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31/05/2006
Histórias de Maria (2)


Maria - 12 Histórias de Maria (2)
Maria - 12 Histórias de Maria (2)

11 HISTÓRIAS DE MARIA (2)
 
COMO MARIA SANTÍSSIMA É BOA!
FREI CANCIO BERRI C. F. M.
EDITORA  VOZES – 22/07/1954
 
Parte 2
 
11 – PARECIA ATÉ IMPOSSÍVEL
 
No ano de 1880, uma piedosa mulher, por negócios de família, deixou-se dominar pelo ódio contra seu irmão. Afastou-se aos poucos dos sacramentos, e largou enfim a toda a oração.
Certo dia ficou doente, e o mal foi piorando de tal sorte que parecia que ia morrer. O Padre Vigário visitou-a e procurou leva-la a melhores sentimentos, para que não falecesse nesse estado de alma.
Foi, porém, tudo em vão.
Um missionário, por ali de passagem, a pedido do senhor pároco, foi ter com a enferma.
O ódio estava tão firme no coração que não quis reconciliar-se. Chegou ao ponto de afirma:
-         Sobre a pedra de meu túmulo quero que se gravem estas palavras: Aqui jaz uma mulher que se vingou.
-         E o inferno? Tornou o missionário.
-         O inferno? O pensamento de minha vingança consolar-me-á em todos os tormentos.
Quase desanimado, o sacerdote aconselhou-lhe que rezasse para obter força de perdoar.
-         Sei que por meio da oração posso alcançar essa graça, mas não quero rezar.
Mas o ministro de Deus, como que inspirado, perguntou-lhe:
-         E por mim rezarias?
-         Pelo senhor, sim, pois o senhor é bom para comigo.
O Sacerdote ajoelhou-se junto da cama, entregou às mãos da doente uma imagem de Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro, e ambos começaram a reza da Ave-Maria. E chegando às palavras: “Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte”, a mulher, comovida, desatou em prantos. E não tardou a soluçar: “Perdôo a meu irmão... E quero confessar-me”.
    Alegrias voltaram à alma dessa senhora, e júbilos no lar dos dois e famílias.
    Como é boa Nossa Senhora! Efeito extraordinário da Ave-Maria bem rezada.
 
 
12 – UM RECADO PARA MARIA SANTISSIMA
 
    Após brilhantes estudos, um jovem já formado resolveu dar um passeio a Paris. Na véspera da partida uma tia chamou-o e pediu-lhe um favor.
    O Moço prontificou-se a atendê-la em tudo. Ao que a boa senhora lhe disse que, antes de regressar de Paris, fosse ao santuário de Nossa Senhora das Vitórias e lá rezasse uma Ave-Maria bem rezada. Embora o pedido lhe parecesse estranho, prometeu cumprir-lhe a vontade.
    Na capital francesa passeou e divertiu-se a valer. E já ia voltar. E o recado? Não tinha gosto para executá-lo. Pensando que seria feio não cumprir a palavra, entrou na igreja, e escondido num canto, caiu de joelhos como alguém que já perdera o belo costume de ajoelhar-se. E, na verdade, fazia muito tempo que não punha os pés na casa de Deus.
    Procurou lembrar-se das palavras da Ave-Maria, e pôs-se a recitá-la. E, sem saber por que, começou a sentir remorsos. Uma força estranha o impeliu ao confessionário. Procurou resistir, mas não lhe foi possível. Confessou sinceramente toda série de pecados. Saiu dos pés do confessor de alma em festa. No dia seguinte recebeu o Jesus querido de sua meninice.
Como estava novamente feliz! A Mamãe do Céu o convertera para sempre,  por causa da reza de uma só Ave-Maria.
De volta a sua terra natal, sua primeira visita foi à titia, que lhe dera o felizardo recado e, com lágrimas de alegria nos olhos, contou-lhe como tornara a recuperar o Céu na alma por bondade de Maria, a Rainha das Vitórias.
 
*          *           *
 
As visitas aos santuários da Mãe de Deus têm muito valor. Quantas conversões exatamente devido a essas romarias! Quantas graças os romeiros alcançam de Nossa Senhora!
Se houver al
guém em casa, seja dentre os pais ou parentes, que não praticam a religião, consigam que visite a Virgem Santa. E a conversão se efetuará...
 
