14/07/2005
Creio em Deus
Deus - 03 Creio em Deus
Deus - 03 Creio em Deus
2050525 DEUS PAI
“Creio em DEUS PAI, Todo-Poderoso, Criador dos Céus e da terra”... Se o leitor não é capaz de mergulhar pelo menos um pouco na profundidade desta frase, não entenderá o que irei dizer. Se não acreditar profundamente no que ela diz perderá seu tempo lendo este artigo! Desista! Este trabalho é para animar o coração daqueles que acreditam em Deus, e O amam e o adora. Daqueles que querem ganhar o Céu!
Por muito tempo tenho tentado escrever sobre Deus o Pai Criador. Já busquei por diversos caminhos, já procurei inúmeras fontes, já busquei inspirações, rezei pedindo as luzes do Divino Espírito Santo, mas nada do que comecei dava certo. Há mais de seis meses estou assim! Sempre e com toda a clareza, uma força maior me barrava a “pena” e a caneta escorregava das mãos. Então eu parava, meditava mais, buscava mais, sempre pedindo luzes para falar sobre Aquele a Quem carinhosamente ousamos chamar de Pai, o nosso Deus Criador, Onipotente e Onisciente. É que, sempre e em tudo, Ele é grande demais, ultrapassa meu entendimento e mesmo se eu conseguisse vos dizer lindas coisas, ainda assim, me pareceriam diminutas. Primeiro por causa da plena incapacidade do homem, segundo pela pobreza singular da nossa linguagem, que tantas vezes não consegue sequer descrever as mais singelas emoções do próprio coração.
Nos livros que consultei, sempre livros teológicos e superiores, não consegui tirar nada de bom, porque me acabrunham por demais aquelas infindáveis citações de autores, de fontes, de intermináveis referências bibliográficas, de adendos, que – perdão se digo isso – me parece servem mais para o autor dizer de si, que ele é um erudito, um letrado, um doutor, um teólogo, que leu muitos livros, do que para esclarecer ao leitor. Não sei como um livro destes pode converter alguém e não sei se serve para alguma coisa de bom. E o mundo está abarrotado deles. E cheios de imprimatur! E por acaso, na internet, consultei uns textos do Padre Antonio Vieira, aquele tão citado na História do Brasil, porque diziam que ela era um fabuloso orador. E também ali, todo embrulhado naquele sem fim de citações eruditas, no início eu pensei desistir.
Mas depois de algum esforço, decidi pelo menos garimpar um texto onde ele citava a homilia de um santo, que falava justo sobre este Deus Pai. De fato, não menosprezando nenhum escritor, creio que a maioria de nós, não tem nenhum apetite por este tipo de leitura, porque ele demanda uma grande capacidade de memória, caso contrário a pessoa não entende nada. Além disso, é preciso que o leitor não perca em nenhum momento o fio da meada do pensamento do autor, e isso dá na gente um cansaço danado. Estes autores pensam que a gente é igual a eles. Em verdade, em cada parágrafo – igual a estes, como costumo escrever com uma linha de pensamento, com a condensação de uma idéia – este Padre também traz pensamentos e de constatações interessantes. Dizia ele:
PAI NOSSO > Quem poderá bastantemente declarar a Alteza, não só inacessível, mas tremenda, aonde se levanta e remonta a mesma voz, quando com ela se atreve a língua mortal a pronunciar: PAI NOSSO? O grande São Pedro Crisólogo (...) subindo um dia ao púlpito de Ravena (...) começou desta maneira: O que trago hoje para pregar, e o que haveis de ouvir é um caso de que pasmam os anjos, de que se assombra o céu, de que tem medo a terra, de que se estremecem as carnes: é um caso que não cabe nos ouvidos, que não alcançam os entendimentos, que não tem ombros para o suportar toda a máquina das criaturas, e que eu me não atrevo a dizer nem posso calar: (...)
Que caso tão novo, tão inaudito, tão tremendo para a terra, tão espantoso para o céu, e para homens e anjos tão estupendo? Ainda é maior do que tenho representado, e maior que quanto se pode encarecer nem imaginar. E qua
l é? É ( ...) que se pode atrever a língua humana a dizer a Deus: PAI NOSSO. Pois dizer a Deus: PAI NOSSO, esta voz tão breve, este nome tão amoroso, é aquele trovão que faz estremecer o céu e a terra, que causa o pasmo dos anjos, o assombro dos homens, o horror de todas as criaturas? Sim! E se nós tivéssemos entendimento para compreender, o mesmo que dizemos quando olhássemos para as alturas, aonde se levanta a nossa voz (...) antes havíamos de emudecer que pronunciá-la. Fiquemos por isso!
Em todos os artigos que tenho escrito, por muitos anos, sempre tenho levado esta palavra sublime: Deus! E o meu propósito será sempre este mesmo: de tratar das coisas deste Deus e que me fascinam, tal que, se um dia eu levar ao leitor um só texto que não traga esta palavra, podem desconfiar que me tornei ateu. Aliás, nada de outra coisa me interessa e nenhum outro assunto deste mundo que não esteja ligado Nele, me toma o tempo. Também não respondo a uma só carta sem falar em Deus, sem pedir as bênçãos de Deus, e sem levar a todos pelo menos uma centelha deste Ser Misericordioso e Bom, mas de cuja natureza, minha fenomenal ignorância, pouco ou nada ainda conhece.
Mas do pouquíssimo que sei, da infinita miséria que aprendi sobre Ele, já me pulsa esta chama crepitante que me obriga a seguir, a falar, a cantar os louvores Daquele “que das trevas nos chama à Sua Luz Gloriosa”. A própria Bíblia Sagrada, trás poucos textos sobre Deus o Pai, e mesmo sendo textos profundos, ainda assim meu buscar não se contenta em ficar somente nisto. Então, depois de ler e traduzir as visões de Fanny Moisseiva sobre o Paraíso é que me aumentou o ardor para escrever este trabalho. Até porque, uma grande amiga me pediu para escrever algo que “lhe enternecesse o coração”. Haverá ternura maior do que pensar em Deus? De saber que O podemos chamar, a este Deus Onipotente, Onisciente e Todo-Poderoso de Paizinho? De saber que este Ser, Infinito e Eterno é também coladinho conosco, e não distante como pensam, e nada ignorante do que se passa conosco, e até com cada partícula infinitesimal de nosso ser?
Ora, quem sou eu, para uma missão tão impossível? Mas o fato é que, em todos estes trabalhos, sempre tenho dito que os homens minimizam a Deus e que progressivamente O fazem, O tornam, O mudam em um ser qualquer, diminuto e alheado, algo distante e confuso, e cada vez mais distante e mais confuso, de modo a chegar ao extremo de querer igualar-se a Ele – supremo desafio – extrema loucura. Também tenho falado sobre o “primado de Deus” em nossa vida, pois se lê na Palavra Eterna: Amar a Deus sobre todas as coisas... E também: Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!... Ora este TODO, não admite nenhuma reserva, não admite nada antes, nada depois, nada maior, nada mais forte, nada mais sábio, pois significa TUDO! Este tudo – que é pleno em si – quer dizer: PRIMEIRO e para sempre!
Ninguém jamais viu Deus, está dito na Palavra, mas certamente que O podemos perceber e compreender pelas Suas espetaculares obras. Em verdade, quem acredita que Deus é tudo, não duvida de que o Universo inteiro, e cada partícula que ele contém, seja também obra Dele. É como Jesus dizia aos fariseus de seu tempo: se não acreditardes que Sou o Filho de Deus, acreditai então pelas obras que Eu faço em nome Daquele que Me enviou! Mas quem acredita? Quando os homens acreditaram? Quantos homens já de fato acreditaram em Deus, por haverem sentido e admirado às obras que Ele fez? E hoje, nestes tempos de um mundo cada vez mais paganizado, ateu e apóstata, quantos ainda conseguem tirar os olhos de ao redor do próprio umbigo, e voltar estes mesmos olhos para o infinito e o eterno, e assim saírem na busca de algo mais poderoso, mais forte, mais valioso,que tudo aquilo que nos mostram os simples artifícios humanos?
