27/12/2005
Os Sete Dons
Montanha - 15 Os Sete Dons
Montanha - 15 Os Sete Dons
2051227 OS SETE DONS
Em nosso livrinho de orações cotidianas, temos o chamado Terço do Divino Espírito Santo, que eu acho de grande importância. Na verdade ele é – entre as nossas canções – a que abre sempre nossos cenáculos, e o tenho por uma das mais eficientes invocações a Deus Espírito Santo, até porque – mesmo rezado – soa como canção. De fato, todos nós deveríamos de o rezar, todos os dias, ao alvorecer, para que obtivéssemos – de acordo com a Vontade de Deus – os dons necessários, para viver aquele dia, e também toda a vida.
Muitas pessoas – muitas mesmo – me telefonam e dizem que não têm Dom algum. E lamentam por não haverem sido agraciadas com qualquer carisma especial. Sentem-se então inúteis, acham até que suas orações não têm “força”, e mergulham em si mesmas na tristeza. Na realidade elas são dignas de pena – e ninguém de ser digno de pena – pois foram enganadas redondamente pelo maligno, que as mantém presas à choramingas, à lamentações, à manias de vítima, e isso é deplorável. Deus abomina os lamuriantes!
Sim, porque na realidade TODOS temos dons. E a intensidade deles depende apenas da intensidade de nosso amor – um dos grandes dons, quem sabe o maior – depende da resposta que nós dermos a Deus, fonte inesgotável de todos os dons. É preciso que nós demos – antes – uma resposta de amor aos dons recebidos como graça especial de Deus. E na medida em que comprovarmos nossa fidelidade – ou não – este nosso dom pode se expandir até os limites do inaudito, ou pode secar a ponto do deplorável. E é justamente isso que faz, uma multidão de gente. Não corresponde na medida do esperado por Deus e sufoca o dom, e rejeita a graça. Deus não gosta nada deste procedimento!
Sim, muitos negam o dom, até porque rejeitam-no de saída. São pessoas a quem Deus escolheu para missões especiais entre os irmãos, para o bem da Igreja, mas que por não gostarem dele, ou – pior – querem um outro Dom, mais a contento de seu gosto, não ativam a graça recebida, e perdem com isso a pessoa e perde a Igreja. Então Deus precisa suscitar outra pessoa no lugar dela, o que atrasa o plano do Pai, pois tudo demanda um preparo especial. Na realidade, antes de dar a graça de um Dom, Deus prepara a pessoa a fim dele, para que depois não possa alegar nada quando do julgamento: que fizeste com os Dons que te dei? Sim, estes enterram seus talentos, por medo, por preguiça!
Em mensagem recente – 11º dia da Anistia do Amor – a mensagem diz assim: Muitos de vós tendes dons maravilhosos que precisam ser colocados à disposição do Reino de Deus... Todos vós tendes dons... e não há justificativa para deixa-los de lado. É necessária a luta, a perseverança, a ação constante. Todos vós tendes dons, muitos, porém, são dons voltados à vossa missão. Na realidade sim, muitos, os deixam de lado, porque preferem os dons dos outros, porque não se agradam dos que receberam, embora não saibam sequer o que pedem. Por exemplo, eu jamais desejaria ter o dom do Cláudio. Primeiro porque não fui preparado por Deus, por mais de 40 anos como ele, segundo, porque é espinho, sobre espinhos, não queriam, não desejem nada igual. Sim, submissão a Deus. Mas...
Ontem, ainda, uma jovem me telefonava a respeito de um familiar seu, que conhece o Cláudio, o qual, num cenáculo em cidade distante havia lhe dito que este familiar tinha um dom especial e que precisava cultiva-lo. Esta pessoa não duvida que tenha o dom, e sabe realmente que o tem. Mas, seja por medo, seja por covardia espiritual, simplesmente entra em pânico quando a manifestação lhe acontece, e a renega com todas a forças. E tal é que a família já não sabe como agir, pois tal fato está a mexer com toda sua estrutura. Ora, se Deus dá a graça, dá também a fortaleza. Se Ele nos dá a graça, espera o resultado prático. Se não há resultado, virá a cobran
ça mais tarde. O medo vem de satanás!
Como acima falei, todos os dons especiais, devem ser colocados, acima de tudo, para o bem da Igreja Católica, a única Igreja que é realmente assistida, pelo Espírito Santo. Quanto a este comportamento a Mãe diz na mesma mensagem: Há também os que recebem dons, mas não sabem o que fazer deles, e acabam muitas vezes, colocando-os à disposição de outras igrejas, ou outras causas... Ora, filhos, os dons só são dados na Igreja Católica... Para os católicos! Afinal, esta é a Igreja assistida pelo Espírito Santo! Não se justifica utilizar dons a serviço de outros: seria traição à Igreja Santa!
Sim, estes pagarão caro, sem dúvida. Por alta traição! Por exemplo, católicos que têm o dom da Palavra, e ao invés de pregarem esta palavra dentro da Igreja Católica, preferem a comodidade insana das seitas. Lá fundam suas “igrejas” de arrecadação, e traem a Deus. O fim destes não é bom! Podem crer, já encontramos muitos destes pastores e “bispos” naquele lugar ruim, não somente por alta traição a Deus e à verdadeira Igreja, mais ainda porque usam de seus púlpitos para atacar a verdade, demolir os dogmas católicos e com isso levam muitos à perdição. Pregam o ódio, que é a antítese do dom do Amor! Destroem os dons, antes de incentiva-los! Vão busca-las na fonte podre de satã! E se pergunta:
Por que Deus nos cumula de dons especiais? Para que possamos vencer a batalha contra o mal. Veja outra parte da mensagem: Mas o demônio ataca os homens! Estes precisam então dos dons, das luzes do Espírito Santo, para poderem criar defesas novas, a fim de combatê-los e vencê-los. Sem os dons do Espírito Santo, somos presas fáceis do inimigo. Os que rejeitam o dom, foram certamente alvos dele. Os que querem outros dons, diferentes do recebido, foram outros abatidos pelo inimigo. Os que fazem mau uso deles, até dentro da Igreja Católica – e como existem destes – também caíram nas garras da negra fera. E sim, os que põem estes dons a serviço das seitas, até de outras religiões. Ai destes! Ai deles! Mas vamos aos dons, como os invocamos:
1º > Sabedoria e Fé: O Dom da Sabedoria, está sem dúvida ligado ao Dom da Fé. Só os verdadeiramente sábios conseguem encontrar os caminhos da verdadeira fé. Sem este dom da Sabedoria, até os mais inteligentes do mundo, podem se tornar – e se tornam – ateus convictos. Sem Fé, não se precisa de Deus. Se tudo é explicado pelo racional, onde a necessidade de acreditar num Ser Superior? Todo homem sábio, sabe que existe Deus. Todo homem sábio, sabe que precisa de Deus e, mais que isto, o busca. Na realidade a Sabedoria é um dom básico, porque fará compreender todos os outros dons.
