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18/10/2005
Hipócritas (3)


Moral - 05 Hipócritas (3)
Moral - 05 Hipócritas (3)

2051002 HIPÓCRITAS (3) > Segue-se a parte três e última deste debate, agora com mais intensidade.
 
7 - Concordo contigo q “talvez” eles não rezassem com tanta freqüência, mas não posso afirmar por eles. Mas acredito q meu pai rezava sim pq sempre foi católico fervoroso e sempre o vi rezar (até hj faz isso). No caso de minha mãe talvez não tanto na época pela pouca idade q ela tinha (14 anos qdo me teve)e tbm por vir de uma familia desconcertada. Hj minha mãe é evangélica (a quase 15 anos) e sei bem q ela afunda seus joelhos todos os dias, embora eu faça uma força tremenda para q ela volte a Igreja católica por achar q os evangélicos se preocupam demais consigo mesmos e com a salvação pessoal e se esquecem q a fé sem obras é morta... isto é outro assunto...
 
R > Veja, aqui mais um componente de desgraça. E prova de que eu tenho razão quando antes afirmei que seus pais não rezavam juntos. O fato de terem duas religiões é mais um símbolo da desgraça das famílias, cujo fruto são degenerações e rupturas drásticas. O fato de sua mãe hoje ser evangélica, se deve a ela nunca ter sido católica de verdade. O fato de seu pai não haver percebido sua tendência a tempo, e ter partido para a oração, junto com sua mãe, é prova de que não estavam com o Espírito Santo. E então, quando você mais precisava, teve que enfrentar sozinho sua opção, você não sabia se queria ser como sua mãe, ou como seu pai, e acabou sendo diferente de ambos. Acredite, a quebra de um casamento, é sempre brutal e tem sobre muitos o efeito de uma catástrofe.
 
8 - Acredito sim q a relação dos meus pais não perdurou pq na verdade eles “não foram casados”. Meu pai já era desquitado (divorciado) qdo se uniu com minha mãe e permaneceram sem casar nesta união entende? Aí sim acredito q foi o tão grande erro deles, embora se amassem muito (como contam alguns) naquela época.
 
R > Mais um componente explosivo, num quadro já doloroso. Além disso não havia a bênção de Deus sobre o casal, e tudo já começou errado. Viu como a culpa é dos homens e não de Deus? Não meu caro, seu pai e sua mão não se amavam – como contam alguns – porque o amor é algo mil vezes superior a isto. No máximo, o que os dois tiveram foi uma forte atração física – sexual – por algum tempo. E desta atração – não deste amor – você nasceu. Nasceu do sexo, não do amor em Deus! Quem sabe surgiu por descuido? Quem sabe nem sequer foi desejado?
 
Mais: Quem me garante que você foi amado de verdade, por ambos? Se de fato seus pais tivessem verdadeiro AMOR por você – falo de amor maiúsculo, em Deus, não simples atração e desejo carnal – teriam se despido deles mesmos em seu favor, e enfrentado até o inaudito, para te criar! Juntos. Ora, se deu com você exatamente o mesmo sentimento desvirtuado de seus pais. Quem não aprendeu o amor verdadeiro, como pode amar de verdade? Eis porque você foi justamente amar, a quem não devia: a um homem!
 
9 - Pode ser tbm q esta desunião tenha causado em mim uma sensação de rejeição mas que nada tem a ver com a tendência homossexual (no meu entendimento). Acho q as experiências sexuais nada tem a ver com infância, separações de pais, etc. Acho q todo ser humano traz as marcas do pecado em si e no decorrer da vida uns se jogam em novas experiências e outros não, simplesmente isso.
 
R > Não, meu caro, continuo com o mesmo ponto de vista. Bato firme na tecla de que em grande parte o homossexualismo dos filhos e filhas é culpa do pecado dos pais, da sua falta de verdadeiro amor, de seu pretenso e desvirtuado amor, que acaba distorcendo o amor dos seus filhos e filhas. Sim, o ser humano realmente trás em si marcas do pecado, e isso já lhe mostrei acima; fatos que demandam gerações. E Deus usa estas marcas, estas dores e estes sofrimentos, para a salvação de todos aqueles que marcaram outras vidas, por sua culpa.
 