Noutro dia, Nossa Senhora nos falou que todos
os grandes cientistas acreditam em Deus. O que nos remete a duas coisas certamente: 1 – Isso quer dizer que todos os que se dizem cientistas, mas não acreditam em Deus, são na verdade pequenos, nanicos! 2 – Pecam os grandes cientistas, em não falar sobre este Deus e Sua obras monumentais – pois ninguém melhor que eles para dizer do que viram – e certamente adiante pagarão por se calar! Mas destes “cientistas” de hoje, cuja ciência maior parece consistir em desafiar a Deus e em negar Sua existência, quantos poderão ser tidos por grandes? Especialmente não, os que se ligam em difundir e em apostar nas teses nefandas de alguns dos expoentes máximos entre os inimigos de Deus, os cientistas e escritores nanicos chamados, Marx, Freud & outros, e em especial Darwin. E volto a falar deste homem! Peço perdão ao leitor, por ser às vezes repetitivo, mas as coisas precisam ficar claras.
Dizem também os cientistas nanicos, que o próprio Universo surgiu de um tal de “Big-Bang”, acontecido há 200 bilhões de anos atrás, e que o planeta terra é fruto desta explosão acidental. Sim, já tocamos neste assunto antes no artigo O ACASO, mas verdade é que, para se falar em Deus, nada melhor que mostrar Suas obras, seu esplendor, sua Glória, seu Poder: é preciso enaltece-lO até o limite do inaudito, isso para que os homens O comecem a ver, pelo menos no grau mínimo. E quem O limita ao “acaso”, é na verdade um nanico, porque afirmar que este efeito limitador possa produzir a vida – esta cadeia de perfeições absolutas – é de fato reduzir a zero as perfeições e a magnitude de Deus.
Ou seja: o acaso, gerando o caos, o caos gerando a bactéria, a bactéria gerando toda a vida na terra, animais e plantas. Ora, isso é uma tão bela trama quanto tola, e totalmente sem fundamento. Vejam: o acaso gerou a matéria, o acaso a comprimiu no espaço, o acaso a fez explodir, o acaso gerou todos os astros, o acaso os reuniu em galáxias, o acaso colocou os astros em órbitas perfeitas, o acaso lhes deu forma e cor, o acaso fez surgir neles a vida... Tudo por acaso? Mas eu pergunto: porventura uma pessoa assim tem mesmo um mínimo de inteligência? Ou seu desejo real é fazer crer que Deus não existe? Ou mudaram o nome de Deus para “acaso”? Por isso a Palavra nos diz: não te detenhas no erro dos ímpios! (Ec 17, 26) Ímpios não têm sabedoria! Porque eles não têm Deus!
Aliás, isso atenta contra a inteligência de seu teórico, cínico e ateu criador. E atenta igualmente contra a inteligência de quem acredita nisso – algo mais mítico que um conto da carochinha – e atenta contra a própria essência do ser humano, que é sufocada por eles, pois temos dentro de nós, profundamente gravado o sentimento de que Deus existe. E vemos isso pelas Suas obras! Em verdade, o acaso não gera nem o nada, não muda coisa alguma, não tem poder algum e jamais o terá. Nada acontece por acaso, e nada acontece sem uma Vontade Superior. Também o caos não gera nada, porque para esta Vontade Superior e Eterna, o próprio caos aparente é ordenamento perfeito. Sem esta Vontade nada se cria, nada se forma, nada se transforma e nada vive nem se desenvolve.
Mais do que isto, a própria transformação – ou evolução, como queiram dizer – da vida, somente acontece por causa das chamadas perfeições invisíveis de Deus, que a tudo vê e sonda, que tudo gera e move, que a tudo domina e determina. Nada acontece por acaso, nada vive sem a ordem desta Vontade geradora. Suponhamos uma bolha imensa, do tamanho da nossa Via-Láctea, um pontinho de luz em meio ao Infinito: Sonhamos que alguém esvazie esta bolha imensa e tire dela qualquer coisa, qualquer grãozinho de pó, qualquer bactéria ou esporo, o ar, e crie o vácuo perfeito, e que nela seja impedida de entrar qualquer coisa de fora. Dêem agora esta bolha a um destes cientistas nanicos, que acredita no acaso, e dêem a ele 200 bilhões de anos de tempo e vida para que ele aguarde: surgirá ali dentro, pelo “acaso” e “do nada”, uma vida? Um simples grão de pó? Uma bactéria pioneira? Um
esporo vivo? Uma gota de água? Nunca, nem que se passem trilhões de milênios! Nada sairá dali! Nada surgirá ali... Sem Deus!
É nisso que os homens minimizam a Deus Eterno. O eterno não se mede em números, porque as matemáticas não servem para avaliar a dimensão do tempo. Deus é Senhor do tempo, e quem fala em 200 bilhões de anos, dá apenas um escabroso chute na própria canela. Inventa um tempo do próprio tamanho de sua alma pequena, de sua fé diminuta ou nula. É isso que torna os cientistas em nanicos, porque eles medem o tempo por uma escala humana, tão paupérrima que não alcança nem os microssegundos da eternidade. Deus é maior do que isso, e nem adianta fazer contas. E é justo por fazerem um Deus diminuto, é que os homens O fazem próximos de sua própria condição de miséria.
Pensemos apenas no tempo, Deus é o Senhor dele! Ora, aquilo que para nós é medido em segundos, minutos, dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos e milênios para Deus não têm efeito algum. Como medir a eternidade? Dizia meu vovô João, que veio da Alemanha: A eternidade se mede assim; tomem uma pedra de diamante, do tamanho da terra. A cada milênio, vem um pintassilgo e amola o bico em cima dele e vai embora. Quando ele gastar todo o diamante, terá passado o primeiro segundo da eternidade. Ora isso é impossível de entender. Mas para Deus, o Senhor do tempo, tudo é sempre um tempo agora, hoje, tanto o passado quanto o presente, de tal forma que Ele sabe o que acontecerá em cada segundo do tempo futuro eterno.
Ele também lembra de tudo o que já se passou na terra, com cada um de nós e com todos em conjunto desde o sempre atrás. Não somente com os homens, mas com todos os outros seres vivos. Não somente com a criação viva, mas com todo o universo material e imaterial. E não somente com todo Universo – na grandeza de seus incontáveis astros – como também na mais ínfima das partículas que compõe a cada um destes mundos, e com todos eles em conjunto. Sobre tudo isso a consciência eterna de Deus impera. E tal é que, se acaso Deus esquecer de uma partícula destas, e cada uma delas, e todas elas, por um momento que seja, ou de um astro destes, cada um destes, pelo tempo mínimo que for, imediatamente ele desaparece, como se nunca tivesse existido.
Eis porque todo o Universo é dinâmico e se cria e recria ao bel prazer ou desejo, ou ordem, do Grande Criador e Pai Nosso. Nada se faz sem Seu desejo ou Sua ordem. A cada instante que se olhar para as vastidões do infinito, se verá diferente a configuração dos astros que o compõe, tudo segue em mutação constante, entretanto ordenadamente tudo interage com o Criador. Astros novos surgem em segundos, planetas diferentes surgem como do nada, e já habitados. Explosões gigantescas, pelo cosmos sem fim dão conta apenas da explosão do Amor de Deus, que assim o tem feito pelos séculos infinitos do passado, e o fará pelos séculos eternos adiante. Sim, ante os olhos dos que O amam!