Muitas vezes eu já afirmei aqui: sem medo de errar, poderíamos trocar toda a inteligência do mundo, por uma simples gota de Sabedoria, esta vale muito mais. Porque a inteligência – também necessária e dom – sozinha, ela apenas no conduz pelo mundo, e ainda com muitos entraves e barreiras. Mas a Sabedoria nos fará buscar o Alto, o Maior, o Infinito, onde se encontra Deus. Mas para buscar este mesmo Deus, Superior e Eterno, é preciso antes que eu acredite que Ele existe. E só quem precisa dele é Sábio e entende. Ou seja: não existe Fé, sem Sabedoria.
2º > Entendimento e Humildade: O dom do Entendimento, está ligado intimamente com o dom da Humildade. Porque a própria Palavra de Jesus diz: “Eu te louvo ó Pai, porque revelaste estas coisas aos pequeninos e as escondesse dos grandes”. Isso quer dizer que, somente as pessoas humildes entendem a coisas, e chegam ao conhecimento da verdade. Os orgulhosos, os cheios de títulos e diplomas, este podem até saber de umas coisas do mundo, mas jamais entenderão o mistério da eternidade. Eles não são crianças! Não se fazem pequenos diante do Altíssimo, eis porque o Espírito de Deus se esconde, se veda, ao entendimento deles.
Lição maior: se você quiser gan
har o Céu, e conhecer a Deus, antes de falar Nele, rasgue seus títulos, deponha-se seu pedestal. Há muita gente arrogante falando de Deus, de como Ele é, de como deve ser, daquilo que Ele pode ou não pode fazer, entretanto esta palavra de empáfia é como vento, é pluma que se esvoaça em cai em qualquer canto. No Céu só entram os humildes! E assim, não existe entendimento sem humildade!
3º > Bom Conselho e Dom da Palavra: Estes dois dons são íntimos e perfeitos. Só quem tem o Bom Conselho, deve fazer uso do Dom da Palavra. Sim, porque senão estará usando inversamente seu dom, induzindo pessoas ao mau caminho, à perdição eterna. É preciso aliar a estes, outros Dons, como o Discernimento, senão você errará na Palavra. É preciso ter Sabedoria para entender o mistério de Deus. Eis porque o Bom Conselho, é um dom permeado necessariamente por outros dons. Sem duvida pela Humildade, sem dúvida pela Fé, sem dúvida pelo Amor, sem dúvida pela mansidão. Ai de quem usar o dom da Palavra, dando um mau Conselho! Este certamente vem de satanás!
Existem por aí, sim, milhares de pessoas usando o Dom da Palavra, para semear o joio, a falsa doutrina, aquela que é diferente do Catecismo da Igreja Católica. Então o seu Conselho passa a ser mau. Passa a ser caminho de perdição. E existe gente que fala bem, que domina o público pela verbosidade – falo entre as seitas – e certamente que satanás conseguiu extrair muitos destes grandes pregadores de dentro da nossa Igreja. Então eles passam a pregar a mentira, passam a atacar a verdade. Ou seja: eram dos nossos, mas já não são mais. Pregam os ventos podres da malsã e nefasta doutrina. Especialmente a da porta larga. Elas traem a Cristo, e isso prova que seu dom não vem mais de Deus.
4º > Fortaleza e a Mansidão: Estes dois dons, parecem a princípio contrapor-se entre si, mas não é verdade. O Dom da Fortaleza, é aquela graça maravilhosa de não desistir jamais, de não se deixar abater em nenhuma circunstância, e de buscar seus objetivos com tenacidade e arrojo. Isso é graça reservada para poucos. São imensas as multidões que desistem, que largam tudo à beira do caminho, pois mesmo na dor é preciso andar adiante. E aí entra o espírito de Mansidão! Submeter-se à vontade divina. Dar exemplo de arrojo e fé, mas sem jamais se exaltar com o irmão. Ser manso de coração!
Em verdade, a mansidão é amiga do Conselho! É amiga primeira da Humildade! Quem exorta com mansidão e humildade, atinge os seus objetivos com bem mais facilidade. E isso é Sabedoria. Hoje, mais do que nunca, a Igreja precisa invocar o dom da Fortaleza, porque os dias que se avizinham são maus, e somente quem está fortalecido na Fé, pela oração permanente, é que conseguirá soçobrar em meio à tempestade vindoura. Também terá mansidão de corrigir, de instar pela fé, de buscar e levar a conversão a tantos que ainda estão longe do caminho, da verdade, e mais e mais se afastam dela. Com certeza, há muito ainda que caminhar, e pouco tempo de agir e chegar. Vamos á luta!
5º > Ciência e Dom da Cura: O Dom da Ciência, se poderia chamar da inteligência. Este dom, a maioria dos homens o tem, em grau variado, desde os quase mentecaptos, até os super gênios. Mas ele deve vir associado a outros dons, senão será um desastre. Em verdade, para começar a crescer para o Eterno, se você não tiver além da Ciência, o Dom da Sabedoria, você não terá nada. Um médico, inteligente, só será sábio e entender que toda a Cura vem de Deus, não dele. Este Dom da Cura, é hoje no mundo mais do que nunca necessário, entretanto bem poucos o têm. Porque ele é ligado intimamente com o Dom da Fé. Deus é o único que cura, mesmo que seja usando médico como instrumento. Sim, o médico e as medicinas vêm de Deus, mas cuidado: podem vir também do diabo!
