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O Papa
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17/08/2006
Sinal Luminoso


O Papa - 14 Sinal Luminoso
O Papa - 14 Sinal Luminoso

Bento XVI: Assunção, «sinal luminoso» em um mundo que vive como se Deus não existisse...

Intervenção na audiência geral desta quarta-feira
CASTEL GANDOLFO, quarta-feira, 16 de agosto de 2006 (ZENIT.org).- Publicamos a intervenção que Bento XVI pronunciou nesta quarta-feira durante a tradicional audiência geral, celebrada na residência pontifícia de Castel Gandolfo, dedicada a meditar sobre a solenidade da Assunção da Virgem Maria, celebrada no dia 15 de agosto.

Queridos irmãos e irmãs:
Nosso costumeiro encontro semanal da quarta-feira acontece hoje no clima da solenidade da Assunção da Virgem Maria. Quero, portanto, convidar-vos a dirigir o olhar mais uma vez à nossa Mãe celestial, que a liturgia nos apresentou triunfante com Cristo no Céu. Esta festa foi sempre muito querida pelo povo cristão, desde os primeiros séculos do cristianismo. Como já se sabe, celebra a glorificação inclusive corporal dessa criatura que Deus escolheu como sua Mãe e que Jesus na Cruz entregou como Mãe a toda a humanidade.

A Assunção evoca um mistério que afeta a cada um de nós, já que, como afirma o Concílio Vaticano II, Maria «antecede o Povo de Deus peregrino com sua luz, como sinal de esperança e de consolo» («Lumen Gentium»). Estamos tão submergidos nas vicissitudes de todos os dias que às vezes esquecemos dessa consoladora realidade espiritual, que constitui uma importante verdade de fé.
Como é possível fazer que este sinal luminoso de esperança seja percebido cada vez mais pela sociedade atual? Hoje há quem vive como se nunca devesse morrer ou como se tudo acabasse com a morte; alguns se comportam considerando que o homem é o único artífice de seu destino, como se Deus não existisse, chegando a negar, em certas ocasiões, que haja espaço para Ele em nosso mundo. Os grandes êxitos da tecnologia e da ciência, que melhoraram notavelmente as condições de vida da humanidade, não oferecem soluções às perguntas mais profundas do espírito humano. Só a abertura ao mistério de Deus, que é Amor, pode saciar a sede de verdade e de felicidade de nosso coração; só a perspectiva da eternidade pode dar autêntico valor aos acontecimentos históricos e, sobretudo ao mistério da fragilidade humana, do sofrimento e da morte.
Ao contemplar Maria na glória celestial, compreendemos também que a terra não é nossa pátria definitiva e que, se vivemos constantemente orientados para os bens eternos, um dia compartilharemos sua própria glória. Por este motivo, apesar dos milhares de dificuldades cotidianas, não temos que perder a serenidade nem a paz. O sinal luminoso da Assunção ao céu resplandece ainda mais quando parece que no horizonte aparecem sombras tristes de dor e de violência.
Estamos seguros: desde o alto, Maria acompanha nossos passos com doce trepidação, nos dá serenidade na hora da escuridão e da tempestade, nos dá segurança com sua mão maternal. Apoiados nesta convicção, continuamos com confiança nosso caminho de compromisso cristão lá aonde a Providência nos conduz.



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