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16/06/2006
Histórias de Maria (5)


Maria - 15 Histórias de Maria (5)
Maria - 15 Histórias de Maria (5)

 
COMO MARIA SANTÍSSIMA É BOA!
FREI CANCIO BERRI C. F. M.
EDITORA  VOZES – 22/07/1954
 
Parte 5
 
48 – QUERIA MATAR O PAPA... E CONVERTEU-SE
 
Faz alguns anos. Pio XII estava na sua capela, a rezar o terço com um grupo de trabalhadores italianos. Acabada a reza, aproximou-se de Santo Padre Bruno Carnacchila, italiano de 31 anos de idade, e entregou-lhe um punhal, dizendo todo comovido: “Santo Padre, com este punhal jurara matar Vossa Santidade. Que Vossa Santidade me perdoe!”
Pio XII permaneceu silencioso por um momento, e, apanhando o punhal, disse apenas:
-         Perdôo-te, meu filho.
Esse Bruno fora terrível comunista. Odiava a Santa religião. Não podia ver Padres. Largara completamente suas orações.
Mas quem não o abandonou foi Maria Santíssima a quem ele tanto rezara em pequeno.
Passando um dia por uma gruta de Nossa Senhora, olhara para a bela imagem, e ela fixou seus olhos nele...e converteu-o totalmente.
Após ter renunciado ao comunismo, e ter-se reconciliado com a Igreja, decidiu entregar pessoalmente o punhal ao Papa.
 
 
49 – VOU VER NO CÉU MINHA MÃE QUERIDA
 
Um senhor muito cruel teve o gosto de festejar com um banquete o nascimento de sua filha Lucrecia. Durante o festival, levantando na mão o punhal sangrento, exclamou com voz furibunda:
-         Com este matei quatorze Padres Carmelitas e cinco Franciscanos e prometi liquidar  o que tentar batizar minha filha.
Maria Santíssima, porém, velava por sua filha que ajudou a viver pura como um lírio no meio de tantos maus.
Lucrecia foi crescendo. Embora sem batismo, era devota da Mãe Celestial.
Em 1813, Lucrecia caiu enferma e a doença a levou às portas da morte.
Procuraram os parentes dispor o pai a fim de que permitisse o batismo da filha. Ele, esbravejando, renovou o juramento de matar  o Sacerdote que se apresentasse para batiza-la
Avisaram disso um Padre que, disfarçado em médico, veio para prestar socorro à doente, que fora declarada incurável.
Foi aceito. Enquanto o pai foi preparar uma bebida medicinal, prescrita pelo suposto médico, o sacerdote deu-se a conhecer e perguntou a Lucrecia se desejava ser batizada.
-         Oh! Sim, Padre, há muito que suspiro pelo batismo.
O pai entrou quando o ministro de Deus acabava de pronunciar as últimas palavras sacramenteis.
-         Lucrecia, disse-lhe o pai, toma este remédio.
-         Meu pai, não me chame mais Lucrecia, replicou a jovem, eu me chamo agora Maria e vou ver, no Céu, minha mãe querida que me salvou.
E expirou.
Como Nossa Senhora é boa!
E que aconteceu ao pai? Quererão todos saber.
Depois de chorar duas horas a morte da querida filha, colocou a mão direita sobre o corpo frio de Maria Lucrecia, e jurou mudar de vida, reparando todas as maldades. O que prometeu, de fato, fez.
E repito aqui mais uma vez: Como Nossa Senhora é muito boa!
 