Quem não acredita que a Cura vem de Deus, jamais terá este dom de curar. Todos os sacerdotes católicos recebem este dom, e devem usa-lo para cura dos males, tanto físicos, quanto espirituais. Na realidade são pouquíssimas as p
essoas que tem este Dom da Cura. Uns porque não fazem uso do dom que receberam, outros porque comercializam seu Dom. E todo dom é gratuito: “O que de graça recebeste, de graça doai!” Na realidade, não só o Dom da Cura é comercializado, mas até o da profecia. Quando surgir alguém que comercializa um dom, ou uma graça particular, podem acreditar: ele não vem de Deus, até porque o demo também pode dar dons. Adiante falaremos nisso!
6º > Piedade e Dom do Amor: Estes dois dons são fantásticos, são básicos e essenciais. Sem o Dom da Piedade, que é o dom da oração, da devoção, daquele desejo ardente de estar com Deus e conversar com Ele, jamais se conseguirá grande progresso, em qualquer dos outros dons. Todos virão em grau mínimo, porque é na medida do “pedi e recebereis”, que a graça acontece. Entretanto, nenhuma oração surtirá efeito, se nela não estiver instilada uma grande dose do Dom do Amor. O amor mede tudo! A intensidade com que você ama – a Deus e aos irmãos – e reza, é fator determinante de toda a graça.
De fato, quem não reza, não ama a Deus. Quem reza pouco, ama pouco. Mas devemos saber que nosso Deus é um Deus “ciumento”, que não aceita divisão de afetos, não aceita dois senhores para um mesmo coração. Ele nos quer inteiro, de alma aberta, contrita e humilde, e Jesus mesmo falou: Ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo! E em verdade, o Amor é o Dom Supremo, desde que voltado para Deus. Quem ama a Deus, sobre tudo e sobre todos, fará certamente tudo aquilo que Ele determina. O e Amor é sem dúvida o determinante da graça, e o determinante do Dom. Tudo depende da intensidade de nosso Amor a Deus. Só Nele os dons acontecem, se acentuam e se eternizam.
7º > Temor de Deus e o Discernimento: O Dom do Temor de Deus – diz a Palavra Santa – é o início da Sabedoria. Quem não teme a Deus – temer não é ter medo – é na verdade um tolo, um néscio, porque se faz arrogante e orgulhoso. Temer a Deus, é antes de tudo submeter-se a Sua Vontade Maior. Mas isso pressupõe Humildade, pois somente assim alguém poderá entender – na medida de nosso dom – o mistério de nosso Deus. E se temos o Santo Temor, com certeza estaremos aptos a discernir em nossa vida, tudo aquilo que é bom e que não é, o que vem e o que não vem deste mesmo Deus.
Este Dom do Discernimento, aliás, é hoje em dia mais do que nunca necessário, e a Mãe nos tem alertado amiúde para isto. Saber discernir entre os ventos de doutrinas, aquela verdadeira, da única Igreja verdadeira e Santa – a Católica – para não se deixar levar pelas marés negras das seitas, estas que vivem na beira da praia, da água poluída e porque são do mundo, ficarão nele. Quem afronta a verdade, não tem Temor de Deus. Quem não tem Temor de Deus, não tem Discernimento, e é de fato um louco.
Bem, como viram acima, todos os dons e os carismas, estão interligados entre si. Um depende de outro e algumas pessoas alcançam grande quantidade de dons. Trata-se de uma verdadeira rede de interveniências, de modo há sempre a necessidade de mais de um deles, para que a graça aconteça, e a missão se cumpra em Deus. O Espírito Santo é o Doador único de todos os dons e carismas. Ninguém tem dom algum por mérito próprio, tudo é graça de Deus, que dela espera os frutos. Estes frutos podem ser bons, e podem ser podres, tudo depende da fonte onde você vai buscar seu Dom.
De fato, também o demônio pode dar dons, porque os recebeu de Deus. Entre os anjos caídos, havia-os portadores também de todos os carismas e certamente Lúcifer, o maior de todos, os tinha todos, falo dos dons. Mas ao invés de usa-los para o bem, eles os usam para o mal. Tanto que Nossa Senhora disse na mesma mensagem: Na verdade, o demônio não pode conhecer vossos pensamentos, e muitos menos os de Deus, porém conhece os planos de Deus elaborados há milênios, quando Lúcifer era amigo de Deus!(...) Os demônios vos conhecem!
E quando o Cláudio perguntou se os demônios também podiam dar d
ons, a resposta foi: “Quem está ligado a Deus, recebe de Deus! Quem está ligado ao demônio, recebe do demônio!” Ou seja: as pessoas são livres para usar seus Dons, na essência distribuídos por Deus ou permitidos por Ele, e podem usa-los até para combater o próprio Deus. Quem ama a mentira, recebe o Dom de satanás de destruir a verdade. Ou seja, neste caso a cada dom corresponde um efeito negativo, um caminho pecaminoso. O que era um Dom precioso, passa a ser um pecado capital, um vício. Um erro grave. Um meio de perdição!
Em I Coríntios 12 está dito: 4Há diversidade de dons, mas um só Espírito. 5Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. 6Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. 7A cada um é dado a manifestação do Espírito para proveito comum. 8A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; 9a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; 10a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas.* 11Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz.
Ele fala então, dos Dons distribuídos por Deus, mas que podem ser revertidos pela vontade das pessoas, e passam a ser alimentados pelo diabo. Quando Deus dá um Dom para qualquer um de nós, jamais o tira, apenas deixa de Se manifestar na pessoa. E ela pode, tanto parar e não render frutos de salvação, como pode rende-los até cem vezes mais, tudo depende do Amor. Ora, o contrário do amor é o ódio – dom inverso de satanás – que faz a pessoa produzir frutos podres e de perdição eterna. E hoje, no mundo, com toda certeza existem mais pessoas produzindo frutos podres, que bons. Não fora assim, o mundo não estaria neste estado deplorável.
Quem corresponde à graça recebida, e à medida que ele corresponde ao seu Dom, Deus vai aos poucos ampliando aquele carisma, e ao mesmo tempo vai-lhe dando o suporte dos outros Dons necessários para produzir frutos ainda mais abundantes e ainda mais preciosos. Assim, quem tem o Carisma da Oração em Línguas, na medida de seu bom uso e de seu amor agradecido a Deus, poderá receber o dom da interpretação delas, o que é um carisma ainda maior e mais precioso. Na verdade, penso que um dos mais raros entre todos os dons e carismas. E dom interessante!