Tudo é milimetricamente disposto pelo Criador, em ordem perfeita. A terra se fosse colocada mais perto do sol, nos queimaria; se mais longe, nos congelaria. Como se pode imaginar que o acaso a poderá ter criado, que o big-bang – do acaso – terá disposto tudo dentro do sistema solar, dentro da via-láctea – nossa galáxia – dentro do Universo sem fim, para que aqui se produzissem as condições perfeitas de vida? Ora, insistir nisso é bater na tecla da própria insanidade. É preciso buscar algum poder, alguma força maior, alguma Vontade Superior que crie e comande tudo isso, porque tal demanda também uma Inteligência e uma Sabedoria que ultrapassam o pálido entender dos homens.
Falando em homens, a terra foi criada por Deus para servir de habitação aos homens. Desde a eternidade, Deus a preparou para ser uma digna colônia de seus filhos, e para isso as condições que lhe eram adversas foram tiradas uma a uma. Quando Deus colocou o homem aqui, já estava tudo perfeito para que ele pudesse “crescer e multiplicar-se”. Quando Deus criou o homem, já não havia aqui nenhum
tipo de monstro gigantesco, seja dinossauro, seja peixe, seja planta nociva, que pudesse por em risco a vida de sua criatura predileta. A terra deveria ser um Paraíso, para o deleite do homem, desde que ele não pecasse. Foi o pecado de Adão – e nosso – que atraiu a maldição sobre ela! Também os espinhos, as dores, o sofrer, a morte e tudo o que nela tem de errado. Ao escolhermos o caminho do pecado, fomos nós quem nos lançamos neste mundo de trevas, atualmente descambando para o caos.
Pensemos agora no espaço: quem poderá entender o que seja o Infinito? Jamais nossa mísera inteligência conseguirá discernir tamanha vastidão. Os homens, cujos olhos não conseguem ver mais longe que quaisquer batráquios, usam hoje telescópios gigantes, e os põe em órbita da terra ou os enviam pela vastidão para auscultarem a obra Divina. Até onde estes olhos alcançam? Os homens medem as distâncias maiores, pelo “ano luz”, ou seja, distância que a luz percorre em um ano, a razão de 300 mil Km por segundo. Mas que é isso em relação ao infinito. Tomemos a Via-Láctea, a Constelação estelar onde nós vivemos: Se um homem viajasse à velocidade da Luz, para chegar apenas ao meio desta pequena constelação e de lá voltar, levaria 55 anos. Entretanto, aqui na terra, teriam se passado mais de 10 mil anos. Como entender o limite das distâncias? E dos tempos!
A Via-Láctea é pequena? Que se dirá então se os homens calculam que existam mais de 200 bilhões – de novo o “chute” de 200 bilhões? – de galáxias no Universo? Ou seja, mesmo que os telescópios humanos, que já imaginaram esta profusão de galáxias, tivessem multiplicado seus efeitos e seu alcance, por tantas bilhões de vezes, ainda assim não conseguiriam atingir o limite do Universo, porque ele é inatingível. Porém, para os espíritos de Deus, estes espaços enormes – embora reais – são micro distâncias, que se transpõe num simples vôo, pelo poder do Altíssimo. Assim, a viagem de ida e volta ao centro da Via-Láctea, para eles não levaria mais que uma fração de tempo.
Vale a pena então meditar sobre tais distâncias? Sim, porque à medida que nos aprofundamos nesta meditação, maior nós imaginamos o Deus que nos criou e que nos ama tanto, e mais entendemos a nossa miséria. E com certeza entenderemos enfim, que o acaso não pode ter inventado tudo isso. É como sempre tenho dito, os homens minimizam a Deus. No outro artigo, está afirmado que o número de astros imaginado pelos homens, em todo o universo, é de um quatro (4) seguido de 22 zeros. Pois bem, vou dar outro número para o infinito, em distância, e para o eterno, em se falando de tempo: Imagine a superfície total do globo terrestre! Imagine que isso seja uma folha de caderno escolar, destes cheios de linhas. Pois bem: coloque este “4”, e coloque a seguir, coladinhos lado a lado, tantos zeros, milímetro a milímetro, até que tudo seja preenchido por eles, linha por linha. Achou muito? Mas ainda assim não acabou, nem a distância em anos luz, nem o tempo em milênios. Sim, é esta também a dimensão do Amor deste Pai. Também Seu Poder vai além disso!
Falamos em amar, e porque mesmo é que este Deus tão assombrosamente Grande, em sua Infinita Magnitude, em Seu Eterno viver e Poder, vá Se sentir voltado a ligar em nós Sua atenção, se nós somos menos ainda que grãos de pó, diante Dele e do Universo? Isso ocorre, porque Ele nos ama, e porque mesmo com esta diminuta inteligência que Ele nos deu, nós conseguimos saber que Ele existe, que Ele vive, que Ele pulsa e vibra com todo o Universo criado e o Universo, com toda a criação – maravilhosa e perfeita – pulsa e vibra Nele. Tudo funciona em perfeita simbiose com Ele, em Eterna e magistral sincronia, como um canto de infinitas vozes, e doces harmonias. E dentro desta sincronia, e dentro desta perfeição, nós somos aquelas partículas frágeis, mas especiais, que conseguem saber, e entender que o Amor existe e que Ele é Único, e que sem Ele nada existiria, nem Deus.
Quando eu digo: Deus Todo Poderoso, devo acreditar que nada para Ele é impossível.
O Deus no qual eu acredito, tem poder suficiente para fazer desaparecer toda matéria do cosmos num instante, como o de duplicar ou triplicar o número de astros existentes, na fração de um momento. Ele tem poder para criar filhos de Deus das próprias pedras, como tem poder para fazê-las desaparecer no momento seguinte. Deus tem poder para deixar morrer toda a espécie humana, e poder para faze-la ressuscitar no tempo certo para Sua Eterna Glória. Tem poder para envelhecer um jovem num segundo, e também para transformar toda a humanidade em crianças, num momento. Tudo o que Ele fez é exato na medida, simples na perfeição, equilibrado na essência e cumpre o papel que lhe foi dado com fiel ajuste. Tudo interage com Ele em simbiose santa, em sincronia magistral de efeitos espetaculares. É como uma orquestra, de afinação eterna, pois diapasão único!
Assim, nada do que Deus criou é imperfeito. A imperfeição, qualquer que seja, jamais virá do Autor e sim das criaturas. Seja em relação à vida na terra, seja em relação aos esquemas que a regem, tudo foi criado em perfeita sintonia com Aquele que é Perfeito, tudo para Seu deleite pessoal e a Sua Glorificação. E destas obras de perfeição inaudita, deve o ser humano, dotado de inteligência, discernir por ele mesmo a existência de Deus. Qualquer homem que negue isso, somente o fará por soberba e teimosia e jamais poderá alegar que não sabia, porque isso está impregnado em nossa alma, com todas as letras da Lei: negar a existência de Deus é negar a própria vida é negar a própria existência.
Que nos reserva este Deus, Criador de todo o Universo, de todas as coisas, visíveis e invisíveis? Ele nos reserva – para aqueles que O amam – o inaudito, o indescritível! A Bíblia nos diz isto! Ninguém consegue imaginar nem descrever o Paraíso que será dado aos justos, aqueles que se ligam neste Deus Supremo e Soberano Senhor, que O vêem assim como descrevi acima, mais e não menos. O Céu não é um lugar estático, imutável, onde se viverá eternamente de joelhos diante de Deus como os tolos pensam. Será sim, algo dinâmico, que se excederá em perfeições e maravilhas a cada dia, a cada século, a cada medida infinita de tempo, sempre o novo e o perfeito se reciclando e se renovando em Deus. E sempre a alegria eterna, e sempre a paz extrema, porque na presença eterna Daquele É a Paz, que É a alegria, que É o Amor Eterno em plenitude santa.
