recadosdoaarao



Moral
Voltar




26/09/2006
A procriação!


Moral - 12 A procriação!
Moral - 12 A procriação!

2060919 A PROCRIAÇÃO
 
     Está dito no Gênesis 1, 27 Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. 28 Deus os abençoou: Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.
 
     Depois de muitos anos de meditação, acredito que neste ato de criação e de entrega de Deus está uma das mais doloridas chagas do homem e certamente um dos maiores caminhos de pecado e ofensa a Deus. Por causa do pecado, Deus disse também à mulher: Multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores, teus desejos te impelirão para o teu marido e tu estarás sob o seu domínio." (Gê 3, 16)  E para Adão: Porque ouviste a vós de tua mulher... maldita seja a terra por tua causa...(Ge 3,17). Isso diz tudo!
 
     Dias atrás, coloquei uma mensagem extraída do Stela Maris, de uma confidente da França, onde Jesus lhe falava sobre o controle da natalidade. Falar neste assunto, num mundo como o de hoje, onde a sexualidade explosiva e abrasada permeia tudo e a muitos, certamente é difícil, porque – parece – a maioria já não entende outra linguagem. De fato, hoje, até para vender um pacote de macarrão, tem que ter mulher seminua no rótulo. E qualquer pessoa, se falar que isso não está certo, é olhada com desconfiança. De fato, houve quem se manifestasse estranhando a mensagem, porque ela contradiz a Doutrina da Igreja Católica. Que disse Jesus à sua interlocutora?
 
     “O que é esta questão de “procriação responsável”? Quem é responsável da “não existência” senão o homem iníquo que, por suas próprias asas – que chamam de distrações, divertimentos, cuidado do corpo, posição social... – renuncia abertamente ao projeto de Deus e decide não ter filhos? Como vós sois ridículos! Vós utilizais termos sábios na aparência, mas, a Sabedoria é, ela também, um dom de Deus”.
 
     “Quem tiver humildade “de ouvir”, Eu o farei rico do ouro puro que desce da boca do profeta ao coração dos homens”.... “E que dizer da procriação? O mandamento vos foi dado pelo Pai e Eu não o modifiquei de nenhum modo. Vós ajuntastes que a procriação “deve ser responsável”, querendo dizer com isso que o homem deve decidir por ele mesmo, se deve procriar ou não... É uma maneira elegante de dizer “Non serviam” (não servirei), pois se trata sempre do mesmo grito satânico. Segui-Me e não temais!”
 
     E a confidente observa que estas são palavras duras de Jesus, e que contradizem até a orientação da Igreja, mas uma análise mais acurada da mensagem nos mostra o quanto Jesus está certo. De fato a ordem primeira é: Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! E com certeza, passados mais de 7 mil anos daquele dia, ainda hoje a terra não está cheia. Cabe ainda muita gente, basta extirpar dela a ganância. Com distribuição justa do alimento, nos moldes que Deus projetou somente o Brasil pode alimentar com folga, todos os atuais habitantes do planeta. Dados da ONU!
 
     Quando então, um
casal decide não ter filhos, ou decide adiar uma gravidez para um tempo mais propício, ou faz uso de preservativos e contraceptivos, e mesmo que faça uso do método natural “aprovado pela Igreja”, está gritando contra Deus: não te obedecerei! É a mais pura e dura realidade! Quando nos deu esta ordem primeira, Deus havia já antes estabelecido em nossa genética, todos os mecanismos perfeitos de controle da espécie, tal como o fez com todos os animais. Ele, o único Criador e Único dono e Senhor de todas as criaturas, Ele o Autor da Vida e Único dono dela. É o também o Único que pode e deve decidir sobre o dia, o momento de início dela, e também o exato momento de seu fim.
 