Tanto que no capítulo 14 de I Coríntios, está dito: 1Empenhai-vos em procurar o Amor. Aspirai igualmente aos dons espirituais, mas sobretudo ao de profecia. 2Aquele que fala em línguas não fala aos homens, senão a Deus: ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob a ação do Espírito. 3Aquele, porém, que profetiza fala aos homens, para edificá-los, exortá-los e consolá-los. 4Aquele que fala em línguas edifica-se a si mesmo; mas o que profetiza, edifica a assembléia. 5Ora, desejo que todos faleis em línguas, porém muito mais desejo que profetizeis. Maior é quem profetiza do que quem fala em línguas, a não ser que este as interprete, para que a assembléia receba edificação.
Ora, todos estes carismas, em especial o da profecia, demandam uma profusão de dons, que são passados ao profeta, na medida em que corresponda ao chamado de Deus. O Cláudio, por exemplo, no início de sua caminhada era tímido, sua voz era sumida, ele não conseguia se expressar corretamente. Entretanto, na medida em que manteve fidelidade a toda prova ao seu carisma profético, recebeu também o Dom da Palavra. Mas se ele não tivesse – acima de todos – o Dom da Humildade, JAMAIS receberia o carisma da profecia. Só os humildes falam pela boca de Deus. Os orgulhosos recebem seu dom de satanás, para sua
ruína, e a de muitos. Eis porque existem tantos falsos profetas!
Um profeta, por exemplo, não precisa ter o dom da Ciência, da inteligência, nem mesmo, acentuado, o Dom do Discernimento. Aliás, estes Dons seriam até perigosos e uma armadilha para o profeta, porque ele facilmente poderia passar a criar de sua cabeça as palavras da mensagem. E é isso que acontece amiúde. O profeta precisa apenas estar atento às ordens e às mensagens ouvidas e recebidas do Céu. Porque se a mensagem for de fato do Céu, ela virá em linguagem inteligível e não precisa de explicações. E o fato de ele não ser inteligente, nem ter grandes dons de discernimento será um fator de confiança para a mensagem, porque “Deus se revela somente aos pequenos e não entendidos”.
Enfim, é preciso saber que todos realmente temos dons. Ninguém foi desprezado por Deus, ou foi preterido, ou prejudicado. A cada um de acordo com a sua capacidade, ou de acordo com seu Amor a Deus. Tudo deve ser conduzido por nós, para consigamos saber a missão para a qual fomos escolhidos. E é justamente quanto a isso que muitos estão ainda confusos, e nos escrevem, ou telefonam, pedindo para perguntar ao Céu qual a sua missão? Ora, somente através da oração – Dom da Piedade – é possível compreender o que realmente Deus quer de nós, e qual a colaboração que devemos dar nesta obra de salvação. Ninguém pode ficar de fora, quem ficar fora será chamado a prestar contas.
Realmente, quando uma pessoa inicia sua caminhada de mudança, sai com toda força na busca da sua conversão. Neste momento, talvez ainda não perceberá que recebeu a imensa graça da Fortaleza, e da Sabedoria que a faz buscar com tenacidade as coisas do Alto. Da mesma forma, na medida em que ela buscar a Deus, lhe será dado perceber que este é o Dom da Fé. Então, na medida em que crescer na Fé, perceberá que precisa exercitar sua Piedade, porque sem a oração nenhuma conversão tem sucesso. E assim, quem quer ter a graça de um dom, ou de um carisma deve examinar atentamente seus joelhos e se coração. Se os joelhos não estiverem sovados, é porque em seu coração lhe falta o Dom do Amor! Porque somente quem ama a Deus de fato, reza, é peidoso.
Ora, quem sente que precisa rezar, é porque sabe que precisa de Deus. E quem sente que precisa de Deus, é na medida de seu Amor, também Humilde. Então, a Piedade e a Humildade andam juntas, são de fato inseparáveis. E a medida e a intensidade de cada uma delas, depende de nosso Amor. Quem é piedoso e humilde, logo adquire também o dom da Mansidão. Quem é manso, humilde e piedoso, está dentro do coração de Jesus, que é também assim. Quem está perto de Jesus, recebe o dom do Entendimento, também o dom do Discernimento, que logo puxa o Dom da Palavra, que produz o Dom do Bom Conselho! E assim, uma cadeia maravilhosa, que se perpetuará em Deus.
Que mais faltaria a esta pessoa que amorosa e humildemente busca a conversão? Falta o princípio de tudo: o Santo Temor de Deus, que é o princípio da Sabedoria, que leva ao Entendimento e ao Discernimento. Neste caso o dom da Ciência, a inteligência para compreender tudo isso, virá também na medida justa da necessidade, porque Deus nunca dá um Dom, e veda os caminhos da pessoa para consegui-lo. Ele não põe nenhum obstáculo, antes nos anima a continuar na busca da santidade. Sim, tudo isso para se chegar à santidade, para que cumpramos finalmente aquela palavra de Jesus que disse: sejam santos, porque meu Pai é Santo!
E se, depois disso tudo, uma pessoa ainda não tiver o Dom da Cura – falo de cura física, do corpo das pessoas, certamente terá em profusão o dom da Cura das almas, quem sabe este o final, o corolário perfeito de todos os Dons e Carismas. De fato, se os Dons não servirem para caminhar em direção dos braços eternos de Deus, se não levarem outros pelo caminho da perfeição e da santidade, nunca s
erão dons vindos de Deus. E é Nele, somente Nele, que devemos beber da Fonte da Graça, que esta não morre, é eterna.
Enfim, há os que têm, em certa medida, todos os Dons. Mas somente os ligados em Deus os poderão ter todos eles. Porque os que recebem seu dons de satanás, nunca terão o Dom da Sabedoria – justo por isso se entregam à criatura nefanda – como jamais terão o dom do Temor de Deus, de onde procede a Sabedoria. Estes não terão também o Dom da Piedade, nem do Discernimento, nem do Amor, nem do Bom Conselho, nem da Mansidão, nem da Humildade, nem do Entendimento, nem da Fé.