 
13- POR TÃO POUCO SALVARAM-SE
 
Um dia conta-se na vida de S. João Vianney, entre os peregrinos, estava à espera na igreja uma senhora de luto pesado. Encontrava-se muito aflita. O marido, irreligioso, tinha-se suicidado de uma ponte abaixo, morrendo sem os sacramentos. O Santo passa. E, antes mesmo de ela lhe falar, inclina-se ao ouvido e diz: “Está salvo!” A senhora perturba-se “Está salvo, digo-lhe eu”. A resposta é um gesto de descrença. Então o Santo, articulando bem cada palavra, acrescentou: “Afirmo-lhe que está salvo”. Encontra-se no purgatório e é preciso orar por ele. Entre a ponte e a água teve tempo de fazer um ato de contrição. Lembre-se do altar, erguido em seu quarto durante o mês de Maio. Algumas vezes o seu esposo, apesar de irreligioso, uniu-se às orações. Foi isso que lhe mereceu o arrependimento e um supremo perdão”.
 
*          *           *
 
Admirável é a conversão do capitão Laly.
Esse homem foi, durante a Revolução Francesa, um dos mais ferozes e mais ímpios de entre tantos monstros que perseguiram os sacerdotes.
Após algum tempo, o miserável perseguidor e a família caíram na mais espantosa miséria. Por muitas vezes um sacerdote procurou, por meio de ofertas caridosas, tira-lo do desespero que pesava sobre esse homem terrível e repelido por todos. Laly respondia com malvadezas e grosserias a todas as tentativas de levá-lo ao bom caminho.
Mas, para a admiração de todos, um dia viram-no entrar na igreja alquebrado pelo sofrimento, humilhado e arrependido. Já não era o mesmo homem. Depois de ter feito confissão de seus crimes e recebido o perdão, declarou ao confessor que nunca deixara de rezar, cada dia, mesmo durante a sua maior fúria revolucionária, a Ave-Maria, para satisfazer uma promessa feita a sua piedosa mãe moribunda.
Foi a Ave-Maria que o salvou.
 
 
14-TINHA CERTEZA QUE IRA PARA O CÉU
 
Estava as portas da morte uma senhora de seus 20 anos apenas. Filha de um celebre marechal francês, adorada por seus pais e por seu distinto marido, riquíssima, com um futuro brilhante, e feliz por ter um filhinho.
E a morte vinha buscá-la. A mãe estava louca de dor, o marido desesperado, o pai aniquilado.
O Bispo Dupanloup, ao saber da doença, entrou nessa casa para consolar os moradores. Ficou admiradíssimo, ao encontrar a moribunda a sorrir.
-  Estou certa de ir para o céu, dizia ela.
-  Quem é que lhe da essa certeza? Perguntou Monsenhor Dupanloup.
-  O conselho que Vossa Excelência me deu quando me preparou para primeira comunhão.
-  Que conselho foi esse?
-  Que recitasse diariamente ao menos um Ave-Maria a Nossa Senhora, pois quem fizesse isso iria, na certa, para o céu. Desde então até hoje, eu não falhei nenhuma vez. Não só isso. Desde vários anos, rezo diariamente o terço. Digo mais de 50 vezes: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pecadora, agora e na hora de minha morte. Neste momento em que vou morrer, ela não me abandonará. Disto estou certíssima. Por isso o céu será meu.
Após ter sido sacramentada, faleceu calmamente. Nossa Senhora levou para a mansão celestial.
 
*          *           *
 
Felizes os que seriamente se esforçam para serem sempre e em toda parte bons, e depositam toda a confiança em Deus e em Maria Santíssima!
 
 
15- CONVERTIDO APESAR DE NÃO QUERER
 
Foi  no natal de 1847. Um sacerdote foi chamado para um moribundo. O homem era conhecido como e inimigo dos padres e da religião. O ministro de Deus entrou no quarto e dirigiu-se direitinho ao doente. Não teve tempo de perguntar-lhe como estava passando, pois o enfermo se pôs a praguejar e a vomitar blasfêmias horríveis. E não foi possível acalma-lo. O Padre saiu consternado. Foi à igreja pedir à Mãe de Deus coragem para tentar nova visita.
No dia seguinte voltou à casa do doente. Ouviu as
mesmas palavras. E vendo que o homem parecia procurar alguma coisa ao redor da cama, perguntou-lhe:
-   Amigo, estas querendo alguma coisa?
-    Procuro, sim, foi a resposta, a minha bengala para quebrá-la em suas costas.
E furioso por não achá-la, acrescentou:
-   Não tenho outra coisa, tome isto.
E atirou-lhe um escarro no rosto.
O padre retirou-se, horrorizado.
Numa reunião, que houve à noite na matriz, pediu o sacerdote orações especiais em honra do Puríssimo Coração de Maria, pela conversão do pecador. Todos rezavam com fervor e piedade.
Ao sair da igreja, o Vigário foi de novo ver o doente, confiando no poder e na bondade da Virgem Santa.
E desta vez foi acolhido bem. O moribundo estava calmo e resignado.
-   Veio confessar-me, Sr Padre?
-   Sim, meu amigo: acabamos de invocar a Maria Santíssima. Estou vendo que nossa oração foi atendida.
De fato confessou-se; comungou no dia seguinte e, quatro dias depois de ter recebido a extrema-unção, entregou sua alma suavemente a Deus.
Não quis converter-se, mas Nossa Senhora venceu.
 