 
50 – CHAMADO POR NOSSA SENHORA A UM DOENTE
 
Foi durante a noite de 21 de Junho de 1860. Alguém bateu a porta do Colégio de Amiens. O porteiro acorde a portaria e,  antes de abrir, ouviu uma voz que dizia:
“O Padre Guidée que vá imediatamente a tal rua, número e andar, que lá está uma senhora a morrer e quer comungar”.
O Sacerdote, acompanhado do sacristão, se dirigiu logo à tal casa levando junto o Santo Viático.
À entrada apareceu uma empregada.
-         Está aqui algum doente?
-         Sim, Padre.
-         Ela não pediu um Sacerdote?
-         Não, Senhor.
-         Conduze-nos ao quarto da doente.
A criada conduziu os dois visitantes ao quarto da enferma. Depois de saúda-la, perguntou-lhe se não chamara um Padre.
-         Não, Padre; eu não sou Católica; sou protestante.
-         Os protestantes, prosseguiu o Padre Guidée, não admitem o culto de Maria Santíssima. A senhora também segue o mesmo pensar?
-         Não, Padre; toda vi
da invoquei o nome de Maria, Mãe de Deus.
Muito disposta, escutou as instrições a respeito da doutrina Católica, e prontificou-se a acreditar tudo, afirmando ser seu desejo morrer no Catolicismo.
O Padre a batizou sob condição, confessou-a em seguida (porque podia ser que já tivesse recebido o batismo) e deu-lhe a Comunhão como viático e a extrema-unção.
Com o nome de Maria nos lábios, faleceu suavemente.
Nossa Senhora mesma chamara o Sacerdote para premiar sua devota.
 
 
51 – E MARIA LEVOU-O A SER PAPA
 
Havia na Universidade de Lovaina, Bélgica, um estudante muito pobre, mas de grande inteligência. Era ele quem fazia os melhores exames.
Os companheiros não podiam compreender o seu desaparecimento, todas as tardes, à hora em que iam divertir-se nas casas de diversões.
Para esclarecer o caso fora, uma noitinha, por todos os botequins de Lovaina para o encontrar, mas debalde. Pelas 9 horas da noite passaram junto da porta da igreja de S. Pedro, onde havia um nicho com uma imagem de Maria, alumiada por uma lâmpada.
Ali viram um vulto. Pensaram que fosse um ladrão que quisesse arrombar a casa de Deus. Aproximaram-se e reconheceram o seu bom amigo.
-         Por aqui a estas horas da noite? Disseram.
-         Venho aproveitar a luz que brilha diante da estátua de Maria, pois não tenho como comprar velas para estudar de noite.
O gentil moço, muito devoto de Maria, a quem invoca freqüentemente foi auxiliado belamente. Terminando os estudos, foi  nomeado professor da mesma Universidade, instrutor de Carlos V e mais tarde ficou Papa com o nome de Adriano VI.
 
               *           *            *
 
Todas as dificuldades desaparecem perante a bondade de Nossa Senhora.
E fazem muito bem os estudantes que escolhem exatamente a Maria como sua protetora, ela que é Rainha das inteligências.
 
 
52 – PENSA O SENHOR QUE A MÃE DO CÉU ME ABANDONARÁ?
 
Um Bispo da Escócia perdeu-se, certo dia, na floresta. Depois de andar muito tempo sobreveio-lhe a noite. Uma luzinha guiou-o a uma casa pobre, habitada por gente piedosa.
Receberam o hóspede, sem saber quem era, pois o Bispo estava envolvido em grande manto. Esse também não sabia se os habitantes desse lar eram Católicos ou protestantes.
O Senhor Bispo notou que reinava tristeza em casa. Perguntou o que havia. Disse-lhe a dona da casa que o pai, já muito idoso, estava gravemente doente, e o pior era que não queria se convencer de que morreria. Por isso não se preparava para receber a morte.
-         Posso vê-lo? Disse o Bispo.
-         De boa vontade, tornou a senhora.
E introduziu o ilustre visitante no quarto do enfermo.
Depois de conversar amigavelmente durante minutos, procurou leva-lo ao pensamento da mote. Mas o bom homem pareceu recuperar todo vigor e, elevando o corpo da cama exclamou:
-         Não, não morrerei!
-         Mas, meu amigo, lembre-se de que todos devemos morrer; e sua moléstia e sua idade...
-         Eu lhe digo que não morrerei. É impossível!
E por mais que o senhor Bispo procurasse persuadi-lo, sempre recebia como resposta: “Não morrerei!”
-         Mas, afinal, falou o Bispo, pode dizer-me por que razão não pretende morrer?
A essa pergunta o moribundo pareceu enternecido e, lançando um olhar a seu interlocutor, indagou em tom profundamente comovido:
-         O senhor é Católico?
-         Sou, respondeu o outro.
-         Neste caso, volveu o doente, posso dizer-lhe por que não morrerei.
Desde a minha primeira comunhão nunca deixei de pedir diariamente à Nossa Senhora a graça de não morrer sem ter um Sacerdote à minha cabeceira na hora da morte. Pensa que minha Mãe do Céu poderá deixar de me atender? É impossível!...
-         Então, meu filho, disse o Bispo, foi atendido. Quem está a falar-lhe é mais que um Padre, É seu Bispo. A Santíssima Virgem trouxe-me através destas flor
estas para assisti-lo nos últimos momentos.
E abrindo o manto, fez brilhar os olhos do moribundo a cruz pastoral.
Então o bom homem, em transporte de alegria, exclamou:
-         Ó Maria, ó boa Mãe, eu vos agradeço.
E o senhor Bispo confessou-o
-         Agora, sim, creio que vou morrer!
Minutos depois da absolvição, rodeado de toda família, morreu como um santo.
 