     Para isso, tudo deve seguir a ordem natural, de todos os seres vivos. Ao homem foi dado o domínio sobre todas as coisas e animais, nunca, porém o domínio sobre a própria vida, porque seria descumprir aquele: multiplicai-vos! E seguir esta ordem natural da vida, significa não colocar nenhum obstáculo ao plano divino da reprodução humana, que segue um padrão genial de perfeição eterna. Não, isso jamais quer dizer que se deva explodir na sexualidade descontrolada e sim cumprir na ternura e no afeto, na submissão e na plena e confiante entrega, o projeto de Deus para cada um de nós.
 
     Está em Mateus 19, 4 Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: 5 Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? 6 Assim, já não são dois, mas uma só carne. Ora, quando o Criador nos deu a ordem inicial de procriação, tinha já criado um projeto milimetricamente disposto, para a perfeita alegria do homem e da mulher, licitamente unidos em matrimônio, a quem Deus vê como uma só pessoa. Quando um casal se furta a viver esta unidade, quebra o ciclo da vida e introduz na criação elementos estranhos ao plano divino, que acabam vindo em prejuízo do próprio homem.   
 
     Vejam o que diz São Paulo na 1ª Carta aos Coríntios 7, 2 Todavia, considerando o perigo da incontinência, cada um tenha sua mulher, e cada mulher tenha seu marido. 3 O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. 4 A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. 5 Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência. 6 Isto digo como concessão, não como ordem.
 
     De fato, a ordem não é de São Paulo, mas de Deus. Da mesma forma que um casal não se pode negar sexualmente ao outro, nos encantos da ternura, também não pode por obstáculos a que se cumpra a vontade de Deus. Ora, o ato sexual é perfeito, é querido e é aprovado por Deus. Mais que isso, quando feito dentro do projeto do Altíssimo, no afeto, no carinho da doação mútua, sem entraves, sem programações, sem barreiras, com a renuncia de si mesmo em favor do outro, tem sempre a presença do Espírito Santo, que atua neles, para uma satisfação plena de amor e a execução perfeita da divina vontade.
 
     De fato, está em Marcos, 8 34 ...: Se alguém Me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, t
ome a sua cruz
e siga-Me.
Na realidade, a imensa maioria dos autores que escrevem sobre este tema tão comum em nossas vidas, mas tão difícil de entender e vive, fala que o Amor é a chave principal do sucesso na união, entre um homem e uma mulher. Mas se a gente observar bem, há um componente mais chave ainda, que precisa ser adicionado, para que aconteça a química perfeita: este componente é a renuncia de si mesmo! Sem isso, não existe amor que resista por muito tempo, até porque o sentido de amor que se difunde hoje, nada tem a ver com aquele evocado por Deus, para um casal cristão.
 
     O leitor não faz nem idéia da quantidade assombrosa de problemas de relacionamento sexual que existe neste mundo! É que as pessoas não aprenderam o profundo sentido da renuncia de si mesmo, da doação ao outro, da entrega plena ao seu par, este o único modo de encontrar a “química” que os une ao projeto de Deus. Pode-se dizer realmente que: amar é renunciar-se a si mesmo! Não buscar ser feliz em si, mas sim, antes, satisfazendo plenamente ao outro. Deste modo de agir, resultará uma doce e cúmplice harmonia – sinal da presença do Espírito Santo – que refletirá não só neles, mas também nos filhos que Deus lhes der, e em todos os que os rodeiam.
 
     Mas, atenção: é preciso que tudo seja livre, perfeitamente aberto à vida, sem nenhum tipo de entrave ao plano divino, e sem qualquer tipo de exacerbamento alucinado, o que torna os homens animais descontrolados. Quando um dos pares se furta a um relação sexual, que poderia gerar o filho pretendido por Deus, ou quando o casal adia este compromisso de ordem, fatalmente fará com que deixe de nascer a exata pessoa querida de Deus: um santo, uma santa, um grande cientista! Alguém benfeitor da humanidade!
 