Deus, se Ele quisesse, poderia criar um mundo perfeito para cada alma, para cada uma de suas criaturas, pois há no cosmos espaço de sobra. Um mundo que fosse prêmio perfeito, exato e dentro da medida concernente ao mérito de cada um, conquistado aqui na terra. Em verdade Ele fará tudo, para que as almas sejam felizes pela eternidade num mundo de felicidade perfeita. E até a eternidade não será enfadonha – como alguns chegam a imaginar – porque os séculos e os milênios eternos correm, para os justos como simples dias, nada comparado ao tempo angustioso deste mundo cheio de maus, de maldades e de armadilhas. Lá, as almas serão felizes, alegres, e viverão eternamente como crianças inocentes, sem que nada as incomode ou falte, porque o Poder de Deus em alegrar é Infinito, eis que o Amor é Infinito e é Eterno.
Para Deus não há distância, porque Ele É Senhor do Infinito. Ele está em toda parte, e seu Espírito permeia todas as coisas, visíveis e invisíveis. Deus está em toda parte, mas não é matéria alguma e sim Espírito Puríssimo! É a consciência infinita do Ser, eis porque Ele disse: Sou, aquele que Sou! Sua perfeição é absoluta em tudo o que faz e nelas se revela Seu Amor. E entre as perfeições de Deus, certamente o homem ocupa um lugar de destaque. Vejam que bela obra! Poderá alguém fazer um ser mais perfeito do que o homem? Mais atraente ao olhar? Se possível fosse, acaso Deus teria nascido na forma humana? Tentem mudar qualquer disposição, de qualquer órgão do nosso corpo? Quem sabe trocar os olhos para outro lugar, a boca para trás da cabeça, as orelhas para frente? Qualquer m
udança nos tornaria um monstro, um ser aberrante.
Olhemos agora para os órgãos do corpo humano. Quem já viu coisa mais perfeita que um cérebro humano? Uma mão humana capaz de executar as mais impressionantes tarefas sob o comando deste cérebro! Enfim, o organismo que é mantido vivo a custa de qualquer coisa comestível que exista, desde coisas deliciosas, até bichos vivos, carnes cruas, galhos, ramos, folhas, sementes, capim, raízes, ervas, vermes, larvas, insetos, carniça – os esquimós vivem de carne podre – formigas, seivas, sucos, ossos, tutano e peixes, que outras “máquinas” funcionariam com todas estas coisas? Que outro tipo de animal suporta tão variada gama de alimentos?
Olhem os olhos – sim os animais os têm melhores – mas nenhum tem a perfeição e a beleza do olhar humano. Vejam a beleza da face virgem de uma criança, o ardor de um jovem, a beleza madura de um adulto, a rude perfeição de uma face envelhecida e marcada pelo tempo e que esconde no fundo a sabedoria. Tudo no homem é firmado para que ele seja um templo do Espírito Santo, e a morada do próprio Deus. Tudo no homem é fixo, para que ele seja chamado e ser de filho de Deus. Porventura o acaso – o gerador da vida inventado pelos inimigos de Deus – pode criar todas estas perfeições? Um corpo, um cérebro, uma mão, um rosto, um olho? Um sorriso? Acham que o acaso e a evolução poderiam criar a perfeição de um olho? De um ouvido? Do paladar refinado! Do tato sensível! Da língua para falar e comunicar-se? Do ouvido para ouvir? Somente alguém completamente seduzido ou enganado pelo maligno pode aceitar um tal entendimento. Pobre acaso! Pobres cientistas nanicos!
Porque Deus não nos deu olhos de falcão, ouvidos de lince, força do leão, rapidez do guepardo? Porventura seríamos melhores e mais felizes? Jamais! Tudo isso é perfeição de Deus, porque se tivéssemos olhos de falcão, não o usaríamos para olhar a coisas do alto e admirar as maravilhas de Deus e sim, para bisbilhotar coisas ocultas e proibidas, fazendo de nossa vida um eterno “big-brother”. Se tivéssemos ouvidos de lince, não o usaríamos para ouvir a sinfonia da criação divina, mas para escutar fofocas e ouvir o proibido. Se tivéssemos a força do leão, não a usaríamos para trabalhar na obra de Deus, mas para trucidar nossos adversários. Se tivéssemos a rapidez do guepardo, não a usaríamos, com certeza, para correr para os braços do Criador, mas, como já o fazemos sendo lentos, para os braços do inimigo. Tudo, pois, na justa medida e na extrema perfeição da Sabedoria.
O “acaso”, não cria nada disso. E tal como o descrevemos no ser humano, também acontece com todos os seres vivos, animais e plantas. Cada um deles é perfeito em tudo, mas não se tornou assim devido a um acaso qualquer, ou devido ao meio ambiente, nem à evolução e sim devido à Vontade criadora da perfeição divina, que pensou em tudo e em todos, em cada mínimo detalhe, para que desta obra gigantesca e mesmo incomensurável, o homem pudesse discernir facilmente: nada disso existiria sem Deus Criador! Nada disso seria possível sem o Amor de nosso Deus e Pai! Nada disso poderia existir, se o próprio Deus não existisse.
Mas certamente. Todos aqueles que querem ser filhos, que lutam para merecer o nome de filhos do Altíssimo, um dia chegarão a perfeições ainda mais incríveis: ver mais que o falcão, ouvir melhor que um lince, correr mais que o guepardo, porque depois, livres da nossa mísera condição humana, e livres do invólucro pesado de nosso corpo mortal, nós poderemos alçar vôos infinitos entre as estrelas incontáveis nas miríades de constelações. E poderemos admirar a perfeição destes mundos, que são criados e extintos como o pipocar de fogos numa festa, em meio ao êxtase que a presença constante do Altíssimo nos proporciona.
Mais, que isso, poderemos participar com Deus da criação destes novos mundos, porque a dimensão do espaço infinito, pelo poder de Deus comporta todas as experiências e soluções. E tudo será, sempre novo, e maravilhoso, e eterno em harmonia. E
tudo será simples e perfeito, porque Deus é simples e perfeito. Plantas novas, perfumes extasiantes e sempre novos. Também novos ambientes! Com belos jardins e indescritíveis flores. Cores novas cintilantes, luzes e efeitos singulares. Nada tétrico! Nada negro – que é a ausência de cores, e esta fica para o inferno – nada pavoroso, mas tudo e sempre a refletir a paz eterna em meio a perfeição extrema.
E tudo sempre atraente e convidativo, jamais nos deixando enfastiados ou com alguma nostalgia, porque sempre o novo há de cumprir o intento maior de nos fazer felizes eternamente... Em Deus! Sempre em Deus! Só em Deus! E isto basta! E isto é TUDO! Deus só não pode três coisas: 1 – Ser mais, nem menos do que Ele É, porque Ele é Tudo! 2 – Deus não pode pecar, porque Ele é o Bem, é o Amor em plenitude! 3 – Deus não pode deixar de existir, porque isso seria a negação de Si Mesmo! No mais, podem lançar a Ele os desafios: Ninguém ficará sem resposta!
Enfim, Deus nos amou tanto, que nos deu Seu Filho Único, Jesus Cristo, para que com Sua Morte e Ressurreição – meditemos nisso, neste tempo que nos separa Dele – desse a vida ao homem. E ninguém tem mais amor, que aquele que dá a vida por seu irmão.
Se Jesus nos chama de irmãos, se Maria, Mãe de Deus nos tem por filhos, então temos sim, a Deus por PAI. A Ele a honra, a Ele a Glória, a Ele o Louvor, pelos séculos, dos séculos! Amém! Sim, eu creio, mas, Senhor, aumenta a minha fé?!
Sem Deus, todo o resto é impossível!
