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11/01/2008
A Mãe e as almas


Maria - A Mãe e as almas
11/01/2008 14:16:52

Maria - A Mãe e as almas


A MÃE E AS ALMAS DO PURGATÓRIO



Maria, Rainha das Almas do Purgatório



Escrito pelo Dr. Heinrich Eizereif



Maria não seria nossa Mãe se ela esquecesse as almas mais abandonadas, isto é, as almas do Purgatório. Ora, não há muito tempo, Ela se manifestou na Alemanha, designando-se Ela mesma como a “Rainha das almas do Purgatório”, chamando assim nossa atenção sobre as necessidades da Igreja sofredora.

Entre 1937 e 1940, em Heede, Maria apareceu a quatro crianças e se apresentou como “Rainha do Universo” e “Rainha das Almas do Purgatório”.

Heede se encontra a noroeste da Alemanha, sobre o Ems, muito perto da fronteira holandesa. Johannes Brinkmann escreve no seu opúsculo “Heede – Gnade und Mission” (Heede, uma graça e uma missão – Johannes – Verlag, Leutsdorf): “Livre-nos (Deus) de colocar em dúvida este título de “Rainha das almas do Purgatório”. O termo “almas do Purgatório” designa as almas dos falecidos que estão ainda naquele lugar de purificação chamado o Purgatório e que não atingiram ainda a pureza necessária para usufruir da contemplação de Deus no céu.

Hoje não se reza mais tanto como outrora pelas almas do Purgatório. Muitos cristãos não acreditam mais na realidade do Purgatório, na purificação das almas após sua morte terrestre.

A piedosa lembrança que se guarda por um falecido não se manifesta mais infelizmente por uma oração, o ganho de indulgências e a celebração de missas.

A falta de fé se manifesta igualmente no abandono da prática religiosa. Assim, em favor de nossos “caros” falecidos, nós só conservamos os ofícios religiosos e as homenagens queridas pela tradição.

Portanto, nossos falecidos são totalmente pobres no sentido de que elas não podem mais fazer nada por elas mesmas. O tempo de provação sobre a terra passou. É então que Maria, a Mãe de misericórdia vem em nosso socorro convidando os fiéis a rezar pelas almas do Purgatório.

No dia de Todos os Santos no ano de 1937, quatro crianças tiveram a primeira aparição da Mãe de Deus, enquanto estavam na igreja para ganhar as indulgências para os falecidos.

No dia seguinte, dia de Finados viram de novo a Rainha das almas do Purgatório, mas, desta vez, Ela não trazia o Menino Jesus nos braços e tinha as mãos juntas... Podemos ver nisso, um convite materno de Maria, dirigido às crianças e a todos nós, para rezar pelos falecidos, fazer penitência e oferecer nesta intenção o santo sacrifício da Missa.

Desde então, o cemitério de Heede se tornou um lugar de oração e de procissões. Este é o testemunho de Johannes Brinkmann vigário de Heed.

Damos agora a palavra ao Dr. Heinrich Eizereif, de Colônia. Ele escreveu a obra mais vasta e mais documentada sobre Marienfried: “Das Zeichen des lebendigen Gottes – Muttergotteserscheinungen in Marienfried”) (O sinal de Deus vivo- aparições da Mãe de Deus em Marinenfried”) 2ª edição, Christiana – Verlag, Stein am Rhein.

Dr. Eizereif é também o melhor conhecedor de Heed. Com a amável autorização da casa editora WETO em Meersburg, nós damos aqui alguns comentários teológicos que ele redigiu para a segunda edição de sua obra na WETO: “Maria em Heede – Geschichte und Éntwicklung” (“Maria em Heede – história e evolução”):

Desde as primeiras palavras que a aparição dirigiu às crianças em 7 de abril de 1938, elas foram convidadas a rezar com fervor, em nome de todos os fiéis.

Mais que nunca, numa época marcada pelo barulho e o ódio, a oração é a condição essencial para chegar a uma conversa interior. Aquele que quer rezar deve buscar o silêncio nele mesmo e ao seu redor, a fim de poder se voltar interiormente para Deus, na humildade e confiança.

“Meus filhos, rezai muito ainda!” Um tal pedido da Virgem nos incita a não nos contentar com uma oração de rotina nem a pedir ao Senhor só vantagens corporais ou materiais, pois, a única oração que dá “um impulso para uma vida melhor” e deixa “o campo livre ao poder de intercessão de Maria” é aquela que orienta o coração para Deus de maneira desinteressada.

Eis porque Maria exorta os videntes a perseverar na oração “muitas vezes e voluntariamente”, como Ela diz com insistência, deixando-os.

No dia 12 de maio de 1938, Ela lhes pede para se reunirem todas as tardes para rezar. Para se voltar verdadeiramente para Deus não basta só o ímpeto do coração, por mais sincero que seja. É preciso permanecer constantemente em união com Ele e nos encher de Sua Presença, pois, é a única fonte verdadeira da vida eterna.

Não nos acontece sentir às vezes, a oração como um fardo? No entanto, deveria ser uma alegria de poder falar com Deus e permanecer junto dEle. A conversa entre amigos é um fardo?

Quando a Mãe de Deus apareceu a Maria Ganseforth em 26 de janeiro de 1940, ela foi tocada pela seriedade do olhar da Virgem.