     Porque não se respeita ao plano divino. Sim, porque não acontecendo, ou acontecendo em outro momento, nunca mais irá trazer ao mundo a mesma criatura programada por Deus. É exatamente por isso que Jesus reclamou desta tal de “procriação responsável”. De fato, a Igreja, em sua Sabedoria, aceita o controle da natalidade se feito pelo método natural, ou seja, pela continência do casal nos dias férteis da mulher. Mas ela o faz, apenas porque julga dos males o menor. Até porque, não existe alternativa que não rompa o ciclo da vida e não afete o projeto de Deus. Mas Jesus diz claramente que Deus não quer isso e que nenhum casal tem o direito de interferir na vida, nem de programar quem deve ou não nascer. Mais que isso, quantos filhos deve ter um casal ou deixar de ter.
 
     Noutro dia, me escreveu uma senhora, muito triste, pois engravidara novamente, porque não funcionou o método natural. Eles já tinham mais filhos e não queriam outros, e seu marido a muito custo aceitara este método natural. E agora que a criança nasceu já por diversos meses ele se nega a cumprir com seus deveres de marido, porque tem medo de que ela engravide. E agora, seu temor é de perder o esposo que ela ama e que poderá procurar outras mulheres devido a sua negação em aceitar o uso da tal camisinha.
 
     E ela termina dizendo: Não quero me separar, mas se continuar assim temo que isso aconteça. Fico pensando: se eu tivesse me convertido há alguns anos atrás, quando nos casamos, eu não teria usado todos esses métodos para evitar filhos, e teria colocado essa minha vontade nas mãos de Deus ainda no namoro, e hoje não estaria passando por isso. Jovens católicos, que pretendem se casar, ouçam: conversem com seus futuros cônjuges antes de se casarem, hoje estou arrependida de não ter feito a vontade de Deus desde o começo do casamento. Que Ele me ajude a sair desta!
 
     Minha resposta foi esta: Sim, a verdade é esta mesma. No fundo Deus é quem
determina tudo. Quando você controla, mesmo que pelo método natural,  está travando o processo de evolução do homem, até porque de uma relação evitada poderia nascer um santo, ou um cientista, alguém de grande projeção na humanidade. Deus então Se obriga a arrumar outro, para suprir aquela falta, e fará isso certamente em outra família, pois aqui foi rejeitado. Incrivelmente, isso jamais levaria à super população, porque Deus tem todos os cordéis dos nascimentos e quando o limite estivesse para se esgotar, de uma forma natural as gravidez deixariam de acontecer. O controle é Dele, não do homem.
 
     Por outro lado, o ato sexual aberto à vida, não levaria jamais ao exacerbamento dos instintos como hoje. Esta brutal procura pelo sexo, é uma distorção humana, exatamente provinda do descumprimento da Lei eterna, Daquele que cria e que mantêm vivos a todos os filhos e criaturas. Tal como Ele controla os animais dos campos, também assim ao homem. Alegre-se com seu filho e ofereça esta abstinência forçada em reparação a todos aqueles casais que não só evitam filhos, mas abortam. Para estes é que virá a duríssima conta. Na oração, seu casamento se manterá. Se ele foi montado apenas sobre a necessidade de sexo, não subsistiria de qualquer forma. O sexo é importantíssimo, sinto e vivo isso, mas não é tudo. Cumprir a vontade de Deus é mais importante.
 
     Como Jesus continua dizendo a confidente: Vós, meus filhos, temeis vos abandonar a Mim, mesmo no ato de amor que Me deveis e que vós vos deveis. A doação entre os cônjuges deve ser total e num completo abandono a Deus. Não sois vós que deveis decidir ter outros filhos, mas Eu. São vossas faltas e vossa ignorância de Mim que vos levam aos caminhos que não são corretos. Ainda que o utilitarismo dos “métodos naturais” não vos pareça grave, há sempre neles, o encontro entre duas vontades: a vossa e a Minha. Vós sabeis que aquilo que Eu julgo é a intenção do coração.
 