 
53 – SALVO DA MORTE POR TER DEFENDIDO A MÃE DE DEUS
 
Não faz muito tempo, na estrada que sobe da cidade francesa Honfler ao elegante Santuário de Nossa Senhora das Graças, um moço de 17 anos, de joelhos e terço na mão, ia escalando a colina. Depois de andar quase um quilômetro conseguiu entrar na igreja e prostrar-se aos pés da Virgem.
Vendo-o um Sacerdote, de joelhos ensangüentados, perguntou-lhe o motivo da dolorosa penitência.
-         O senhor soube do horroroso acontecimento que houve ontem no mar? Éramos três jovens, dois pereceram, um só foi salvo: sou eu. Meus dois amigos e eu obtivemos anteontem boas notas em nossos exames de bacharel, festejamos juntos tão feliz sucesso, e, para terminar o dia, resolvemos dar um passeio pelo mar. As ondas estavam fortes e o vento soprava com violência. O dono da embarcação avisou-nos que havia perigo, mas não fizemos caso dos conselhos.
Um dos meus amigos pronunciou algumas palavras levianas e, na conversa, houve algumas zombarias de Nossa Senhora. Proteste, dizendo:
“Amigos, divirtamo-nos, mas respeitem minha Mãe!”
Eles riram-se... mas não durou muito tempo, pois uma onda colocou a pique a canoa. Ninguém de nós três sabia nadar; meus dois amigos afogaram-se. Eu só fui salvo, e atribuo minha salvação a Maria cuja defesa acabava de tomar. Vim aqui de joelhos agradecer-lhe, porque a morte me teria achado muito mal preparado.
Levantou-se e fez ótima confissão.
Nossa Senhora salvou-lhe a vida do corpo e a alma.
 
               *           *            *
 
Só pessoas de maus instintos e de péssima educação zombam dos Padres, Religiosos, dos Santos e objetos sagrados. Nosso Senhor castiga esses pecados muitas vezes já neste mundo.
 
 
54 - SIM, MINHA RAINHA, JÁ VOU!
 
O Papa S. Gregório Magno conta-nos que uma jovem chamada Musa distinguia-se por grande devoção e amor à Mãe de Deus.
Achando-se em grande perigo de perder a inocência por causa dos maus exemplos das companheiras, apareceu-lhe, certo dia, Nossa Senhora, em companhia de muitos Santos, e assim lhe falou:
-         Musa, queres entrar para o coro destas virgens?
Musa, toda satisfeita, respondeu imediatamente que sim.
Ouviu então como resposta da Rainha do Céu o seguinte:
-         Pois bem, nesse caso deixa tuas companheiras e prepare-te; dentro de trinta dias estarás no Céu entre os Santos.
A boa donzela largou suas amigas. Trinta dias depois estava a morrer, vítima de grave doença. E outra vez apareceu-lhe a Rainha das Virgens, chamando-a pelo nome. Ao que Musa respondeu:
-         Sim, ó minha Rainha, já vou.
E expirou na paz de Deus.
 