Entretanto – atente bem – JAMAIS Deus permitiria que, um
homem, ou uma mulher, se obrigasse a ser gay, para disso retirar frutos de salvação. Deus jamais tira frutos daquilo que é abominável, pois tais coisas não vêm Dele. Na verdade a marca do ser homossexual  é um ferrete de maldição e vem do maligno. Ou seja: se você mesmo não conseguir saldar esta conta em si, outros de sua geração a terão de saldar. Nunca, o homossexualismo, jamais gerará bênção, nem frutos de salvação. Sim, acredito, como no seu caso, belos frutos de conversão. Assim espero!
 
10 - Agora sabemos q toda atitude (seja ela qual for) nos traz conseqüências, boas ou más. Eu posso dizer q minha opção não tenha me trazido nada de mal, pelo contrário. Só depois que optei pela minha verdade é q realmente aprendi muitas coisas q antes não sabia, por exemplo; saber amar as pessoas independente de sexo, pq amar no contexto amplo não se trata apenas de sexo e sim de compartilhar experiências. Ví e vivi o amor na plenitude sem deixar q qualquer tipo de “preconceito” pudesse barrar.
 
R > Perdão, meu caro, se não lhe conseguir fazer mudar deste ponto de vista, você assim me desaponta. Sim, toda atitude nossa – boa ou má – sempre trará conseqüências. Mas jamais se poderá dizer que coisas boas poderão gerar maus frutos, ou que coisas más gerarão bons frutos. Jesus disse isso quando exemplificou na parábola da árvore! Mas você diz que sua opção pelo mal lhe trouxe um bem, o que contradiz o frontalmente ao Evangelho. Na verdade, você não se deu conta de que sua atitude era má, porque assumiu os riscos dela em vista apenas de seu benefício físico, de seu bem estar pessoal.
 
Mas é este realmente o argumento número um de satanás: envolver um mal, numa face aparente de bem! Você pode sim, e deve sim, amar as pessoas, independente de sexo, cor, raça e idade, mas este amor natural, jamais justificará o amor físico pelo mesmo sexo. Porque isso é pecado contra a natureza e contra Deus. E mesmo que você tenha vivido este amor, na intensidade ardente que o descreve, e mesmo que multiplicasse esta força ardente ainda por milhões de vezes, ainda assim tudo o que você conseguiria era, ainda mais aumentar o tamanho de seu pecado. E ainda bem que Deus ama perdoar!
 
11 - Então Arnaldo eu não tenho nenhuma dor por ter vivido esses anos com o meu amigo, muito pelo contrário, se pudesse voltar o tempo faria tudo de novo (de maneira diferente claro) pq acho q sempre podemos melhorar em tudo. Não quero dizer q a homossexualidade seja correta ao extremo mas tbm a heterossexualidade não o é, convenhamos!
 
R > Veja, se eu não conseguir entender este seu “de maneira diferente é claro”, que com isso queira dizer: conviver sem contato físico, sem deitar junto na mesma cama, sem carícias físicas, apenas um sentimento de amizade, que nem pode ser “platônica”, penso que esbarramos num desejo seu de não se converter. Sim, porque conversão significa uma mudança radical de postura, de atitudes e pensamentos. Significa um real desejo e ardente, de mudança radical de vida, que implica em não somente abandonar o passado de pecado e de mal, mas realmente detestar ter cometido aquela falta. Na verdade, para significar bem, a conversão quer dizer literalmente ODIAR ao pecado.
 
Ora não se pode odiar ao pecado, continuando a dizer que faria tudo de novo sem arrependimento. Não, eu não digo com isso odiar ao seu ex-companheiro, e sim os pecados que juntos cometeram. E veja bem, somente assim você estará dando a ele a alegria da libertação completa no Céu, caso contrário o poderá estar prendendo no sofrimento do purgatório. Atente bem para a gravidade deste fato. Digo isso não como suposição, mas como certeza! Se você se mantiver preso ao desejo de pecado, o estará fazendo pagar até por ambos. E quando sua vez chegar, terá de pagar em dobro, é assim a justiça de Deus.
 
12 - Por exemplo conheço heterossexuais q vivem uma vida medíocre, se traem um ao outro, muitos são verdadeiros bissexuais disfarçados de heteros, etc etc etc Pessoas q se lançam em casamentos q na verdade são ruin
a a céu aberto, não tem dom para tal ato tão sagrado... Então posso me considerar um felizardo, pq nunca tive esta intenção em meu relacionamento com meu amigo, na verdade sempre o fiz com intenção de união estável e assim foi. Sabe Arnaldo meus pais sempre dizem q o q eu fiz por ele mulher nenhuma faria. Não me comparando a uma mulher, mas reconhecendo os cuidados q tive para com a doença dele seja em casa, nos hospitais, buscar remédios, dar comida, pregar a palavra de Deus a ele, compartilhar, socorrer, etc etc etc
 