     Entre dois males, escolhe-se sempre o menor, e tu és uma pequena criatura da terra. Não te lembras que prometeste aceitar todos os filhos que Eu quisesse te enviar? Sem esta boa e piedosa intenção, o ato se tornaria luxúria e, portanto, pecado. E quando a confidente alegou que estava sem condições físicas para outra gravidez achando que a abstinência de alguns dias de sexo não ofendia a Deus, Jesus respondeu: Mas tu faltas com a confiança, porque pensas que Deus não pode saber se é oportuno te dar outros filhos. Digo que não vos cabe, de maneira nenhuma julgar. Eu te havia dito que não seria fácil Me seguir. Sim, os casais prometem aceitar todos os filhos dados por Deus! Acaso cumprem?
 
    Quando ao método natural a Igreja diz: Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação é intrinsecamente má “toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação”. “É de excluir como intrinsecamente desonesta, toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou na sua realização, ou no desenvolvimento das suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio tornar a procriação impossível” (Humanae Vitae, 14). Isso elimina todo tipo de contraceptivo, seja qual for o método, mesmo a camisinha.
 
     Quanto à camisinha o saudoso Papa João Paulo II assim falou: “Além de que o uso de preservativos não é 100% seguro, liberar o seu uso convida a um comportamento sexual incompatível com a dignidade humana...O uso da chamada camisinha acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo ... O
preservativo oferece uma falsa idéia de segurança e não preserva o fundamental”
(PR, nº 429/1998, pág. 80). E não resta duvida disso, e quando um governo como o nosso resolve distribuir 10 milhões de camisinhas num carnaval, apenas mostra o quanto satanás está nesta parada. Mas tem ainda questão das doenças venéreas e da AIDS... Entretanto...
 
     A Organização Mundial da Saúde (OMS) já avisou que os preservativos não impedem totalmente a contaminação do vírus, uma vez que esses são muitíssimos menores que os poros do látex de que são feitas as camisinhas. A Rubler Chemistry Technology, Washington, D.C., junho de 1992, afirmou que : “Todos os preservativos têm poros 50 a 500 vezes maiores que o vírus da AIDS”. Vemos, portanto, que é irresponsável, cientificamente, dizer que a camisinha garante o “sexo seguro”. O pior, ainda, é que esta falsidade vem acompanhada de um estímulo ao “sexo livre”, sem responsabilidade e sem compromisso, o que o faz promíscuo e vulgar (Cléofas). Importante também...
 
     Quanto à masturbação, o Catecismo diz: “Na linha de uma tradição constante, tanto o Magistério como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade. Aí o prazer sexual é buscado fora da relação sexual exigida pela ordem moral, que realiza, no contexto de um amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana”.
 
     Coloquei também a questão da masturbação, porque já vimos em nossas caminhadas, muitos casos de homens eu pagaram por décadas inteiras no purgatório pelo fato de se haverem negado sexualmente às esposas – também há casos de mulheres que se negam – ao tempo em que se masturbavam solitários. Em dois casos que lembro, o castigo passou de 30 anos, um para cada ano em que viveram juntos. Isso prova que o sexo foi criado por Deus para a alegria e satisfação mútua – não só de uma das partes – porque a criatura humana é a única a quem Deus deu este fabuloso efeito do prazer na relação sexual.
 
     De fato, nenhum animal que eu conheça sente este prazer fortíssimo igual ao homem – e a mulher – até porque se sentissem, e não tendo domínio sobre si, se matariam “de prazer”. Mas ao homem Deus deu este presente – que não o obriga ao uso do instinto de procriação, nem a recorrer a odores almiscarados – porque mais forte que o desejo sexual, e o prazer que dele é derivado, Deus deu-lhe a força do autodomínio, que permite ao ser humano manter sua sexualidade sob controle. Sim, sempre dentro do plano divino, numa linha de normalidade, com afeto, ternura, e a presença cúmplice de Deus. Sem medos!
 
     E medo, eu não tenho de errar quando digo que Deus nos deu este prazer como uma graça, uma prova perfeita de Seu Amor. Quero dizer: quando um casal, unido pelo santo Sacramento do Matrimônio, se une fisicamente, sempre com abertura perfeita para a vida conforme o plano do Altíssimo – onde se torna um só – o próprio Espírito Santo participa deste ato de Amor. Porque tal como Deus ama suas criaturas, ama com amor Eterno, aquela pequenina criatura que pode nascer deste perfeito e sublime ato de amor. Eis porque é importante a Oração, antes de depois deste ato, de responsabilidade eterna. Aí não importará o número das relações sexuais, e até uma só vez por mês será normal. E o encontro será tão profundo e intenso, que isso os manterá plenamente satisfeitos!
 