Eles até poderão ter o Dom da Fortaleza – para trabalhar para o mal – o Dom da palavra – para pregar o mal – o dom da Ciência – para leva-los à perdição – e o Dom da Cura, para curar em nome de satã. Mas estes não pertencem a Deus! Longe com eles! À nós compete começar buscando o Dom da Humildade, para entendermos que precisamos de Deus. (Aarão)
Montanha - 15 Os Sete Dons
2051227 OS SETE DONS
Em nosso livrinho de orações cotidianas, temos o chamado Terço do Divino Espírito Santo, que eu acho de grande importância. Na verdade ele é – entre as nossas canções – a que abre sempre nossos cenáculos, e o tenho por uma das mais eficientes invocações a Deus Espírito Santo, até porque – mesmo rezado – soa como canção. De fato, todos nós deveríamos de o rezar, todos os dias, ao alvorecer, para que obtivéssemos – de acordo com a Vontade de Deus – os dons necessários, para viver aquele dia, e também toda a vida.
Muitas pessoas – muitas mesmo – me telefonam e dizem que não têm Dom algum. E lamentam por não haverem sido agraciadas com qualquer carisma especial. Sentem-se então inúteis, acham até que suas orações não têm “força”, e mergulham em si mesmas na tristeza. Na realidade elas são dignas de pena – e ninguém de ser digno de pena – pois foram enganadas redondamente pelo maligno, que as mantém presas à choramingas, à lamentações, à manias de vítima, e isso é deplorável. Deus abomina os lamuriantes!
Sim, porque na realidade TODOS temos dons. E a intensidade deles depende apenas da intensidade de nosso amor – um dos grandes dons, quem sabe o maior – depende da resposta que nós dermos a Deus, fonte inesgotável de todos os dons. É preciso que nós demos – antes – uma resposta de amor aos dons recebidos como graça especial de Deus. E na medida em que comprovarmos nossa fidelidade – ou não – este nosso dom pode se expandir até os limites do inaudito, ou pode secar a ponto do deplorável. E é justamente isso que faz, uma multidão de gente. Não corresponde na medida do esperado por Deus e sufoca o dom, e rejeita a graça. Deus não gosta nada deste procedimento!
Sim, muitos negam o dom, até porque rejeitam-no de saída. São pessoas a quem Deus escolheu para missões especiais entre os irmãos, para o bem da Igreja, mas que por não gostarem dele, ou – pior – querem um outro Dom, mais a contento de seu gosto, não ativam a graça recebida, e perdem com isso a pessoa e perde a Igreja. Então Deus precisa suscitar outra pessoa no lugar dela, o que atrasa o plano do Pai, pois tudo demanda um preparo especial. Na realidade, antes de dar a graça de um Dom, Deus prepara a pessoa a fim dele, para que depois não possa alegar nada quando do julgamento: que fizeste com os Dons que te dei? Sim, estes enterram seus talentos, por medo, por preguiça!
Em mensagem recente – 11º dia da Anistia do Amor – a mensagem diz assim: Muitos de vós tendes dons maravilhosos que precisam ser colocados à disposição do Reino de Deus... Todos vós tendes dons... e não há justificativa para deixa-los de lado. É necessária a luta, a perseverança, a ação constante. Todos vós tendes dons, muitos, porém, são dons voltados à vossa missão. Na realidade sim, muitos, os deixam de lado, porque preferem os dons dos outros, porque não se agradam dos que receberam, embora não saibam sequer o que pedem. Por exemplo, eu jamais desejaria ter o dom do Cláudio. Primeiro porque não fui preparado por Deus, por mais de 40 anos como ele, segundo, porque é espinho, sobre espinhos, não queriam, não desejem nada igual. Sim, submissão a Deus. Mas...
Ontem, ainda, uma jovem me telefonava a respeito de um familiar seu, que conhece o Cláudio, o qual, num cenáculo em cidade distante havia lhe dito que este familiar tinha um dom especial e que precisava cultiva-lo. Esta pessoa não duvida que tenha o dom, e sabe realmente que o tem. Mas, seja por medo, seja por covardia espiritual, simplesmente entra em pânico quando a manifestação lhe acontece, e a renega com todas a forças. E tal é que a família já não sabe como agir, pois tal fato está a mexer com toda sua estrutura. Ora, se Deus dá a graça, dá também a fortaleza. Se Ele nos dá a graça, espera o resultado prático. Se não há resultado, virá a cobran
ça mais tarde. O medo vem de satanás!
Como acima falei, todos os dons especiais, devem ser colocados, acima de tudo, para o bem da Igreja Católica, a única Igreja que é realmente assistida, pelo Espírito Santo. Quanto a este comportamento a Mãe diz na mesma mensagem: Há também os que recebem dons, mas não sabem o que fazer deles, e acabam muitas vezes, colocando-os à disposição de outras igrejas, ou outras causas... Ora, filhos, os dons só são dados na Igreja Católica... Para os católicos! Afinal, esta é a Igreja assistida pelo Espírito Santo! Não se justifica utilizar dons a serviço de outros: seria traição à Igreja Santa!
Sim, estes pagarão caro, sem dúvida. Por alta traição! Por exemplo, católicos que têm o dom da Palavra, e ao invés de pregarem esta palavra dentro da Igreja Católica, preferem a comodidade insana das seitas. Lá fundam suas “igrejas” de arrecadação, e traem a Deus. O fim destes não é bom! Podem crer, já encontramos muitos destes pastores e “bispos” naquele lugar ruim, não somente por alta traição a Deus e à verdadeira Igreja, mais ainda porque usam de seus púlpitos para atacar a verdade, demolir os dogmas católicos e com isso levam muitos à perdição. Pregam o ódio, que é a antítese do dom do Amor! Destroem os dons, antes de incentiva-los! Vão busca-las na fonte podre de satã! E se pergunta:
Por que Deus nos cumula de dons especiais? Para que possamos vencer a batalha contra o mal. Veja outra parte da mensagem: Mas o demônio ataca os homens! Estes precisam então dos dons, das luzes do Espírito Santo, para poderem criar defesas novas, a fim de combatê-los e vencê-los. Sem os dons do Espírito Santo, somos presas fáceis do inimigo. Os que rejeitam o dom, foram certamente alvos dele. Os que querem outros dons, diferentes do recebido, foram outros abatidos pelo inimigo. Os que fazem mau uso deles, até dentro da Igreja Católica – e como existem destes – também caíram nas garras da negra fera. E sim, os que põem estes dons a serviço das seitas, até de outras religiões. Ai destes! Ai deles! Mas vamos aos dons, como os invocamos:
1º > Sabedoria e Fé: O Dom da Sabedoria, está sem dúvida ligado ao Dom da Fé. Só os verdadeiramente sábios conseguem encontrar os caminhos da verdadeira fé. Sem este dom da Sabedoria, até os mais inteligentes do mundo, podem se tornar – e se tornam – ateus convictos. Sem Fé, não se precisa de Deus. Se tudo é explicado pelo racional, onde a necessidade de acreditar num Ser Superior? Todo homem sábio, sabe que existe Deus. Todo homem sábio, sabe que precisa de Deus e, mais que isto, o busca. Na realidade a Sabedoria é um dom básico, porque fará compreender todos os outros dons.