R > Sim, sem dúvida, existem milhares de heterossexuais que vivem uma vida medíocre – casados ou solteiros – mas isso jamais justifica optar por uma via homossexual, apenas porque aqueles vivem mal. Isso não o justifica! Milhões de casais católicos, sim, desonram o seu casamento, entretanto, também isso não justifica a união gay. Não meu caro, nem o simples fato de vocês terem buscado uma união estável e “se amado” justifica tal ato. E sua alegria, o fato de você se julgar um felizardo apenas porque conviveu bem com seu parceiro durante tantos anos, também á uma anomalia deplorável, porque significa  se comprazer num mal, o que sempre desagrada a Deus. É sempre pecado sobre pecado, falta sobre falta. Sim porque você tem insistido em levar as coisas pelo lado físico, aparente, humano e até racional da coisa, eu porém, não posso fugir do caminho de Deus, pois penso em sua conversão não em justificativas humanas. Sobre o fato de você o atender bem – não duvido, aliás tenho certeza – me permita colocar isso no final, sim?    
 
13 - Não me vanglorio nisso não, mas verdade seja dita, fiz tudo isso sim e queria q ele estivesse vivo aqui para poder continuar a fazer, jamais pedi a Deus q o levasse, muito pelo contrario, minhas preces eram q ele ficasse curado e Deus o curou muitas vezes mas parece q da última era a hora dele mesmo, Deus o sabe (embora eu tenha uma certa desconfiança do hospital q o atendeu, mas isso é outra história... se quiser falar sobre isso depois, falamos ok?)
 
R > Meu caro, você continua pensando no mundo e nesta vida, eu teimo em seguir com você para o Céu. Veja, como já lhe disse, Deus levou seu amigo na hora certa. Para isso, Ele não olhou para a vida pretensamente “maravilhosa” que vocês dois levavam juntos, aqui na terra, mas sim para a vida realmente maravilhosa e fantástica que planejou para vocês dois, vivendo junto Dele, no Céu. Vai que Ele permitisse que vocês dois fossem até a velhice, juntos, corrompendo-se cada vez mais, em suas almas, se apodrecendo, porque de uma união assim jamais poderá nascer uma flor! Charco, sempre será charco e fedido, enquanto não for drenado da podridão.
 
Que lhes aconteceria? A ambos? Pelo que tenho visto, iriam ambos para o inferno! Então, Ele acolheu seu amigo antes do tempo – ainda menino como você disse – para que você tivesse tempo de fazer o resto. Na verdade, com isso Deus abriu a porta da salvação para ambos. Entretanto, esta sua parte, tem que ser, precisa ser, obrigatoriamente tem que ser a ruptura completa e o ódio e repúdio ao passado. Não ódio ao seu companheiro, como já disse, mas ódio do pecado mútuo.  Porque vocês dois sabiam claramente que estavam em pecado gravíssimo. E viveram nele quase 15 anos com risco de vossas almas.
 
14 - Arnaldo meu irmão, aprendi tantas verdades com meu amigo, ele me ensinou tantas coisas bonitas, ele era trabalhador, honesto, amava a vida, etc etc etc Poderia dizer q poucas pessoas q conheço tem as qualidades q ele tinha. Então não me dói ter as coisas dele por aqui, ao contrário. Apenas dói qdo sabemos q a morte nos separa momentaneamente e aguardamos a restauração de todas as coisas por Deus. Pq creio q um dia nos veremos de novo e viveremos juntos uma eternidade, creio piamente nisso pq tbm creio na palavra de Deus q é “infinitamente” misericordioso e conhece as entranhas de cada ser e sabe com que propósito cada ser vive suas intenções.
 
R > Separei este tópico em dois para explicar melhor. Veja, não se pode negar
que ele tenha tido boas qualidades, boas intenções, que tenha sido honesto e trabalhador, e creio nisso. Aliás, sem você dizer eu tinha já certeza disso, e sabe porquê? Porque justamente por ter sido assim, um bom “menino”, é que Deus o levou agora. Pois se, fosse ele um “desmunhecado”, afrontador, certamente que Deus não lhe daria esta chance. Mas uma coisa é certa, tão certa como a aurora: Na eternidade em Deus, vocês dois jamais estarão juntos, da forma como você imagina, jamais!
 