Até existirem ateus!
Arnaldo
Deus - 03 Creio em Deus
2050525 DEUS PAI
“Creio em DEUS PAI, Todo-Poderoso, Criador dos Céus e da terra”... Se o leitor não é capaz de mergulhar pelo menos um pouco na profundidade desta frase, não entenderá o que irei dizer. Se não acreditar profundamente no que ela diz perderá seu tempo lendo este artigo! Desista! Este trabalho é para animar o coração daqueles que acreditam em Deus, e O amam e o adora. Daqueles que querem ganhar o Céu!
Por muito tempo tenho tentado escrever sobre Deus o Pai Criador. Já busquei por diversos caminhos, já procurei inúmeras fontes, já busquei inspirações, rezei pedindo as luzes do Divino Espírito Santo, mas nada do que comecei dava certo. Há mais de seis meses estou assim! Sempre e com toda a clareza, uma força maior me barrava a “pena” e a caneta escorregava das mãos. Então eu parava, meditava mais, buscava mais, sempre pedindo luzes para falar sobre Aquele a Quem carinhosamente ousamos chamar de Pai, o nosso Deus Criador, Onipotente e Onisciente. É que, sempre e em tudo, Ele é grande demais, ultrapassa meu entendimento e mesmo se eu conseguisse vos dizer lindas coisas, ainda assim, me pareceriam diminutas. Primeiro por causa da plena incapacidade do homem, segundo pela pobreza singular da nossa linguagem, que tantas vezes não consegue sequer descrever as mais singelas emoções do próprio coração.
Nos livros que consultei, sempre livros teológicos e superiores, não consegui tirar nada de bom, porque me acabrunham por demais aquelas infindáveis citações de autores, de fontes, de intermináveis referências bibliográficas, de adendos, que – perdão se digo isso – me parece servem mais para o autor dizer de si, que ele é um erudito, um letrado, um doutor, um teólogo, que leu muitos livros, do que para esclarecer ao leitor. Não sei como um livro destes pode converter alguém e não sei se serve para alguma coisa de bom. E o mundo está abarrotado deles. E cheios de imprimatur! E por acaso, na internet, consultei uns textos do Padre Antonio Vieira, aquele tão citado na História do Brasil, porque diziam que ela era um fabuloso orador. E também ali, todo embrulhado naquele sem fim de citações eruditas, no início eu pensei desistir.
Mas depois de algum esforço, decidi pelo menos garimpar um texto onde ele citava a homilia de um santo, que falava justo sobre este Deus Pai. De fato, não menosprezando nenhum escritor, creio que a maioria de nós, não tem nenhum apetite por este tipo de leitura, porque ele demanda uma grande capacidade de memória, caso contrário a pessoa não entende nada. Além disso, é preciso que o leitor não perca em nenhum momento o fio da meada do pensamento do autor, e isso dá na gente um cansaço danado. Estes autores pensam que a gente é igual a eles. Em verdade, em cada parágrafo – igual a estes, como costumo escrever com uma linha de pensamento, com a condensação de uma idéia – este Padre também traz pensamentos e de constatações interessantes. Dizia ele:
PAI NOSSO > Quem poderá bastantemente declarar a Alteza, não só inacessível, mas tremenda, aonde se levanta e remonta a mesma voz, quando com ela se atreve a língua mortal a pronunciar: PAI NOSSO? O grande São Pedro Crisólogo (...) subindo um dia ao púlpito de Ravena (...) começou desta maneira: O que trago hoje para pregar, e o que haveis de ouvir é um caso de que pasmam os anjos, de que se assombra o céu, de que tem medo a terra, de que se estremecem as carnes: é um caso que não cabe nos ouvidos, que não alcançam os entendimentos, que não tem ombros para o suportar toda a máquina das criaturas, e que eu me não atrevo a dizer nem posso calar: (...)
Que caso tão novo, tão inaudito, tão tremendo para a terra, tão espantoso para o céu, e para homens e anjos tão estupendo? Ainda é maior do que tenho representado, e maior que quanto se pode encarecer nem imaginar. E qua
l é? É ( ...) que se pode atrever a língua humana a dizer a Deus: PAI NOSSO. Pois dizer a Deus: PAI NOSSO, esta voz tão breve, este nome tão amoroso, é aquele trovão que faz estremecer o céu e a terra, que causa o pasmo dos anjos, o assombro dos homens, o horror de todas as criaturas? Sim! E se nós tivéssemos entendimento para compreender, o mesmo que dizemos quando olhássemos para as alturas, aonde se levanta a nossa voz (...) antes havíamos de emudecer que pronunciá-la. Fiquemos por isso!
Em todos os artigos que tenho escrito, por muitos anos, sempre tenho levado esta palavra sublime: Deus! E o meu propósito será sempre este mesmo: de tratar das coisas deste Deus e que me fascinam, tal que, se um dia eu levar ao leitor um só texto que não traga esta palavra, podem desconfiar que me tornei ateu. Aliás, nada de outra coisa me interessa e nenhum outro assunto deste mundo que não esteja ligado Nele, me toma o tempo. Também não respondo a uma só carta sem falar em Deus, sem pedir as bênçãos de Deus, e sem levar a todos pelo menos uma centelha deste Ser Misericordioso e Bom, mas de cuja natureza, minha fenomenal ignorância, pouco ou nada ainda conhece.
Mas do pouquíssimo que sei, da infinita miséria que aprendi sobre Ele, já me pulsa esta chama crepitante que me obriga a seguir, a falar, a cantar os louvores Daquele “que das trevas nos chama à Sua Luz Gloriosa”. A própria Bíblia Sagrada, trás poucos textos sobre Deus o Pai, e mesmo sendo textos profundos, ainda assim meu buscar não se contenta em ficar somente nisto. Então, depois de ler e traduzir as visões de Fanny Moisseiva sobre o Paraíso é que me aumentou o ardor para escrever este trabalho. Até porque, uma grande amiga me pediu para escrever algo que “lhe enternecesse o coração”. Haverá ternura maior do que pensar em Deus? De saber que O podemos chamar, a este Deus Onipotente, Onisciente e Todo-Poderoso de Paizinho? De saber que este Ser, Infinito e Eterno é também coladinho conosco, e não distante como pensam, e nada ignorante do que se passa conosco, e até com cada partícula infinitesimal de nosso ser?
Ora, quem sou eu, para uma missão tão impossível? Mas o fato é que, em todos estes trabalhos, sempre tenho dito que os homens minimizam a Deus e que progressivamente O fazem, O tornam, O mudam em um ser qualquer, diminuto e alheado, algo distante e confuso, e cada vez mais distante e mais confuso, de modo a chegar ao extremo de querer igualar-se a Ele – supremo desafio – extrema loucura. Também tenho falado sobre o “primado de Deus” em nossa vida, pois se lê na Palavra Eterna: Amar a Deus sobre todas as coisas... E também: Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!... Ora este TODO, não admite nenhuma reserva, não admite nada antes, nada depois, nada maior, nada mais forte, nada mais sábio, pois significa TUDO! Este tudo – que é pleno em si – quer dizer: PRIMEIRO e para sempre!
Ninguém jamais viu Deus, está dito na Palavra, mas certamente que O podemos perceber e compreender pelas Suas espetaculares obras. Em verdade, quem acredita que Deus é tudo, não duvida de que o Universo inteiro, e cada partícula que ele contém, seja também obra Dele. É como Jesus dizia aos fariseus de seu tempo: se não acreditardes que Sou o Filho de Deus, acreditai então pelas obras que Eu faço em nome Daquele que Me enviou! Mas quem acredita? Quando os homens acreditaram? Quantos homens já de fato acreditaram em Deus, por haverem sentido e admirado às obras que Ele fez? E hoje, nestes tempos de um mundo cada vez mais paganizado, ateu e apóstata, quantos ainda conseguem tirar os olhos de ao redor do próprio umbigo, e voltar estes mesmos olhos para o infinito e o eterno, e assim saírem na busca de algo mais poderoso, mais forte, mais valioso,que tudo aquilo que nos mostram os simples artifícios humanos?