 
55 – NUNCA ABANDONO MEUS DEVOTOS
 
S. João de Deus, muito devoto da Mãe de Deus, estando para morrer, esperava ansioso a visita da Santíssima Virgem. Não a vendo vir, queixou-se disso com os que estavam presentes.
De repente, apareceu Nossa Senhora, em grandioso aparato e suavemente o repreendeu de sua falta de confiança. E acrescentou:
-         João, não abandono meus servos numa hora como esta!
Queria com isso dizer: Que está pensando, meu querido João? Havia eu de abandona-lo? Não sabe então que nunca esqueço meus devotos e muito menos na hora da morte? Não vim antes porque ainda não estava na hora. Agora, sim, vim busca-lo; vamos juntos para o Céu.
Pouco depois expirava o Santo e voava ao lugar de delícias a dar graças à sua amabilíssima Mãe por toda eternidade.
A morte dos devotos da Virgem Mãe é sempre encantadora.
 
 
56 – SALVO DAS CHAMAS
 
Antigamente costumava-se distribuir entre as crianças os restos dos pães consagrados durante a Santa Missa. Um dia, na cidade
de Constantinopla, voltando as crianças da escola, foram convidadas pelo Sacerdote a receberem os fragmentos santos. Entre esses alunos estava um judeuzinho que também comungou com os outros.
Tendo-se demorado, perguntou-lhe o pai, que era um vidraceiro, onde estivera. O menino sinceramente contou tudo. Enfurecido, pegou o filho e lançou-o a um forno aceso, e trancou a porte.
A mãe, vendo que não chegava a casa, saiu a procura-lo. Procura-o daqui, procura-o dacolá. Pôs-se a gritar como uma louca. Os vizinhos auxiliaram-na na procura, mas tudo em vão. Ao cabo de três dias, passando perto da fornalha, lamentando-se ainda, ouviu a voz do filho. Não sabia a princípio donde vinha a voz; mas reconhecendo, afinal, que era do forno, arrombou a porta e viu o querido filho no meio das chamas sem ter recebido ferimento algum.
Saiu o menino com a mãe lhe perguntasse por que não se queimara no meio daquele fogo, respondeu-lhe que apareceu uma lindíssima senhora que apagara o fogo em redor e lhe dera comida e bebida à vontade.
Toda a cidade foi informada desse fato prodigioso.
Mãe e filho se fizeram batizar, tornaram-se ótimos Cristãos. O pai, obstinado no erro, não quis converter-se. Foi por isso, em 552, por ordem do imperador Justino, condenado à morte em castigo de seu tremendo crime.
Se não fosse Nossa Senhora, que teria sido daquela inocente criança?
 
 
57 – CONQUISTADO POR NOSSA SENHORA
 
Um velho pecador – conta um sacerdote – viera de muito longe visitar Nossa Senhora de Lourdes. Não chegara ali por devoção, mas simplesmente como curioso. Encontrando o Padre perto da entrada, ofereceu-lhe dinheiro com as palavras: “Encarregaram-me de mandar rezar uma Missa neste Santuário; eis a oferta”.
-         Meu amigo, respondeu-lhe o Sacerdote, não é dinheiro, é a alma que quero; já se confessou?
-         Não, senhor Padre, não me confessei, e uma das condições sob as quais consenti em vir até aqui foi exatamente que não me confessaria. E eis que, sem conhecer-me, já me fala em confissão. É um pouco demais!...
-         Não, meu amigo, não é demais. Seria esquisito vir até Lourdes e visitar Nossa Senhora cheio de pecados e voltar com eles. Não conhece o poder de Nossa Senhora? Ainda não foi rezar na gruta?
-         Acabo de chegar, e ainda não vi nada.
-         Pois bem, venha comigo; venha sem receio.
E o peregrino acompanhou-o. O Padre levou até bem perto da imagem da Virgem Imaculada.
-         Que se faz aqui? Perguntou o romeiro.
-         Reza-se.
-         Mas já faz 50 anos pelo menos que não rezo.
-         Maior razão, tornou o Padre, para faze-lo agora.
O Sacerdote ajoelhou-se, e ele, como um cordeiro, imitou-o.
Esse homem, que há cinqüenta anos não rezava, fixou os olhos em Maria Santíssima e ela nos dele...
O ministro de Deus, após ter pedido pela conversão do pecador, falou-lhe:
-         Meu amigo, Nossa Senhora não nega nada a quem lhe pede. E bem sabe o que ela lhe pede.
-         Oh! Sim, senhor Padre, eu sei. Mas será que Deus ainda perdoará a um pecador como eu? Precisaria ao menos um ano para preparar minha confissão!
-         Um ano? Seria assim se o senhor estivesse sozinho! Mas tem consigo Maria Santíssima. Alguns minutos serão suficientes. Venha!
E tomando-o pela mão, fê-lo ajoelhar-se, e momentos depois o velho pecador acabara sua confissão. E que bela confissão!
A virgem Imaculada possui desde então um grande devoto a mais.
 