Para que vocês dois estejam no Céu, juntos, é exatamente preciso que agora – momento em que você está conhecendo a verdade – se desprendam um do outro ainda aqui na terra. Ele, lá na eternidade, se teve a graça do purgatório – e creio nisso, e embora lhe doa digo – ele já se desprendeu de você completamente. E você tem que fazer isso também, enquanto estiver vivo, mesmo que isso lhe custe muito sofrimento. Não existe outra alternativa, se houvesse, ou se soubesse, eu lhe diria. Algo que fosse mais fácil! Você não pode continuar amando uma situação pecaminosa, o que implica em falsa conversão, e se confessou, em sacramento sacrílego. Não comungue depois de saber disso!
 
15 - Então já não posso crer num Deus carrasco q não leva em consideração as “intenções dos corações” e posso dizer q tanto eu como o meu amigo respeitamos sempre a vida (nossas e as alheias), respeitamos os animais “no sentido amplo” dizendo, ao ponto de pegar muitos nas ruas e trazer para nossa casa, cuidar e amar; acolhemos nossos pais em todas as situações, respeitamos nossa comunidade, o transito, enfim fomos cidadões a risca, só acho ainda q a homossexualidade foi apenas uma opção nossa, pq tbm não somos “impotentes” somos sim gçs Deus saudáveis sexualmente falando, apenas não tínhamos apetite na plenitude para com as mulheres, haja vista tbm q as mulheres q atravessaram nossas vidas nada de bom nos trouxeram, ao contrario só futilidade e interesse.
 
R > Alto lá! Deus não é carrasco, nem se Lhe pode imputar o que Ele dever ser ou fazer. Ele de fato leva sempre em consideração a intenção dos corações, mas se esta intenção for por um mal, ou para o mal, a Sua atitude será sempre de Justiça, jamais poderá ser de condescendência. Ninguém poderá dizer diante Dele que cometeu um pecado com reta intenção. Veja, eu até sei desta atitude carinhosa de muitos com os animais, mas mesmo que vocês dois juntos, acolhessem todos os gatos e cães vadios do mundo, e cuidassem bem deles todos, ainda assim vossa convivência marital jamais seria aprovada pelo Criador, me entenda bem. Porque a primeira premissa é falsa, logo a segunda não a pode justificar, nunca! E, não duvido que as mulheres que atravessaram vossas vidas lhes tenham causado desgostos, mas muito se deveu também exatamente por causa de vossa tendência de desajuste, não acha? De fato, nem isso vos justifica! E, me entenda, não lhe aponto pessoalmente o dedo falando assim, aponto apenas e atiro no pecado.
 
16 - Veja Arnaldo não defendo a homossexualidade, nem defendo nenhum outro pecado, apenas acho q pecados são muitos e todos nós os temos cometido, multidões de pecados. E pecado não tem diferença, é tudo pecado. Claro q se pode comparar entre um pecado maior e um menor, mas Deus é maior que todos eles e condena o pecado, não o pecador, é isso?
 
R > Sim, todos nós temos multidões de pecados, e o fato de você também reconhecer isto, é prova de humildade. Mas veja, aqui você demonstra perfeita consciência, de que viveu por 14 anos numa união homossexual, sabendo plenamente ser pecado. Com isso,  você me justifica plenamente até aqui, porque também eu não lhe estou condenando, de forma alguma, já que, como você mesmo apontou, Deus é maior: condena o pecado, não ao pecador, que se converte e vive. Viu? Eu acrescentei uma palavra importante: se converte e vive!
 
Converter-se eu já expliquei acima, significa romper completa e decididamente com o pecado, significa odiar  ao pecado, e viver, significa voltar à vida em Deus. Voltar a ter direito de
conviver na presença divina. Uma coisa apenas: nem tudo em sexo é pecado, mas tudo que foge do plano divino neste sentido é certamente. E o maior, ou menor, depende do grau de conhecimento da pessoa, é aqui que entra seu exame de consciência.
 
17 - Sabe tenho me entregado nas mãos do Senhor para q Ele faça em mim o q Ele desejar, para q minha alma não se perca, não pq eu tenha uma ou outra tendência mas pq tenho e “temos todos” várias tendências ao pecado, afinal somos todos filhos do pecado, quem não os tiver q atire a primeira pedra.
 