Enquanto a vidente se perguntava qual seria a razão, viu a aparição chorar.

Cheia de compaixão, perguntou “Mãe, o que há?” Ela recebeu como resposta: “Meus filhos, rezai!”

De 1° de novembro de 1937 a 4 de abril de 1939. Foi só pelo aspecto exterior que a aparição se deu a conhecer às crianças como a Santa Virgem. Ainda no dia 27 de março, na questão que a vidente lhe perguntava “se Ela queria (enfim) dizer quem era”, reagiu só por uma inclinação da cabeça.

Uma semana mais tarde, em 5 de abril de 1939, pela primeira vez, Ela se fez conhecer formalmente e declarou que gostaria de ser honrada nas “Ladainhas de Loreto” com o nome de “Rainha do Universo” e “Rainha das almas do Purgatório”.

Esta revelação inesperada constitui o ápice do que se sabe das mensagens de Heede. A vidente não tinha ainda jamais ouvido falar destes títulos dados à Mãe de Deus e não podia portanto, avaliar a importância.

Para os teólogos e os especialistas interessados por este assunto, aquela revelação mostrou ser uma confirmação do que estava gravado no espírito das crianças durante dezessete meses por ocasião das duas aparições.

Foi ao mesmo tempo uma justificação inesperada pelos teólogos que, já em 1906, no quarto Congresso marial em Einsiedeln, pediram ao Papa para consagrar o mundo a “Santíssima Virgem sob o título de “Rainha do Universo” e juntar nas ladainhas de Loreto a invocação “Rainha do Universo, rogai por nós”.

No decorrer da História da Igreja, os artistas representaram de múltiplas maneiras a Virgem Maria na Sua dignidade de Rainha e os místicos tiveram visões semelhantes. Nestas representações, não é a Rainha, pois, Ela é, (por Ela mesma), uma criatura, mas, o Menino Jesus que tem na mão (sob a forma de uma esfera) o universo que Ele mesmo remiu.

Entretanto, o rio de graças que corre da cruz sobre o universo (símbolo de toda criação, desde os Anjos até o mundo material) passa pela mão da Rainha do Universo, que a dirige para o mundo num gesto de proteção e de intercessão. Vê-se aqui, que tudo, conforme o plano de Deus: “esperança, graça e salvação... nos são comunicadas por Maria”.

A intercessão da Mãe de Deus se estende a toda criação natural e sobrenatural.

Manifestando-se em Heede durante dois dias sob o aspecto de uma orante, a “Rainha das almas do Purgatório”, mostra que as almas tem necessidade também da intercessão maternal de sua Rainha.

Cada dia da aparição foi na proximidade do cemitério que Ela se manifestou, como para nos lembrar que nós somos apenas hóspedes de passagem nesta terra.

Quando se fez conhecer aos videntes, como “Rainha das almas do Purgatório” na aparição do dia de Finados (1937) estas palavras não tem necessidade de explicação; quando apareceu na segunda vez sob este aspecto, na Quinta-Feira Santa (1938) pode-se perguntar qual é o laço interno entre estas duas manifestações. Para a liturgia, a Quinta-Feira Santa, não é somente um dia de alegria (por causa da instituição da Eucaristia), mas, também um dia de tristeza e de luto (por causa da traição de Judas).

Na Alemanha, o termo que designa Quinta-Feira Santa (“Gründomerstag, antigamente Greindomerstag”) significa na origem “o dia das lágrimas e do luto” por causa daqueles que traem Jesus nas suas vidas, recusam este Pão vivo do qual Cristo dizia: “Aquele que come deste Pão viverá eternamente”.

Se, portanto nós pensamos particularmente na Igreja padecente no Dia de Finados e na Quinta-Feira Santa, a Rainha das almas do Purgatório nos lembra que o meio mais eficaz para ajudar as almas é oferecer por elas “o Pão vivo da vida eterna”.

Segundo a doutrina geral da Igreja, “por causa das relações inefáveis que A une a Santíssima Trindade e a Sua participação que recebeu (pela Graça) no poder divino”, a Mãe de Deus é chamada Rainha e Soberana de toda criação, natural e sobrenatural. Ela é portanto também a Rainha da Igreja padecente.

“Ao olhar das pobres almas do Purgatório, Maria se situa numa relação de intercessão poderosa, particularmente próxima e eficaz. É uma posição que não somente se enraíza na Sua santidade excepcional, mas que atualiza Sua tarefa de Mãe de Deus e de Mãe espiritual de todos os remidos que há tanto tempo esperam o objetivo final da Redenção, a visão beatífica de Deus no céu”.

Segundo o dogma católico da Comunhão dos Santos, existe uma união sobrenatural estreita entre os membros da Igreja militante, da Igreja padecente e da Igreja triunfante.

Se pois, a intercessão daqueles que vivem na beatitude celeste, em favor dos falecidos é tão definida pelo ensinamento da Igreja, é válido com mais forte razão pela intercessão de Maria, Ela “que ultrapassa todos os Anjos e todos os santos e que ocupa um lugar eminente na economia da salvação”.

Resulta claramente destas reflexões que os dois títulos que Maria deu a Ela mesma na aparição aos videntes de Heede em 5 de abril de 1939 estão conformes o ensinamento da Igreja e que estavam já implicitamente contidos na fé dos primeiros cristãos.



Tradução Livre

Izabel dos Santos Koscianski

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