 
58 – NÃO FOI POR ACASO
 
Certa noite o Padre Baron, Vigário em Douai, foi chamado para confessar uma moribunda. Era noite chuvosa e muito escura. Enganou-se com o número da casa, entrando noutra. No corredor disse-lhe uma senhorita que no segundo andar também havia uma senhora que ia morrer em breve.
Sobe, e bate à porta. Um homem, de rosto carrancudo, apresenta-se e pergunta o que deseja aí. O Sacerdote vê a doente no fundo do quarto. Q
uer adiantar-se, mas o homem, furioso, impede-o, ameaçando joga-lo escada abaixo.
A mulher, porém, com voz fraca pede: “Pelo amor de Deus, Padre, venha cá, quero confessar-me!”
O ministro de Deus, um desses homens robustos e decididos, disse ao que lhe queria vedar a passagem, que se retirasse, e já, pois atenderia a doente.
Aquele senhor, embora esbravejando de ira, afastou-se para longe.
-         É a Virgem Santa quem vos mandou, falou logo a moribunda; meu marido, até hoje, resistiu a todos os meus pedidos, recusando a vinda de um Sacerdote. Faz dez anos que não posso ir à igreja por causa dele. Contudo, rezei diariamente à Nossa Senhora, cheia de confiança, esperando ser atendida. E eis a bela graça...
Confessou-se direitinho. E então o Padre perguntou como conseguira manda-lo chamar.
-         Não mandei ninguém.
-         Mas não sois a senhora fulana de tal? Disse-lhe o Vigário.
-         Não, senhor; até nem conheço essa pessoa.
-         Mas não é essa a casa número 30 da Rua S. Tiago?
-         Não, senhor, aqui é número 50.
O Padre despediu-se para ir visitar a senhora que o mandara chamar, prometendo-lhe regressar para lhe dar o Santo Viático.
Meia hora depois estava de volta, para encontrar um cadáver.
Nossa Senhora permitiu que o Padre errasse o número da casa para socorrer sua piedosa devota.
 
 
59 – TEMPESTADE APLACADA
 
Nada resiste ao poder de Nossa Senhora. Os ventos e os mares lhe obedecem como as demais criaturas.
A imperatriz Matilde, obrigada a sair da Inglaterra durante uma guerra que sustentava em favor de seu filho Henrique, atravessou o mar durante um tempo incerto. E passadas umas horas, desencadeou-se medonha tempestade. Os graúdos, que acompanhavam a imperatriz, a temer de medo. Matilde, com semblante pálido, exclamou com voz firme:
-         Coragem, senhores, Nossa Senhora é boa e poderosíssima; auxiliar-nos-á com certeza. Logo que avistar terra quero entoar um hino à Virgem do Bom Socorro. E desde já faço voto de mandar erigir-lhe um Santuário à beira-mar, onde tocarmos terra.
Apenas pronunciara esse voto público, a terrível tempestade acabou-se, os ventos cessaram e as ondas se amansaram. O navio foi aportar ao lado dos penhascos da Normandia.
-         Cantai, cantai, rainha, disse o piloto; eis a terra!
E a imperatriz, com voz clara e sonora, entoou um cântico popular à Virgem Santa. Todos os que estavam no navio uniram suas vozes a louvar a Mãe de Deus.
Mal desembarcaram, a rainha designou o terreno do futuro Santuário. E antes de se afastar da praia, fez questão de assentar a primeira pedra.
Nossa Senhora não deixa de atender os que a ela recorrem com confiança filial.
 



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