R > Ótimo que faça isso, entregar-se nas mãos do Senhor, para que Ele, somente Ele te conduza “à campinas verdejantes”. E a salvação de sua alma, depende exatamente da profundidade de sua conversão. Esta tendência para o pecado, entretanto, não pode nos servir de justificativa para a queda, tampouco poderemos achar que estamos de forma inexorável presos a ele. De fato, Deus usa desta nossa fraqueza, para provar a força com que atuamos em seu combate. E você precisará realmente arrancar forças profundas, do mais íntimo de seu ser, para levar avante esta decisão de se salvar. A oração é sem dúvida o único caminho que está diante de você, rumo a vitória. O resto... são atalhos, são picadas, que levam à perdição, à porta larga. 
 
18 - No tocante a casamento entre pessoas do mesmo sexo como vc disse, tbm não acho certo (não na Igreja) mas esses casamentos existem desde q o mundo é mundo na informalidade, nem a Igreja nem ninguém os proíbe mesmo porque cada um tem o livre arbítrio de viver sua intimidade como quer e como achar conveniente de acordo com os conceitos q cada um tenha sobre o q seja “moral” ou “imoral”.
 
R > Alto lá,  mais uma vez! Aqui tem algo de muito grave e sério. As uniões erradas sim, existem desde o início do mundo, mas para elas existe uma lei. Quem passa por cima dela acolhe o pecado e não tem a bênção de Deus. E para pertencer a uma Igreja, sim, você deve se submeter às regras dela, à Doutrina dela. O livre arbítrio serve até para seguir o mal, mas na Lei de Deus e da Igreja isso não se aplica: não somos nós quem decide o que fazer em questões de moral, porque vale antes a moral que vem de Deus. É o pensamento relativista, tão combatido pelo Papa Bento XVI, que prega este descalabro. Se todos dentro da Igreja podem escolher a moral que seguem, para que Igreja? Ora, um clube, uma associação tem regras e estatutos. Para pertencer a aqueles quadros o indivíduo tem que se submeter a aquelas regras, senão fora! Da mesma forma na Igreja Católica: ninguém é obrigado a pertencer ou ficar nela, mas se pertencer deve seguir o que ela diz.
 
19 - Pra finalizar Arnaldo, acho q todas as pessoas tenham em si “o lado voltado a Deus” onde na hora certa vão experimentar essa “consciência com e em Deus” onde o próprio Deus nos chama para uma mudança de vida, de atos, pq todos nós um dia compareceremos ao tribunal de Deus, tbm acho q Deus convoca seus filhos num dado momento da vida (por amor ou por dor) na hora certa e já em vida todos nós experientaremos uma conversão direta para q nossas multidões de pecados sejam reparadas a tempo.
 
R > Agora sim você chegou ao ponto certo. A sua conclusão é perfeita. Deus misericórdia deu ao seu antigo companheiro um momento certo e ótimo para leva-lo, e está dando para você o mesmo tempo, com uma vantagem: você pode expiar em vida, ele não teve esta chance. Aproveite então seu tempo, e comece o grande retorno, que sem dúvida parte da rejeição e do ódio ao passado de falta. Pois como lhe disse, enquanto você continuar a desejar reviver, e aceitar intimamente que faria tudo de novo, que voltaria a viver em pecado grave, nem suas confissões serão válidas, pior, suas comunhões serão sacrílegas. É a isto que você é chamado, não ao ódio ao seu companheiro, mas à rejeição profunda de uma convivência maligna, que espiritualmente só lhes trouxe frutos amargos.
 
20 - Deus tenha compaixão de todos nós e nos toque no intimo da alma para q sejamos dignos de viver eternamente! Arnaldo: fico por aq
por hoje, me desculpe se falei algo q lhe magoou, fique sempre a vontade em expressar suas concordâncias ou discordâncias ok? Deus abençoe a todos nós! Amém!
 
R > Sim, é isto que todos nós devemos buscar: sermos dignos de viver eternamente em Deus. Porque o morrer significa perder-se para sempre. Mas somente o desapego ao passado de pecados pode levar àquela conversão que implique em méritos de salvação. E isso vale para mim, também, pecador que me confesso. Não adianta eu ir confessar meu pecado a um sacerdote, se não me desapego dele, se não luto tenazmente para me livrar daquela obsessão. Daquele mal, que antes de me libertar, na realidade me oprime e me aflige. Fim!
 
     Esta, em síntese, foi a resposta à sua última carta. Penso que não são necessários mais esclarecimentos para complementar este texto, embora eu acredite que deveremos continuar na luta, porque em outros casos a luta durou meses e não semanas. A grande alavanca que este nosso amigo tem é que seu parceiro faleceu, pior seria se o tivesse de deixar, abandonar por amor a Jesus. Vocês não imaginam como foi difícil para eles.
 
