado a conversão. Durante a Santa Quaresma tentamos preparar os nossos corações, para vivermos – com liberdade interior – o encontro com o Senhor, nesta Semana que se inicia. Pois somos convidados pela Santa Liturgia a vivermos o Seu triunfo em Jerusalém, caminharmos com Ele até a Cruz, para com Ele, também, sermos glorificados, pelo Mistério da Sua Ressurreição. E proclamarmos como o Centurião: “Na verdade este (homem) era filho de Deus”. Somos auxiliados pelo Coração da nossa Mãezinha, que caminhou com o Seu Filho Jesus, acalentou o Seu Coração, e que hoje nos acalenta e nos consola. Pois uma vez que caminhamos em nossas provações, pedimos a Sua graça, através do Santo Terço e do Santo Rosário, para que tenhamos força de seguirmos nossa luta, até o fim. Ampare os nossos Corações, ó Mãezinha, e nos ajude a caminharmos na fidelidade ao Coração do Vosso Santíssimo Filho Jesus, nos dando a graça, de, juntos, celebrarmos a Sua Páscoa.
 
 
“... Não vi amigo algum, por entre aqueles que escarneciam de Mim. Ninguém viera para me consolar: Meu Deus! Meu Deus! Porque Me abandonaste? (...) O Meu olhar posou, então, sobre a minha Mãe. Contemplei-A e os Nossos Corações falaram: ‘Dei-te os Meus filhos bem-amados para que sejam também Teus filhos. Tu serás a sua Mãe’. Tudo estava consumado, a salvação estava próxima...”
 
(A Verdadeira Vida em Deus, Encontros com Jesus, pg. 182)
 
 
Pela interseção da Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, do Seu Castíssimo Esposo, São José, e São Miguel Arc’Anjo nosso protetor...
 
Abençoe-vos, Deus, Todo Poderoso,
 
Pai, Filho † e Espírito Santo. Amém!
† Padre Tarciso Alves Maia Júnior.
 




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