     Quando, porém, o ato sexual é voltado exclusivamente para o prazer carnal, pela pura exacerbação dos instintos animalescos, naturalmente que ele não conta com a presença de Deus. E quando, de um ato destes, sem a presença de Deus acontece um gravidez, tantas vezes ocorre a rejeição, que leva ao aborto, ao assassinato, ao crime mais nefando que alguém pode cometer. Dizem eufemisticamente, que isso é interromper
uma “gravidez indesejada”, quando não compete ao homem desejá-la e sim a Deus. Que dizer disso? Que a maioria de todas as relações sexuais – vou chutar: 99% delas – estão fora do plano divino, de um modo ou outro. Até, porque, o ato de gerar é tão sublime, é tão divino, que mereceria que o casal estivesse em perfeito estado de graça. Santos gerando santos!
 
     Naturalmente que as páginas se esgotam e eu vejo que precisaria de um tratado para anotar tudo o que acontece neste sentido. O medo de engravidar é um componente muito negativo, porque não cumpre o perfeito desejo de abertura a vida e faz com que tantos outros problemas apareçam. Especialmente de natureza hormonal, levando mulheres e até homens a frigidez completa, a não ereção, ao ato sexual dolorido, à interrupção do coito, á falta plena da lubrificação natural – que praticamente o impossibilita – quando nada disso vem do plano de Deus. Vem sim do pecado, vem da inobservância da ordem divina, que explode naquela célebre frase: não te servirei! Nunca se ignore isso!
 
     Na outra ponta, vem a sexualidade desenfreada, que acaba criando descompassos assustadores entre os casais. Grande parte dos homens, eles principalmente, fazem uma idéia explosiva do sexo, achando que se não tiverem relações sexuais todos os dias, não são homens normais. As mulheres em sua maioria não pensam assim! E milhares delas acabam por desgostarem completamente deste ato, algumas até o repugnam, e é entre dores e sofrimentos atrozes que se submetem. “Serás submissa ao teu marido e te sentirás atraída por ele”. Há milhares delas, praticamente mortas interiormente devido a isso!
 
     Tanto mais porque, na medida em que nascem os filhos, seu corpo se transforma e se deforma e suas preocupações se voltam instintivamente mais para a prole, e os desejos sexuais delas muitas vezes são sufocados naturalmente. Além disso, o cansaço da jornada estafante – especialmente depois que a mulher teve a maldita idéia de arrumar uma tripla jornada de trabalho fora de casa – não permite que haja abertura, paz e sossego para que se pratique o sexo dentro do plano divino: terno e doce! Com isso, começa a limitação os filhos, e mais alto soa o grito de rebeldia: não te servirei!
 
     Quando, na semana passada, assisti o caso em Minas, de um casal que tem sob sua guarda 55 filhos, numa casa cheia de alegria, levei como um tapa na cara, por ter apenas cinco. E vi então como me arrependo de termos também descumprido a ordem criadora, quando minha esposa, com medo de morrer numa próxima gravidez, ligou as trompas. Ela também se arrepende disso, e eu, de fato, amaria ter tido mais cinco filhos. Com toda certeza nós iríamos conseguir criá-los, tal como meus pais que tiveram 12 filhos. Estes exemplos, demolem qualquer artifício que se levante em favor do controle da natalidade.
 
     E naturalmente, que este controle da natalidade implica em muita coisa ruim que acaba acontecendo ao casal. É isso que torna muitas uniões tempestuosas, que leva aos milhares de separações, às brigas, porque este casal foge do plano divino. O fato de um se negar ao outro, de um pretender forçar mais relações que o outro concorda ou suporta, tudo isso é motivo de desajustes, que levam os casais a se divorciarem.
 