Muitas vezes eu já afirmei aqui: sem medo de errar, poderíamos trocar toda a inteligência do mundo, por uma simples gota de Sabedoria, esta vale muito mais. Porque a inteligência – também necessária e dom – sozinha, ela apenas no conduz pelo mundo, e ainda com muitos entraves e barreiras. Mas a Sabedoria nos fará buscar o Alto, o Maior, o Infinito, onde se encontra Deus. Mas para buscar este mesmo Deus, Superior e Eterno, é preciso antes que eu acredite que Ele existe. E só quem precisa dele é Sábio e entende. Ou seja: não existe Fé, sem Sabedoria.
2º > Entendimento e Humildade: O dom do Entendimento, está ligado intimamente com o dom da Humildade. Porque a própria Palavra de Jesus diz: “Eu te louvo ó Pai, porque revelaste estas coisas aos pequeninos e as escondesse dos grandes”. Isso quer dizer que, somente as pessoas humildes entendem a coisas, e chegam ao conhecimento da verdade. Os orgulhosos, os cheios de títulos e diplomas, este podem até saber de umas coisas do mundo, mas jamais entenderão o mistério da eternidade. Eles não são crianças! Não se fazem pequenos diante do Altíssimo, eis porque o Espírito de Deus se esconde, se veda, ao entendimento deles.
Lição maior: se você quiser gan
har o Céu, e conhecer a Deus, antes de falar Nele, rasgue seus títulos, deponha-se seu pedestal. Há muita gente arrogante falando de Deus, de como Ele é, de como deve ser, daquilo que Ele pode ou não pode fazer, entretanto esta palavra de empáfia é como vento, é pluma que se esvoaça em cai em qualquer canto. No Céu só entram os humildes! E assim, não existe entendimento sem humildade!
3º > Bom Conselho e Dom da Palavra: Estes dois dons são íntimos e perfeitos. Só quem tem o Bom Conselho, deve fazer uso do Dom da Palavra. Sim, porque senão estará usando inversamente seu dom, induzindo pessoas ao mau caminho, à perdição eterna. É preciso aliar a estes, outros Dons, como o Discernimento, senão você errará na Palavra. É preciso ter Sabedoria para entender o mistério de Deus. Eis porque o Bom Conselho, é um dom permeado necessariamente por outros dons. Sem duvida pela Humildade, sem dúvida pela Fé, sem dúvida pelo Amor, sem dúvida pela mansidão. Ai de quem usar o dom da Palavra, dando um mau Conselho! Este certamente vem de satanás!
Existem por aí, sim, milhares de pessoas usando o Dom da Palavra, para semear o joio, a falsa doutrina, aquela que é diferente do Catecismo da Igreja Católica. Então o seu Conselho passa a ser mau. Passa a ser caminho de perdição. E existe gente que fala bem, que domina o público pela verbosidade – falo entre as seitas – e certamente que satanás conseguiu extrair muitos destes grandes pregadores de dentro da nossa Igreja. Então eles passam a pregar a mentira, passam a atacar a verdade. Ou seja: eram dos nossos, mas já não são mais. Pregam os ventos podres da malsã e nefasta doutrina. Especialmente a da porta larga. Elas traem a Cristo, e isso prova que seu dom não vem mais de Deus.
4º > Fortaleza e a Mansidão: Estes dois dons, parecem a princípio contrapor-se entre si, mas não é verdade. O Dom da Fortaleza, é aquela graça maravilhosa de não desistir jamais, de não se deixar abater em nenhuma circunstância, e de buscar seus objetivos com tenacidade e arrojo. Isso é graça reservada para poucos. São imensas as multidões que desistem, que largam tudo à beira do caminho, pois mesmo na dor é preciso andar adiante. E aí entra o espírito de Mansidão! Submeter-se à vontade divina. Dar exemplo de arrojo e fé, mas sem jamais se exaltar com o irmão. Ser manso de coração!
Em verdade, a mansidão é amiga do Conselho! É amiga primeira da Humildade! Quem exorta com mansidão e humildade, atinge os seus objetivos com bem mais facilidade. E isso é Sabedoria. Hoje, mais do que nunca, a Igreja precisa invocar o dom da Fortaleza, porque os dias que se avizinham são maus, e somente quem está fortalecido na Fé, pela oração permanente, é que conseguirá soçobrar em meio à tempestade vindoura. Também terá mansidão de corrigir, de instar pela fé, de buscar e levar a conversão a tantos que ainda estão longe do caminho, da verdade, e mais e mais se afastam dela. Com certeza, há muito ainda que caminhar, e pouco tempo de agir e chegar. Vamos á luta!
5º > Ciência e Dom da Cura: O Dom da Ciência, se poderia chamar da inteligência. Este dom, a maioria dos homens o tem, em grau variado, desde os quase mentecaptos, até os super gênios. Mas ele deve vir associado a outros dons, senão será um desastre. Em verdade, para começar a crescer para o Eterno, se você não tiver além da Ciência, o Dom da Sabedoria, você não terá nada. Um médico, inteligente, só será sábio e entender que toda a Cura vem de Deus, não dele. Este Dom da Cura, é hoje no mundo mais do que nunca necessário, entretanto bem poucos o têm. Porque ele é ligado intimamente com o Dom da Fé. Deus é o único que cura, mesmo que seja usando médico como instrumento. Sim, o médico e as medicinas vêm de Deus, mas cuidado: podem vir também do diabo!
