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20/06/2011
Homilia da Ssma Trindade


Evangelho - Homilia da Ssma Trindade
20/6/2011 09:00:51

Evangelho - Homilia da Ssma Trindade


12º Domingo do Tempo Comum
Solenidade da Santíssima Trindade
“122º Domingo no Exílio”
Ano “A”
 
 
                                                                       Ex 34, 4-6. 8-9
                                                                       Dn 3
                                                                       2 Cor 13, 11-13
                                                                       Jo 3, 16-18
 
 
 
Solenidade da Santíssima Trindade, 19 de Junho de 2011.
 
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
 
Meus amados! Celebramos no 12º Domingo do Tempo Comum, a Solenidade da Santíssima Trindade. Dogma de fé (ou seja, verdade de fé) da Santa Igreja Católica. Esta verdade de fé revela para nós a plenitude do amor de Deus, manifestado nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, a Trindade de Santa indivisa. Pois, uma das condições para sermos verdadeiramente Católicos é acreditarmos naquilo que a Igreja acredita. Esta verdade de fé revela o que Deus é: amor! E esta comunhão de amor é modelo para nós, que, imitando esta Comunidade Trina, desejamos amar, adorar e servir a Deus, deixando-nos, também, sermos amados por Ele. A oração, a caridade, é o vínculo que nos une a Deus - como se realiza no Mistério Trinitário – por isso não deixemos que o pecado nos afaste desse amor, mas lutemos para permanecermos unidos e fiéis. Fiéis ao Pai (primeira pessoa) que nos amou desde toda a Eternidade, e nos criou - não que Ele precisasse de nós - porque nos ama e quis, através da criação, manifestar e revelar o Seu amor; e, quando caímos, pelo pecado de Adão, Ele enviou o Seu Único Filho (segunda pessoa) que, por fidelidade ao Pai, foi até o fim, oferecendo-Se a Si mesmo, no Madeiro da Cruz, para nos redimir e nos Salvar; e, em todos os tempos, permanece conosco, sustentando e animando a Sua Igreja, por meio do Espírito Santo (terceira pessoa), festa que celebramos Domingo último. E eis como Deus manifesta o Seu amor, com acabamos de ouvir no Santo Evangelho de São João. Costumamos dizer que este versículo bíblico, resume todo o Mistério das Sagradas Escrituras e da Tradição, pois se o temos diante dos olhos, e no coração, essa verdade que nos ensina São João, através da Santa Igreja, nós temos a síntese de toda a revelação, se assim podemos dizer. “Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). Deus também nos convida a subirmos a montanha, a exemplo de Moisés, que foi ao encontro do Se
nhor com as tábuas da Lei. E prostrando-se na presença do Altíssimo, suplica, reconhecendo Sua grandeza e Seus atributos, como um Deus bondoso, misericordioso, entre tantos outros que conhecemos... Com isso ele nos ensina a curvar nossos corações e nos prostrarmos na presença de Deus, com o desejo de realizarmos a Sua santa vontade, e obtermos o Seu favor. Essa subida exige de nós esforço e renúncia, abandono e aniquilamento de nós mesmos, da nossa vontade. Aprendamos com o Senhor, pois Ele quer nos ensinar a caminhar na fidelidade, na verdade e na Santidade, caminho da porta estrita, para chegar até o Seu Coração. “E, passando o Senhor diante dele, Moisés disse: Dominador, Senhor Deus, misericordioso e clemente, paciente e de muita misericórdia, e verdadeiro” (Ex 34, 6).
 
Neste mundo relativista onde os valores da fé, da moral, da ética e dos bons costumes são banalizados, e cada vez mais são deixados de lado, precisamos está atentos aos ensinamentos da Santa Igreja, as verdade que Ela nos transmite. Nós, Católicos, somos chamados a abraçar com fé estas verdades (dogmas), que no seu Mistério revela e manifesta a glória de Deus. Pois o mundo quer nos perder e nos afastar de Deus arrancar de nós o dom mais precioso - a nossa fé. Mas não devemos temer e sim lutarmos, para que não nos falte à fortaleza, e a graça que os divinos Mistérios nos oferecem. Nestes Jesus, Se imola no Altar do Sacrifício, como Se entregou no Altar da Cruz, para nos restituir a vida Divina, que perdemos pelo pecado original. Ele nos chama a acreditar e confiar no Seu amor, e deixarmo-nos conduzir por Ele. É um desafio terrível para os dias de hoje, como foi desde sempre, pois desde sempre nós, Cristão, Católicos fomos perseguidos, e hoje não poderia ser diferente. Com mais sutileza ainda, pois os lobos entram na Igreja para destruí-La, e dispersar o rebanho. Estejamos atentos, vigilantes e em oração, mas, infelizmente, já não temos tempo de rezar, nessa correria, não é? E a Santa Igreja vai definhando! Esperamos n’Ele, mas temos dificuldade de fazer a sua vontade, temos dificuldade de seguir Seus preceitos e obedecer Seus Mandamentos. Pois tudo isso custa para nós: fidelidade, amor, despojamento de nós mesmo; vencermos o orgulho, o egoísmo e lutarmos para fazermos a Sua santa vontade. É o amor de Deus que nos convida a reatarmos a Aliança de comunhão, a exemplo da Santíssima Trindade, que é a perfeita união no amor. Precisamos alimentar essa esperança de que Deus nos amou desde toda a Eternidade, e nos ama, por isso socorre nossas necessidades, segundo os Seus desígnios para conosco. Ele não é indiferente aos nossos sofrimentos, as nossas provações, pelo contrário, Ele desce até nós, na pessoa do Seu Filho Jesus. Que as nossas fraquezas, os nossos pecados - que são muitos – não impeçam (embora o pecado nos prive da graça de Deus) de percebermos Deus, vindo até nós, para ficar conosco e nos salvar, e nos abraçar como propriedade Sua. Mas é preciso que sejamos fiéis, obedientes, e sigamos Seus passos, a exemplo de Moisés: “Moisés, pois, cortou duas tábuas de pedra, como eram as primeiras; e, levantando-se de noite, subiu ao monte Sinai, conforme o Senhor havia ordenado, levando consigo as tábuas. E, Imediatamente, Moisés se prostrou e se curvou até a terra, e adorado, disse: Senhor, se eu achei a graça em tua presença, peço-te que venhas conosco (porque este povo é de cerviz dura), e que tires as nossas iniqüidades e pecados, e que tomes posse de nós” (Ex 34, 4.8-9).
 