    Uma coisa entretanto gostaria de comentar ainda, e se refere ao complemento do item 12, acima. Quero me reportar ao alegado por nosso amigo, em relação ao tratamento que os homossexuais em geral dão aos seus parceiros. Com todos aqueles que tive algum dia oportunidade de conversar, foi possível perceber que nos dias de hoje são raríssimas as mulheres que dão aos seus esposos o mesmo tratamento que os homossexuais passivos dão aos seus pares. Não, jamais os vou justificar, apenas quero deixar uma mensagem de alerta para tantas e certas esposas.
 
     Na verdade, o tratamento da maioria deles é de verdadeira devoção, quase idolatria, quase igual a um deus. E ali entra um segundo e terrível mal! O parceiro masculino, tantas vezes se deixa levar por este relacionamento, porque vindo de relações frustradas e frustrantes com mulheres. Vem de decepções e desencontros. Já para o passivo, a quase idolatria, a quase escravidão, se deve uma sensibilidade anormal que lhes é aguçada não por um sentimento de origem divina, mas por algo tenebroso, pois afronta a natureza humana, e agride ao próprio Deus. De fato, Ele não criou os homens para serem escravos de machos dominantes, mas para serem templos do Espírito Santo. Quem aceita em sua alma o ferrete da abominação, recebe no corpo a marca do estigma. Adquire uma ferida profunda, de um sarar difícil, sem Deus, verdadeiramente impossível.
 
Mais uma coisa: este endeusamento de seu parceiro, pode ser a causa também da perda de certas mulheres como idolatria. Muitas esposas amam seus maridos, não com amor normal de essência divina, mas com anormal idolatria. Com obsessão! O exemplo de que elas podem vir a se perder também, nos é dado pelo Livreto “O Grito Lancinante de uma Alma”, daquela mulher que trocou a Deus pela idolatria de seu esposo. Uma loucura! Ai de quem se entregar de alma e corpo a um ser humano, seja por motivo de atração física real, seja por idolatria, atores, atrizes, cantores. Não se assustem se Deus levar alguns jovens antes de se perderem. Trata-se de pura misericórdia! Só a Deus se deve prestar culto, pois maldito quem confia no homem...
 
Para irmos encerrando este testemunho, devo dizer que me decepcionou um pouco a resposta que recebi quanto à última carta. A carta falava em hipocrisia – como se fosse de minha parte – em tentar corrigi-lo, quando obtive antes dele esta permissão e não me poderia furtar à verdade. Também tentou desviar o assunto da conversa, falando em que não somos obedientes à Igreja e coisas assim. Então, preferindo não polemizar, e invertendo o ônus da prova, respondi apenas que ficava feliz por ele haver entendido, pois realmente os fariseus pregavam uma coisa e faziam bem outra. Ou seja, ele antes de entender as coisas, também agia como um fariseu, que se pensava justificado apenas porque se confessou, enquanto continuava a amar seu pecado e seu antigo amor, quando isso é um pecado abominável diante de Deus.
E assim encerramos.
 
E para grafar bem com uma passagem bíblica, deixo esta que está no livro do Eclesiástico 1, 34-40: ... o temor ao Senhor é sabedoria e instrução, e o que Lhe é agradável é fidelidade e doçura;... Não sejas rebelde ao temor do Senhor, não vás a Ele com coração fingido, não sejas hipócrita diante dos homens, e que teus lábios não sejam motivo de queda. Vela sobre eles para que não caias, e não atraias sobre a tua alma a desonra; e para que Deus, revelando teus segredos, não te destrua no meio da assembléia, por te teres aproximado do Senhor sorrateiramente, com o coração cheio de astúcia e engano.
 
Vale, então, para todos os que buscam a conversão:não se pode aproximar de Deus com um modo astucioso, mostrando poses de santidade, quando se continua agarrado ao pecado e se declara, conscientemente, que tendo oportunidade voltaria a comete-los. Nos próximos dias, devo colocar todo um livro sobre o inferno e o purgatório, em capítulos, onde um sacerdote de séculos passados reúne histórias de perdas de almas. As mais terríveis se dão exatamente por isso: esconder um pecado, amar um pecado e ir com ele até a morte. Isso é causa certa de condenação eterna. Ou este jovem se livra da obsessão em que está metido, ou seu caminho é de perda, embora se confesse seguidamente.
 
Deus lhe deu uma chance: nem sempre há duas!
 
Que Deus vos abençoe
 
Arnaldo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



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