     Tantas vezes, é o problema de saúde, de doenças graves, que influi num deles. E o outro não aceita aquela situação, que leva à deterioração do casamento. Nestes casos, deve entrar o amor, não só o amor, mas a renuncia de si, que fará obras estupendas pelo acúmulo de graças diante de Deus. Um cuidando santamente do outro! Porque a doença não vem de Deus: vem do pecado! E conformar-se com a divina bondade, que aceita esta dor como oferta de purificação, pode operar verdadeiros milagres.
 
     De um modo geral, falo da imensa maioria, os homens não estão prepa
rados para a vida sexual nos moldes do plano divino. Em especial eles! É que o exacerbamento destes impulsos, pela exposição continuada do corpo feminino, cada vez mais insinuante e provocativo, cada vez mais exposto e oferecido, realmente transtorna a qualquer um. Por outro lado, esta mesma mulher que se insinua e provoca, não está também preparada para enfrentar os efeitos de seu chamamento. Então a maioria absoluta dos casais monta a sua estrutura familiar na areia movediça da sexualidade e acaba ruindo em poucos dias. Falta renuncia! Eis o motivo principal de tantas separações de casais. Non, serviam!   
 
     Enfim, o ato sexual aberto à vida, e perfeitamente dentro do plano divino, é um hino de louvor à criação, é um ato de amor a Deus. Se nos fosse dado ver o fantástico instante em que ocorre a fecundação – se o casal visse isso – quando o espermatozóide entra no óvulo, jamais alguém abortaria. Uma explosão de luz irrompe das trompas e invade todo o seio da mulher, e de um instante para outro ela se parte em três. Seu esposo, ela e a pequena criaturinha já perfeitamente delineada e definida. E será este pequenino e doce “tirano”, que partir dali regerá todo o ciclo da mãe... E do verdadeiro pai. Eis que ela não pertence mais a si, mas aos dois! Portanto é mentira que a mãe é dona de seu corpo.  
 
     Por último, deixo um grito ao tormento das mulheres que sofrem violência sexual, as que são diariamente como que estupradas por maridos bêbados, sujos, e há muito mais gritos de angustia neste sentido que se possa imaginar. Verdadeiras vítimas, heroínas de seus lares, mantidos a custa da dor e da morte interior. Tudo fruto do pecado, para não somente o sofrimento destas almas vítimas, mas para sofrimento do Bom Deus, que havia projetado bem diferente sexualidade, nunca esta animalesca conjunção carnal.  
 
     Assim, para cumprir a divina e perfeita vontade do Criador, nenhum casal católico deveria limitar o número de seus filhos, nem escolher o sexo de seus rebentos, nem recorrer a métodos artificiais para a fecundação. Porque também isso é gritar bem alto: Non Serviam! Isso somente serve a satanás, pelo orgulho do homem, que com isso se coloca no lugar do próprio Deus. Para estes casos existem milhões de crianças fruto de pais irresponsáveis, que anseiam por um pai e uma mãe. E havendo amor, Deus proverá de tal forma que até mesmo a descendência genética se perpetuará neles.
 
     Disso se deduz: aborto, em nenhum caso! Nem no caso de um estupro. Nem com risco de vida da mãe: o adulto morrerá pelo ciclo natural, mas continuará vivo em seu filho. Se ele morrer a mãe morrerá junto com ele. Não fisicamente? Sim espiritualmente! Nenhuma delas escapará a veredicto de seu instinto maternal. Um dardo ardente estará fincado dia e noite em sua alma. Não matar é lei, amar também! Quem ama, não mata!
 
     Vale a pena obedecer ao plano de Deus. Somente Ele sabe o que é bom para nós!
Arnaldo!
 
 
 



Artigo Visto: 3252

ATENÇÃO! Todos os artigos deste site são de livre cópia e divulgação desde que sempre sejam citados a fonte www.recadosdoaarao.com.br


Total Visitas Únicas: 4.204.607
Visitas Únicas Hoje: 259
Usuários Online: 61