Noutro dia, Nossa Senhora nos falou que todos
os grandes cientistas acreditam em Deus. O que nos remete a duas coisas certamente: 1 – Isso quer dizer que todos os que se dizem cientistas, mas não acreditam em Deus, são na verdade pequenos, nanicos! 2 – Pecam os grandes cientistas, em não falar sobre este Deus e Sua obras monumentais – pois ninguém melhor que eles para dizer do que viram – e certamente adiante pagarão por se calar! Mas destes “cientistas” de hoje, cuja ciência maior parece consistir em desafiar a Deus e em negar Sua existência, quantos poderão ser tidos por grandes? Especialmente não, os que se ligam em difundir e em apostar nas teses nefandas de alguns dos expoentes máximos entre os inimigos de Deus, os cientistas e escritores nanicos chamados, Marx, Freud & outros, e em especial Darwin. E volto a falar deste homem! Peço perdão ao leitor, por ser às vezes repetitivo, mas as coisas precisam ficar claras.
Dizem também os cientistas nanicos, que o próprio Universo surgiu de um tal de “Big-Bang”, acontecido há 200 bilhões de anos atrás, e que o planeta terra é fruto desta explosão acidental. Sim, já tocamos neste assunto antes no artigo O ACASO, mas verdade é que, para se falar em Deus, nada melhor que mostrar Suas obras, seu esplendor, sua Glória, seu Poder: é preciso enaltece-lO até o limite do inaudito, isso para que os homens O comecem a ver, pelo menos no grau mínimo. E quem O limita ao “acaso”, é na verdade um nanico, porque afirmar que este efeito limitador possa produzir a vida – esta cadeia de perfeições absolutas – é de fato reduzir a zero as perfeições e a magnitude de Deus.
Ou seja: o acaso, gerando o caos, o caos gerando a bactéria, a bactéria gerando toda a vida na terra, animais e plantas. Ora, isso é uma tão bela trama quanto tola, e totalmente sem fundamento. Vejam: o acaso gerou a matéria, o acaso a comprimiu no espaço, o acaso a fez explodir, o acaso gerou todos os astros, o acaso os reuniu em galáxias, o acaso colocou os astros em órbitas perfeitas, o acaso lhes deu forma e cor, o acaso fez surgir neles a vida... Tudo por acaso? Mas eu pergunto: porventura uma pessoa assim tem mesmo um mínimo de inteligência? Ou seu desejo real é fazer crer que Deus não existe? Ou mudaram o nome de Deus para “acaso”? Por isso a Palavra nos diz: não te detenhas no erro dos ímpios! (Ec 17, 26) Ímpios não têm sabedoria! Porque eles não têm Deus!
Aliás, isso atenta contra a inteligência de seu teórico, cínico e ateu criador. E atenta igualmente contra a inteligência de quem acredita nisso – algo mais mítico que um conto da carochinha – e atenta contra a própria essência do ser humano, que é sufocada por eles, pois temos dentro de nós, profundamente gravado o sentimento de que Deus existe. E vemos isso pelas Suas obras! Em verdade, o acaso não gera nem o nada, não muda coisa alguma, não tem poder algum e jamais o terá. Nada acontece por acaso, e nada acontece sem uma Vontade Superior. Também o caos não gera nada, porque para esta Vontade Superior e Eterna, o próprio caos aparente é ordenamento perfeito. Sem esta Vontade nada se cria, nada se forma, nada se transforma e nada vive nem se desenvolve.
Mais do que isto, a própria transformação – ou evolução, como queiram dizer – da vida, somente acontece por causa das chamadas perfeições invisíveis de Deus, que a tudo vê e sonda, que tudo gera e move, que a tudo domina e determina. Nada acontece por acaso, nada vive sem a ordem desta Vontade geradora. Suponhamos uma bolha imensa, do tamanho da nossa Via-Láctea, um pontinho de luz em meio ao Infinito: Sonhamos que alguém esvazie esta bolha imensa e tire dela qualquer coisa, qualquer grãozinho de pó, qualquer bactéria ou esporo, o ar, e crie o vácuo perfeito, e que nela seja impedida de entrar qualquer coisa de fora. Dêem agora esta bolha a um destes cientistas nanicos, que acredita no acaso, e dêem a ele 200 bilhões de anos de tempo e vida para que ele aguarde: surgirá ali dentro, pelo “acaso” e “do nada”, uma vida? Um simples grão de pó? Uma bactéria pioneira? Um
esporo vivo? Uma gota de água? Nunca, nem que se passem trilhões de milênios! Nada sairá dali! Nada surgirá ali... Sem Deus!
É nisso que os homens minimizam a Deus Eterno. O eterno não se mede em números, porque as matemáticas não servem para avaliar a dimensão do tempo. Deus é Senhor do tempo, e quem fala em 200 bilhões de anos, dá apenas um escabroso chute na própria canela. Inventa um tempo do próprio tamanho de sua alma pequena, de sua fé diminuta ou nula. É isso que torna os cientistas em nanicos, porque eles medem o tempo por uma escala humana, tão paupérrima que não alcança nem os microssegundos da eternidade. Deus é maior do que isso, e nem adianta fazer contas. E é justo por fazerem um Deus diminuto, é que os homens O fazem próximos de sua própria condição de miséria.
Pensemos apenas no tempo, Deus é o Senhor dele! Ora, aquilo que para nós é medido em segundos, minutos, dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos e milênios para Deus não têm efeito algum. Como medir a eternidade? Dizia meu vovô João, que veio da Alemanha: A eternidade se mede assim; tomem uma pedra de diamante, do tamanho da terra. A cada milênio, vem um pintassilgo e amola o bico em cima dele e vai embora. Quando ele gastar todo o diamante, terá passado o primeiro segundo da eternidade. Ora isso é impossível de entender. Mas para Deus, o Senhor do tempo, tudo é sempre um tempo agora, hoje, tanto o passado quanto o presente, de tal forma que Ele sabe o que acontecerá em cada segundo do tempo futuro eterno.
Ele também lembra de tudo o que já se passou na terra, com cada um de nós e com todos em conjunto desde o sempre atrás. Não somente com os homens, mas com todos os outros seres vivos. Não somente com a criação viva, mas com todo o universo material e imaterial. E não somente com todo Universo – na grandeza de seus incontáveis astros – como também na mais ínfima das partículas que compõe a cada um destes mundos, e com todos eles em conjunto. Sobre tudo isso a consciência eterna de Deus impera. E tal é que, se acaso Deus esquecer de uma partícula destas, e cada uma delas, e todas elas, por um momento que seja, ou de um astro destes, cada um destes, pelo tempo mínimo que for, imediatamente ele desaparece, como se nunca tivesse existido.
Eis porque todo o Universo é dinâmico e se cria e recria ao bel prazer ou desejo, ou ordem, do Grande Criador e Pai Nosso. Nada se faz sem Seu desejo ou Sua ordem. A cada instante que se olhar para as vastidões do infinito, se verá diferente a configuração dos astros que o compõe, tudo segue em mutação constante, entretanto ordenadamente tudo interage com o Criador. Astros novos surgem em segundos, planetas diferentes surgem como do nada, e já habitados. Explosões gigantescas, pelo cosmos sem fim dão conta apenas da explosão do Amor de Deus, que assim o tem feito pelos séculos infinitos do passado, e o fará pelos séculos eternos adiante. Sim, ante os olhos dos que O amam!