 
16-MARIA APARECEU-LHE E CONVERTEU-O
 
 
Certo conde, que se dizia devoto de Nossa Senhora, não vivia bem. Diariamente rezava-lhe certas orações, mas continuava em seus pecados.
Um dia, durante uma caçada, sentiu fome devoradora. Nossa Senhora, que é sempre boa, apareceu-lhe, oferecendo-lhe, numa vasilha imunda, comida gostosa. O fidalgo queixou-se com as palavras:
“Como poderei eu comer de um prato tão sujo?”
Ao que a mãe de Deus lhe respondeu:
“Assim como o senhor não pode apreciar uma iguaria, embora boa, numa vasilha suja, do mesmo modo eu também não posso aceitar com prazer seus louvores, enquanto continuar nessa vida de pecados”.
O conde caiu em si, mudou de vida, desde então foi muito favorecido de graças e bênçãos da Virgem Santa.
Teve uma morte santa, e ganhou o Céu.
Observação:
Uma das maneiras para agradar a Nossa Senhora é exatamente evitar os pecados, que aborrecem a Jesus. O que entristece a Deus, desgosta também a sua mãe.
 
 
17 – BELA RECOMPENSA!
 
São Bernardo, preclaro doutor da Igreja, foi um dos maiores devotos de Maria Santíssima. Escreveu muito sobre as glórias, belezas e poder da mãe do Céu. A todos aconselhava a importantíssima devoção. Afirmava solenemente a todos que um verdadeiro devoto da Virgem nunca se há de perder.
Tinha ele, por costume, toda vez que passasse por uma imagem da Mãe de Deus, saúda-la com uma “Salve, Maria!”
Certo dia, passando ele na varanda do mosteiro, onde se encontrava bela imagem da Imaculada, saudou-a, dizendo: “Salve, Maria!”
Ao que, para seu enorme espanto e admiração, ouviu distintamente da boca da Santa um claro: “Salve, Bernardo!”
Sim, a boa Mãe dos homens, ressaúda a quem a saúda. Responde às saudações de seus devotos com suas bênçãos e graças mil.
 
                                       *          *          *
 
Precioso costume é, sem dúvida, o de rezar uma Ave-Maria toda vez que se ouve dar horas.
 
 
18 – CONVERTIDO POR NOSSA SENHORA
 
Um dia foi S.Francisco Régis chamado para atender um enfermo, que não queria de forma alguma preparar-se para a morte. Desprezava todos os auxílios da santa religião.
O Santo tirou do breviário uma imagem da Mãe de Deus e, mostrando-a ao doente, disse:
-         Olha, Maria te ama!
-         Como, replicou o pecador, então ela me conhece?
-         Mas eu sei que ela te ama, tornou o Santo.
-         Então ela não sabe que reneguei a minha fé e desprezei a religião?
-         Sabe.
-         Que insultei a seu filho?
-         Sabe.
-         Que estas mãos estão manchadas de sangue inocente?
-         Sabe.
-         Padre, o senhor fala a verdade?
-         Sim; passarão o Céu e a terra, mas a palavra de Deus não passará. Sabe o que Jesus disse outrora e te
Diz hoje ainda: Filho, eis aí tua Mãe!
-         Uma mãe que me ama!... murmurou o pecador comovido; minha mãe, minha...e copiosas lágrimas lhe vinham dos olhos. Era
m lágrimas de verdadeiro arrependimento e sincera dor.
Fez piedosa confissão e recebeu com visível fervor a sagrada comunhão e a extrema-unção.
Alguns dias depois, feliz e cheio de confiança, expirou.
 
                                       *          *          *
 
Como é agradável saber que no Céu temos uma Mãe que sempre pensa em nós, que vela solícitamente
por nós, que nunca nos abandona, mesmo quando nós somos ingratos e pecadores arrependidos.
 