Quem não acredita que a Cura vem de Deus, jamais terá este dom de curar. Todos os sacerdotes católicos recebem este dom, e devem usa-lo para cura dos males, tanto físicos, quanto espirituais. Na realidade são pouquíssimas as p
essoas que tem este Dom da Cura. Uns porque não fazem uso do dom que receberam, outros porque comercializam seu Dom. E todo dom é gratuito: “O que de graça recebeste, de graça doai!” Na realidade, não só o Dom da Cura é comercializado, mas até o da profecia. Quando surgir alguém que comercializa um dom, ou uma graça particular, podem acreditar: ele não vem de Deus, até porque o demo também pode dar dons. Adiante falaremos nisso!
6º > Piedade e Dom do Amor: Estes dois dons são fantásticos, são básicos e essenciais. Sem o Dom da Piedade, que é o dom da oração, da devoção, daquele desejo ardente de estar com Deus e conversar com Ele, jamais se conseguirá grande progresso, em qualquer dos outros dons. Todos virão em grau mínimo, porque é na medida do “pedi e recebereis”, que a graça acontece. Entretanto, nenhuma oração surtirá efeito, se nela não estiver instilada uma grande dose do Dom do Amor. O amor mede tudo! A intensidade com que você ama – a Deus e aos irmãos – e reza, é fator determinante de toda a graça.
De fato, quem não reza, não ama a Deus. Quem reza pouco, ama pouco. Mas devemos saber que nosso Deus é um Deus “ciumento”, que não aceita divisão de afetos, não aceita dois senhores para um mesmo coração. Ele nos quer inteiro, de alma aberta, contrita e humilde, e Jesus mesmo falou: Ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo! E em verdade, o Amor é o Dom Supremo, desde que voltado para Deus. Quem ama a Deus, sobre tudo e sobre todos, fará certamente tudo aquilo que Ele determina. O e Amor é sem dúvida o determinante da graça, e o determinante do Dom. Tudo depende da intensidade de nosso Amor a Deus. Só Nele os dons acontecem, se acentuam e se eternizam.
7º > Temor de Deus e o Discernimento: O Dom do Temor de Deus – diz a Palavra Santa – é o início da Sabedoria. Quem não teme a Deus – temer não é ter medo – é na verdade um tolo, um néscio, porque se faz arrogante e orgulhoso. Temer a Deus, é antes de tudo submeter-se a Sua Vontade Maior. Mas isso pressupõe Humildade, pois somente assim alguém poderá entender – na medida de nosso dom – o mistério de nosso Deus. E se temos o Santo Temor, com certeza estaremos aptos a discernir em nossa vida, tudo aquilo que é bom e que não é, o que vem e o que não vem deste mesmo Deus.
Este Dom do Discernimento, aliás, é hoje em dia mais do que nunca necessário, e a Mãe nos tem alertado amiúde para isto. Saber discernir entre os ventos de doutrinas, aquela verdadeira, da única Igreja verdadeira e Santa – a Católica – para não se deixar levar pelas marés negras das seitas, estas que vivem na beira da praia, da água poluída e porque são do mundo, ficarão nele. Quem afronta a verdade, não tem Temor de Deus. Quem não tem Temor de Deus, não tem Discernimento, e é de fato um louco.
Bem, como viram acima, todos os dons e os carismas, estão interligados entre si. Um depende de outro e algumas pessoas alcançam grande quantidade de dons. Trata-se de uma verdadeira rede de interveniências, de modo há sempre a necessidade de mais de um deles, para que a graça aconteça, e a missão se cumpra em Deus. O Espírito Santo é o Doador único de todos os dons e carismas. Ninguém tem dom algum por mérito próprio, tudo é graça de Deus, que dela espera os frutos. Estes frutos podem ser bons, e podem ser podres, tudo depende da fonte onde você vai buscar seu Dom.
De fato, também o demônio pode dar dons, porque os recebeu de Deus. Entre os anjos caídos, havia-os portadores também de todos os carismas e certamente Lúcifer, o maior de todos, os tinha todos, falo dos dons. Mas ao invés de usa-los para o bem, eles os usam para o mal. Tanto que Nossa Senhora disse na mesma mensagem: Na verdade, o demônio não pode conhecer vossos pensamentos, e muitos menos os de Deus, porém conhece os planos de Deus elaborados há milênios, quando Lúcifer era amigo de Deus!(...) Os demônios vos conhecem!
E quando o Cláudio perguntou se os demônios também podiam dar d
ons, a resposta foi: “Quem está ligado a Deus, recebe de Deus! Quem está ligado ao demônio, recebe do demônio!” Ou seja: as pessoas são livres para usar seus Dons, na essência distribuídos por Deus ou permitidos por Ele, e podem usa-los até para combater o próprio Deus. Quem ama a mentira, recebe o Dom de satanás de destruir a verdade. Ou seja, neste caso a cada dom corresponde um efeito negativo, um caminho pecaminoso. O que era um Dom precioso, passa a ser um pecado capital, um vício. Um erro grave. Um meio de perdição!
Em I Coríntios 12 está dito: 4Há diversidade de dons, mas um só Espírito. 5Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. 6Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. 7A cada um é dado a manifestação do Espírito para proveito comum. 8A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; 9a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; 10a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas.* 11Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz.
Ele fala então, dos Dons distribuídos por Deus, mas que podem ser revertidos pela vontade das pessoas, e passam a ser alimentados pelo diabo. Quando Deus dá um Dom para qualquer um de nós, jamais o tira, apenas deixa de Se manifestar na pessoa. E ela pode, tanto parar e não render frutos de salvação, como pode rende-los até cem vezes mais, tudo depende do Amor. Ora, o contrário do amor é o ódio – dom inverso de satanás – que faz a pessoa produzir frutos podres e de perdição eterna. E hoje, no mundo, com toda certeza existem mais pessoas produzindo frutos podres, que bons. Não fora assim, o mundo não estaria neste estado deplorável.
Quem corresponde à graça recebida, e à medida que ele corresponde ao seu Dom, Deus vai aos poucos ampliando aquele carisma, e ao mesmo tempo vai-lhe dando o suporte dos outros Dons necessários para produzir frutos ainda mais abundantes e ainda mais preciosos. Assim, quem tem o Carisma da Oração em Línguas, na medida de seu bom uso e de seu amor agradecido a Deus, poderá receber o dom da interpretação delas, o que é um carisma ainda maior e mais precioso. Na verdade, penso que um dos mais raros entre todos os dons e carismas. E dom interessante!