Tudo é milimetricamente disposto pelo Criador, em ordem perfeita. A terra se fosse colocada mais perto do sol, nos queimaria; se mais longe, nos congelaria. Como se pode imaginar que o acaso a poderá ter criado, que o big-bang – do acaso – terá disposto tudo dentro do sistema solar, dentro da via-láctea – nossa galáxia – dentro do Universo sem fim, para que aqui se produzissem as condições perfeitas de vida? Ora, insistir nisso é bater na tecla da própria insanidade. É preciso buscar algum poder, alguma força maior, alguma Vontade Superior que crie e comande tudo isso, porque tal demanda também uma Inteligência e uma Sabedoria que ultrapassam o pálido entender dos homens.
Falando em homens, a terra foi criada por Deus para servir de habitação aos homens. Desde a eternidade, Deus a preparou para ser uma digna colônia de seus filhos, e para isso as condições que lhe eram adversas foram tiradas uma a uma. Quando Deus colocou o homem aqui, já estava tudo perfeito para que ele pudesse “crescer e multiplicar-se”. Quando Deus criou o homem, já não havia aqui nenhum
tipo de monstro gigantesco, seja dinossauro, seja peixe, seja planta nociva, que pudesse por em risco a vida de sua criatura predileta. A terra deveria ser um Paraíso, para o deleite do homem, desde que ele não pecasse. Foi o pecado de Adão – e nosso – que atraiu a maldição sobre ela! Também os espinhos, as dores, o sofrer, a morte e tudo o que nela tem de errado. Ao escolhermos o caminho do pecado, fomos nós quem nos lançamos neste mundo de trevas, atualmente descambando para o caos.
Pensemos agora no espaço: quem poderá entender o que seja o Infinito? Jamais nossa mísera inteligência conseguirá discernir tamanha vastidão. Os homens, cujos olhos não conseguem ver mais longe que quaisquer batráquios, usam hoje telescópios gigantes, e os põe em órbita da terra ou os enviam pela vastidão para auscultarem a obra Divina. Até onde estes olhos alcançam? Os homens medem as distâncias maiores, pelo “ano luz”, ou seja, distância que a luz percorre em um ano, a razão de 300 mil Km por segundo. Mas que é isso em relação ao infinito. Tomemos a Via-Láctea, a Constelação estelar onde nós vivemos: Se um homem viajasse à velocidade da Luz, para chegar apenas ao meio desta pequena constelação e de lá voltar, levaria 55 anos. Entretanto, aqui na terra, teriam se passado mais de 10 mil anos. Como entender o limite das distâncias? E dos tempos!
A Via-Láctea é pequena? Que se dirá então se os homens calculam que existam mais de 200 bilhões – de novo o “chute” de 200 bilhões? – de galáxias no Universo? Ou seja, mesmo que os telescópios humanos, que já imaginaram esta profusão de galáxias, tivessem multiplicado seus efeitos e seu alcance, por tantas bilhões de vezes, ainda assim não conseguiriam atingir o limite do Universo, porque ele é inatingível. Porém, para os espíritos de Deus, estes espaços enormes – embora reais – são micro distâncias, que se transpõe num simples vôo, pelo poder do Altíssimo. Assim, a viagem de ida e volta ao centro da Via-Láctea, para eles não levaria mais que uma fração de tempo.
Vale a pena então meditar sobre tais distâncias? Sim, porque à medida que nos aprofundamos nesta meditação, maior nós imaginamos o Deus que nos criou e que nos ama tanto, e mais entendemos a nossa miséria. E com certeza entenderemos enfim, que o acaso não pode ter inventado tudo isso. É como sempre tenho dito, os homens minimizam a Deus. No outro artigo, está afirmado que o número de astros imaginado pelos homens, em todo o universo, é de um quatro (4) seguido de 22 zeros. Pois bem, vou dar outro número para o infinito, em distância, e para o eterno, em se falando de tempo: Imagine a superfície total do globo terrestre! Imagine que isso seja uma folha de caderno escolar, destes cheios de linhas. Pois bem: coloque este “4”, e coloque a seguir, coladinhos lado a lado, tantos zeros, milímetro a milímetro, até que tudo seja preenchido por eles, linha por linha. Achou muito? Mas ainda assim não acabou, nem a distância em anos luz, nem o tempo em milênios. Sim, é esta também a dimensão do Amor deste Pai. Também Seu Poder vai além disso!
Falamos em amar, e porque mesmo é que este Deus tão assombrosamente Grande, em sua Infinita Magnitude, em Seu Eterno viver e Poder, vá Se sentir voltado a ligar em nós Sua atenção, se nós somos menos ainda que grãos de pó, diante Dele e do Universo? Isso ocorre, porque Ele nos ama, e porque mesmo com esta diminuta inteligência que Ele nos deu, nós conseguimos saber que Ele existe, que Ele vive, que Ele pulsa e vibra com todo o Universo criado e o Universo, com toda a criação – maravilhosa e perfeita – pulsa e vibra Nele. Tudo funciona em perfeita simbiose com Ele, em Eterna e magistral sincronia, como um canto de infinitas vozes, e doces harmonias. E dentro desta sincronia, e dentro desta perfeição, nós somos aquelas partículas frágeis, mas especiais, que conseguem saber, e entender que o Amor existe e que Ele é Único, e que sem Ele nada existiria, nem Deus.
Quando eu digo: Deus Todo Poderoso, devo acreditar que nada para Ele é impossível.
O Deus no qual eu acredito, tem poder suficiente para fazer desaparecer toda matéria do cosmos num instante, como o de duplicar ou triplicar o número de astros existentes, na fração de um momento. Ele tem poder para criar filhos de Deus das próprias pedras, como tem poder para fazê-las desaparecer no momento seguinte. Deus tem poder para deixar morrer toda a espécie humana, e poder para faze-la ressuscitar no tempo certo para Sua Eterna Glória. Tem poder para envelhecer um jovem num segundo, e também para transformar toda a humanidade em crianças, num momento. Tudo o que Ele fez é exato na medida, simples na perfeição, equilibrado na essência e cumpre o papel que lhe foi dado com fiel ajuste. Tudo interage com Ele em simbiose santa, em sincronia magistral de efeitos espetaculares. É como uma orquestra, de afinação eterna, pois diapasão único!
Assim, nada do que Deus criou é imperfeito. A imperfeição, qualquer que seja, jamais virá do Autor e sim das criaturas. Seja em relação à vida na terra, seja em relação aos esquemas que a regem, tudo foi criado em perfeita sintonia com Aquele que é Perfeito, tudo para Seu deleite pessoal e a Sua Glorificação. E destas obras de perfeição inaudita, deve o ser humano, dotado de inteligência, discernir por ele mesmo a existência de Deus. Qualquer homem que negue isso, somente o fará por soberba e teimosia e jamais poderá alegar que não sabia, porque isso está impregnado em nossa alma, com todas as letras da Lei: negar a existência de Deus é negar a própria vida é negar a própria existência.
Que nos reserva este Deus, Criador de todo o Universo, de todas as coisas, visíveis e invisíveis? Ele nos reserva – para aqueles que O amam – o inaudito, o indescritível! A Bíblia nos diz isto! Ninguém consegue imaginar nem descrever o Paraíso que será dado aos justos, aqueles que se ligam neste Deus Supremo e Soberano Senhor, que O vêem assim como descrevi acima, mais e não menos. O Céu não é um lugar estático, imutável, onde se viverá eternamente de joelhos diante de Deus como os tolos pensam. Será sim, algo dinâmico, que se excederá em perfeições e maravilhas a cada dia, a cada século, a cada medida infinita de tempo, sempre o novo e o perfeito se reciclando e se renovando em Deus. E sempre a alegria eterna, e sempre a paz extrema, porque na presença eterna Daquele É a Paz, que É a alegria, que É o Amor Eterno em plenitude santa.