 
19 – NOSSA SENHORA O PREMIOU
 
Um velhinho – ia completar oitenta anos – embora quase nada entendesse da verdadeira religião, nos últimos instantes de sua vida, chamou um Padre Católico.
-         Por que não chamou um sacerdote de sua seita? Perguntou o missionário.
-         Porque esta noite, respondeu o doente, apareceu-me certa Senhora muito linda, assegurando-me que
só poderia salvar-me, chamando um ministro da Igreja Católica.
O Padre inquiriu ainda:
-         Durante sua vida teve, por acaso, alguma devoção, praticou algum obséquio em louvor da Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo?
-         Sim, senhor, todos os anos jejuei durante quinze dias em preparação à festa da Assunção.
Depois de bem preparado, batizou-o sob condição e deu-lhe os últimos sacramentos.
(Disse que o doente foi batizado sob condição. É que poderia ele ter já sido batizado quando criança.
Ouviu-lhe a confissão, também recebeu a Santa Comunhão e a extrema-unção).
E o velhinho, todo satisfeito, deixou esta vida com a placidez de um santo.
O obséquio, em honra da virgem sempre boa, não ficará nunca sem recompensa.
 
 
20 – SALVOU-O DA MORTE
 
Foi no dia 25 de abril de 1855. Uma barca de pescadores estava em alto mar. De repente desencadeia-se medonha tempestade. Encrespa-se o oceano. A ventania furiosa arremessa às ondas o filho do dono da embarcação, um mocinho de 15 anos. O jovem, embora bom nadador, depois de tremenda luta, não podia mais. Ia já desaparecer no fundo do pélago, quando avista, ao longe, a estátua de Nossa Senhora da Guia, em Marselha.
-         Oh! Maria, rezou o moço, minha mãe, salvai-me!
Mal fizera essa breve prece, quando um vagalhão o lança rentinho ao barco e pôde ser recolhido são e
salvo.
No dia seguinte todos os tripulantes estavam, com toda a família, no Santuário da Mãe de Jesus a agradecer o extraordinário auxílio.
O jovem nunca se esqueceu desse dia em que fora salvo por Aquela que é sempre boa.
 
 
21 – MORRIA SORRINDO
 
Uma vez estava um monge da ordem do Cister agonizando. Cercado de seus irmãos de hábito, para assisti-lo nos últimos momentos, o moribundo sorria feliz e tranqüilo.
Vendo-o nesse estado, em honra tão tremenda, disse-lhe um dos assistentes:
-         Que é isto, meu irmão? Posso Pai S.Bernardo, em igual ocasião, tremia apavorado, e tu ris?
-         Ah!, meu irmão, respondeu o agonizante, como não me hei de alegrar? Tenho aqui presente Nossa
Senhora, que me dá forças e vence o demônio!
E expirou com doce sorriso nos lábios.
 
                                       *          *          *
 
Maria Santíssima socorre seus devotos sempre, e principalmente na hora extrema da morte em que os inimigos da salvação de tudo fazem para nos perder.
O amigo da Mãe celestial não precisa temer a morte.
 
22 – E A PESSOA FICOU LIVRE DO DEMÔNIO
 
Certa feita levaram à sepultura de S. Francisco de Sales um possesso, a fim de ser libertado do demônio. Esse gritava cheio de confusão e horror:
-         Para que hei de sair?
O Sacerdote, que fazia o exorcismo, rezou com confiança:
-         Ó Maria, Mãe de Deus, rogai por nós! Maria, Mãe de Jesus, socorrei-nos!
A essas palavras o demônio redobrou seus gritos de horror, bradando:
-         Maria, Maria! Oh! Eu não tenho Maria! Não digas esse nome; ele me faz tremer! Oh! Se eu tivesse
Maria por mim, como vós a tendes, não seria o que sou! Mas eu não tenho Maria!
Todos os presentes choraram....
-         Ah!, continuou satanás, se eu tivesse um mom
ento só que fosse, desses que vós desperdiçais, sim um
só momento e uma Maria, eu não seria demônio.
E desapareceu, deixando a pessoa completamente curada. Bastou chamar Maria Santíssima, para que o
demo se fosse embora.
 
                                       *          *          *
 
Atenção:
Quantas vezes nós todos nos vemos tentados pelo demônio. São tentações contra a fé, tentações de desânimo e principalmente tentações contra a santa pureza. Os Santos aconselham-nos que invoquemos nessas dificuldades – aliás, em todas – o nome de Jesus e Maria. Quem o fizer não cai em pecado; vence as piores tentações. Ouvindo esses santíssimos nomes, os demônios fogem espavoridos.
 
 



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