Tanto que no capítulo 14 de I Coríntios, está dito: 1Empenhai-vos em procurar o Amor. Aspirai igualmente aos dons espirituais, mas sobretudo ao de profecia. 2Aquele que fala em línguas não fala aos homens, senão a Deus: ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob a ação do Espírito. 3Aquele, porém, que profetiza fala aos homens, para edificá-los, exortá-los e consolá-los. 4Aquele que fala em línguas edifica-se a si mesmo; mas o que profetiza, edifica a assembléia. 5Ora, desejo que todos faleis em línguas, porém muito mais desejo que profetizeis. Maior é quem profetiza do que quem fala em línguas, a não ser que este as interprete, para que a assembléia receba edificação.
Ora, todos estes carismas, em especial o da profecia, demandam uma profusão de dons, que são passados ao profeta, na medida em que corresponda ao chamado de Deus. O Cláudio, por exemplo, no início de sua caminhada era tímido, sua voz era sumida, ele não conseguia se expressar corretamente. Entretanto, na medida em que manteve fidelidade a toda prova ao seu carisma profético, recebeu também o Dom da Palavra. Mas se ele não tivesse – acima de todos – o Dom da Humildade, JAMAIS receberia o carisma da profecia. Só os humildes falam pela boca de Deus. Os orgulhosos recebem seu dom de satanás, para sua
ruína, e a de muitos. Eis porque existem tantos falsos profetas!
Um profeta, por exemplo, não precisa ter o dom da Ciência, da inteligência, nem mesmo, acentuado, o Dom do Discernimento. Aliás, estes Dons seriam até perigosos e uma armadilha para o profeta, porque ele facilmente poderia passar a criar de sua cabeça as palavras da mensagem. E é isso que acontece amiúde. O profeta precisa apenas estar atento às ordens e às mensagens ouvidas e recebidas do Céu. Porque se a mensagem for de fato do Céu, ela virá em linguagem inteligível e não precisa de explicações. E o fato de ele não ser inteligente, nem ter grandes dons de discernimento será um fator de confiança para a mensagem, porque “Deus se revela somente aos pequenos e não entendidos”.
Enfim, é preciso saber que todos realmente temos dons. Ninguém foi desprezado por Deus, ou foi preterido, ou prejudicado. A cada um de acordo com a sua capacidade, ou de acordo com seu Amor a Deus. Tudo deve ser conduzido por nós, para consigamos saber a missão para a qual fomos escolhidos. E é justamente quanto a isso que muitos estão ainda confusos, e nos escrevem, ou telefonam, pedindo para perguntar ao Céu qual a sua missão? Ora, somente através da oração – Dom da Piedade – é possível compreender o que realmente Deus quer de nós, e qual a colaboração que devemos dar nesta obra de salvação. Ninguém pode ficar de fora, quem ficar fora será chamado a prestar contas.
Realmente, quando uma pessoa inicia sua caminhada de mudança, sai com toda força na busca da sua conversão. Neste momento, talvez ainda não perceberá que recebeu a imensa graça da Fortaleza, e da Sabedoria que a faz buscar com tenacidade as coisas do Alto. Da mesma forma, na medida em que ela buscar a Deus, lhe será dado perceber que este é o Dom da Fé. Então, na medida em que crescer na Fé, perceberá que precisa exercitar sua Piedade, porque sem a oração nenhuma conversão tem sucesso. E assim, quem quer ter a graça de um dom, ou de um carisma deve examinar atentamente seus joelhos e se coração. Se os joelhos não estiverem sovados, é porque em seu coração lhe falta o Dom do Amor! Porque somente quem ama a Deus de fato, reza, é peidoso.
Ora, quem sente que precisa rezar, é porque sabe que precisa de Deus. E quem sente que precisa de Deus, é na medida de seu Amor, também Humilde. Então, a Piedade e a Humildade andam juntas, são de fato inseparáveis. E a medida e a intensidade de cada uma delas, depende de nosso Amor. Quem é piedoso e humilde, logo adquire também o dom da Mansidão. Quem é manso, humilde e piedoso, está dentro do coração de Jesus, que é também assim. Quem está perto de Jesus, recebe o dom do Entendimento, também o dom do Discernimento, que logo puxa o Dom da Palavra, que produz o Dom do Bom Conselho! E assim, uma cadeia maravilhosa, que se perpetuará em Deus.
Que mais faltaria a esta pessoa que amorosa e humildemente busca a conversão? Falta o princípio de tudo: o Santo Temor de Deus, que é o princípio da Sabedoria, que leva ao Entendimento e ao Discernimento. Neste caso o dom da Ciência, a inteligência para compreender tudo isso, virá também na medida justa da necessidade, porque Deus nunca dá um Dom, e veda os caminhos da pessoa para consegui-lo. Ele não põe nenhum obstáculo, antes nos anima a continuar na busca da santidade. Sim, tudo isso para se chegar à santidade, para que cumpramos finalmente aquela palavra de Jesus que disse: sejam santos, porque meu Pai é Santo!
E se, depois disso tudo, uma pessoa ainda não tiver o Dom da Cura – falo de cura física, do corpo das pessoas, certamente terá em profusão o dom da Cura das almas, quem sabe este o final, o corolário perfeito de todos os Dons e Carismas. De fato, se os Dons não servirem para caminhar em direção dos braços eternos de Deus, se não levarem outros pelo caminho da perfeição e da santidade, nunca s
erão dons vindos de Deus. E é Nele, somente Nele, que devemos beber da Fonte da Graça, que esta não morre, é eterna.
Enfim, há os que têm, em certa medida, todos os Dons. Mas somente os ligados em Deus os poderão ter todos eles. Porque os que recebem seu dons de satanás, nunca terão o Dom da Sabedoria – justo por isso se entregam à criatura nefanda – como jamais terão o dom do Temor de Deus, de onde procede a Sabedoria. Estes não terão também o Dom da Piedade, nem do Discernimento, nem do Amor, nem do Bom Conselho, nem da Mansidão, nem da Humildade, nem do Entendimento, nem da Fé.
Eles até poderão ter o Dom da Fortaleza – para trabalhar para o mal – o Dom da palavra – para pregar o mal – o dom da Ciência – para leva-los à perdição – e o Dom da Cura, para curar em nome de satã. Mas estes não pertencem a Deus! Longe com eles! À nós compete começar buscando o Dom da Humildade, para entendermos que precisamos de Deus. (Aarão)
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