Deus, se Ele quisesse, poderia criar um mundo perfeito para cada alma, para cada uma de suas criaturas, pois há no cosmos espaço de sobra. Um mundo que fosse prêmio perfeito, exato e dentro da medida concernente ao mérito de cada um, conquistado aqui na terra. Em verdade Ele fará tudo, para que as almas sejam felizes pela eternidade num mundo de felicidade perfeita. E até a eternidade não será enfadonha – como alguns chegam a imaginar – porque os séculos e os milênios eternos correm, para os justos como simples dias, nada comparado ao tempo angustioso deste mundo cheio de maus, de maldades e de armadilhas. Lá, as almas serão felizes, alegres, e viverão eternamente como crianças inocentes, sem que nada as incomode ou falte, porque o Poder de Deus em alegrar é Infinito, eis que o Amor é Infinito e é Eterno.
Para Deus não há distância, porque Ele É Senhor do Infinito. Ele está em toda parte, e seu Espírito permeia todas as coisas, visíveis e invisíveis. Deus está em toda parte, mas não é matéria alguma e sim Espírito Puríssimo! É a consciência infinita do Ser, eis porque Ele disse: Sou, aquele que Sou! Sua perfeição é absoluta em tudo o que faz e nelas se revela Seu Amor. E entre as perfeições de Deus, certamente o homem ocupa um lugar de destaque. Vejam que bela obra! Poderá alguém fazer um ser mais perfeito do que o homem? Mais atraente ao olhar? Se possível fosse, acaso Deus teria nascido na forma humana? Tentem mudar qualquer disposição, de qualquer órgão do nosso corpo? Quem sabe trocar os olhos para outro lugar, a boca para trás da cabeça, as orelhas para frente? Qualquer m
udança nos tornaria um monstro, um ser aberrante.
Olhemos agora para os órgãos do corpo humano. Quem já viu coisa mais perfeita que um cérebro humano? Uma mão humana capaz de executar as mais impressionantes tarefas sob o comando deste cérebro! Enfim, o organismo que é mantido vivo a custa de qualquer coisa comestível que exista, desde coisas deliciosas, até bichos vivos, carnes cruas, galhos, ramos, folhas, sementes, capim, raízes, ervas, vermes, larvas, insetos, carniça – os esquimós vivem de carne podre – formigas, seivas, sucos, ossos, tutano e peixes, que outras “máquinas” funcionariam com todas estas coisas? Que outro tipo de animal suporta tão variada gama de alimentos?
Olhem os olhos – sim os animais os têm melhores – mas nenhum tem a perfeição e a beleza do olhar humano. Vejam a beleza da face virgem de uma criança, o ardor de um jovem, a beleza madura de um adulto, a rude perfeição de uma face envelhecida e marcada pelo tempo e que esconde no fundo a sabedoria. Tudo no homem é firmado para que ele seja um templo do Espírito Santo, e a morada do próprio Deus. Tudo no homem é fixo, para que ele seja chamado e ser de filho de Deus. Porventura o acaso – o gerador da vida inventado pelos inimigos de Deus – pode criar todas estas perfeições? Um corpo, um cérebro, uma mão, um rosto, um olho? Um sorriso? Acham que o acaso e a evolução poderiam criar a perfeição de um olho? De um ouvido? Do paladar refinado! Do tato sensível! Da língua para falar e comunicar-se? Do ouvido para ouvir? Somente alguém completamente seduzido ou enganado pelo maligno pode aceitar um tal entendimento. Pobre acaso! Pobres cientistas nanicos!
Porque Deus não nos deu olhos de falcão, ouvidos de lince, força do leão, rapidez do guepardo? Porventura seríamos melhores e mais felizes? Jamais! Tudo isso é perfeição de Deus, porque se tivéssemos olhos de falcão, não o usaríamos para olhar a coisas do alto e admirar as maravilhas de Deus e sim, para bisbilhotar coisas ocultas e proibidas, fazendo de nossa vida um eterno “big-brother”. Se tivéssemos ouvidos de lince, não o usaríamos para ouvir a sinfonia da criação divina, mas para escutar fofocas e ouvir o proibido. Se tivéssemos a força do leão, não a usaríamos para trabalhar na obra de Deus, mas para trucidar nossos adversários. Se tivéssemos a rapidez do guepardo, não a usaríamos, com certeza, para correr para os braços do Criador, mas, como já o fazemos sendo lentos, para os braços do inimigo. Tudo, pois, na justa medida e na extrema perfeição da Sabedoria.
O “acaso”, não cria nada disso. E tal como o descrevemos no ser humano, também acontece com todos os seres vivos, animais e plantas. Cada um deles é perfeito em tudo, mas não se tornou assim devido a um acaso qualquer, ou devido ao meio ambiente, nem à evolução e sim devido à Vontade criadora da perfeição divina, que pensou em tudo e em todos, em cada mínimo detalhe, para que desta obra gigantesca e mesmo incomensurável, o homem pudesse discernir facilmente: nada disso existiria sem Deus Criador! Nada disso seria possível sem o Amor de nosso Deus e Pai! Nada disso poderia existir, se o próprio Deus não existisse.
Mas certamente. Todos aqueles que querem ser filhos, que lutam para merecer o nome de filhos do Altíssimo, um dia chegarão a perfeições ainda mais incríveis: ver mais que o falcão, ouvir melhor que um lince, correr mais que o guepardo, porque depois, livres da nossa mísera condição humana, e livres do invólucro pesado de nosso corpo mortal, nós poderemos alçar vôos infinitos entre as estrelas incontáveis nas miríades de constelações. E poderemos admirar a perfeição destes mundos, que são criados e extintos como o pipocar de fogos numa festa, em meio ao êxtase que a presença constante do Altíssimo nos proporciona.
Mais, que isso, poderemos participar com Deus da criação destes novos mundos, porque a dimensão do espaço infinito, pelo poder de Deus comporta todas as experiências e soluções. E tudo será, sempre novo, e maravilhoso, e eterno em harmonia. E
tudo será simples e perfeito, porque Deus é simples e perfeito. Plantas novas, perfumes extasiantes e sempre novos. Também novos ambientes! Com belos jardins e indescritíveis flores. Cores novas cintilantes, luzes e efeitos singulares. Nada tétrico! Nada negro – que é a ausência de cores, e esta fica para o inferno – nada pavoroso, mas tudo e sempre a refletir a paz eterna em meio a perfeição extrema.
E tudo sempre atraente e convidativo, jamais nos deixando enfastiados ou com alguma nostalgia, porque sempre o novo há de cumprir o intento maior de nos fazer felizes eternamente... Em Deus! Sempre em Deus! Só em Deus! E isto basta! E isto é TUDO! Deus só não pode três coisas: 1 – Ser mais, nem menos do que Ele É, porque Ele é Tudo! 2 – Deus não pode pecar, porque Ele é o Bem, é o Amor em plenitude! 3 – Deus não pode deixar de existir, porque isso seria a negação de Si Mesmo! No mais, podem lançar a Ele os desafios: Ninguém ficará sem resposta!
Enfim, Deus nos amou tanto, que nos deu Seu Filho Único, Jesus Cristo, para que com Sua Morte e Ressurreição – meditemos nisso, neste tempo que nos separa Dele – desse a vida ao homem. E ninguém tem mais amor, que aquele que dá a vida por seu irmão.
Se Jesus nos chama de irmãos, se Maria, Mãe de Deus nos tem por filhos, então temos sim, a Deus por PAI. A Ele a honra, a Ele a Glória, a Ele o Louvor, pelos séculos, dos séculos! Amém! Sim, eu creio, mas, Senhor, aumenta a minha fé?!
Sem Deus, todo o resto é impossível!
Até existirem ateus!
Arnaldo
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