Meus amados! O que nós Católicos seguimos e acreditamos, não é numa filosofia de vida, nem numa ideologia, com objetivo sócio-político, mas sim uma pessoa, um Deus que Se fez homem, que se encarnou, assumindo a natureza humana, corrompida e decaída, para levantar e salvar.  É nesse Mistério que nós acreditamos. Por isso estamos aqui, reunidos, em oração, como estavam a Virgem Maria e os Apóstolos no Cenáculo de Jerusalém. E pedimos a Deus que nos dê força para O seguimos com fidelidade, na obediência a Santa Igreja, que pela Tradição e pelas Sagradas Escri
turas, através do Seu Magistério, nos revelam Sua Santa vontade. Não tenhamos medo - embora saibamos que não é fácil ser Católico – de acreditarmos nas verdades divinas, e tentarmos seguir os ensinamentos da Santa Igreja.  Pois estas verdades deveriam nos apontar para o Alto, para as coisas Sagradas, e para o Mistério que hoje esta Solenidade nos revela. Deus continua Se manifestando ao mundo, nos amando e desejando nossa salvação, mas é preciso que nos convertamos diariamente, e busquemos n’Ele, de modo especial nos Sacramentos do Perdão e da Santíssima Eucaristia, a graça e a força para permanecermos fiéis. Na Santíssima Trindade somos amados, criados pelo Pai, recriados, na graça, pelo Filho, e animados no poder do Espírito Santo, para que em tudo Deus seja glorificado, e a salvação chegue aos nossos corações. “A graça de Nosso senhor Jesus Cristo, e a caridade de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Assim seja” (2 Cor 13, 13). Até lá será muita luta, pois estamos numa batalha, que exige de nós vigilância, oração e muita força para não desanimarmos, e ficarmos no meio do caminho. Pois o tempo urge, e já escutamos os passos do Senhor, que vem, vem para recolher o trigo no celeiro e lançar a palha na fornalha de fogo inextinguível. Quando vou aos funerais, para as exéquias, vejo que lá existe mais conversa, bate-papo do que oração, e fico pensando se nós, diante daquele corpo, não pensamos no momento final... Será que estamos preparados para nos encontrarmos com o Senhor? Vigiemos! Que o senhor nos ensine a caminhar na fidelidade, no amor e na caridade, pois caridade não é filantropia, que espera retorno, mas é amor, é morrer para nós mesmos, como o Filho de Deus, sem esperar retorno, apenas por amor! Isso é caridade, isso é amor!... E precisamos aprender a viver essa verdade em nossos corações, socorrendo aqueles que Ele nos confiou, onde estivermos, o próximo que está tão perto de nós, e que tantas vezes não vemos. Que o Senhor e a Virgem Santíssima nos dêem a coragem, de abandonarmos nossos corações a Eles, para que Eles possam nos formar no Seu amor. Interceda por nós, oh, Mãezinha, e como acompanhastes com a vossa oração, a Igreja reunida no Cenáculo, acolhei nossas súplicas e permanecei conosco, nessa batalha, pois a glória da Santíssima Trindade e a salvação das almas é a meta que desejamos alcançar, pela a graça do Vosso Coração Imaculado. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado e Nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
 
 
“A graça de Nosso senhor Jesus Cristo, e a caridade de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Assim seja”
 
(2 Cor 13, 13)
 
 
Pela interseção da Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, do Seu Castíssimo Esposo, São José, e São Miguel Arc’Anjo nosso protetor...
 
Abençoe-vos, a Santíssima Trindade,
 
Pai, Filho † e Espírito Santo. Amém!
† Padre Tarciso Alves Maia Júnior


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