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29/12/2016
Acusação implícita
Não existe nenhum clericalismo tão farisaico como aquele que se arroga para si próprio, direitos que são reservados a Deus


O Bispo Schneider não cita o nome do Papa Bergoglio; mas dirige o foco das atenções para o ultraje que todo o Mundo Católico sabe que ele aprovou, na sua campanha para estender a toda a Igreja Católica a sua “autorização” para um sacrilégio em massa, dada quando ele era Arcebispo de Buenos Aires

Christopher A. Ferrara | FatimaNetWork – 14 de Dezembro de 2016 – Numa alocução histórica pronunciada na Fundação Lepanto e traduzida no LifeSiteNews, o Bispo Athanasius Schneider — seria impossível ele ter um nome mais apropriado — lançou a seguinte acusação implícita ao programa bergogliano para derrubar o ensino bimilenar da Igreja, e a disciplina eucarística com ele integralmente relacionada sobre os divorciados e “recasados”. Este programa postula certas “exceções” a um preceito negativo da lei divina e natural que a todos obriga sem exceção:

“A Ordem para o homem não se recasar depois de se ter separado da legítima esposa não é fundamentalmente uma norma positiva ou canónica da Igreja; mas é a palavra de Deus, como nos ensinou o Apóstolo São Paulo… Por isso, e de acordo com a razão divina e humana, a Igreja não tem autoridade para aprovar, nem sequer implicitamente, mais uma união more uxorio (conjugal) fora de um único casamento válido, deixando  adúlteros deste género a receberem a Sagrada Comunhão.

“Uma autoridade eclesiástica que emita normas ou orientação pastoral que possibilite tal admissão aos Sacramentos está a arrogar-se para si própria um direito que Deus não lhe deu. Um pastoral acompanhamento e discernimento que não comunicam à pessoa adúltera – os ditos divorciados e recasados – a obrigação divinamente estabelecida de viver em continência como uma condição sine qua non para a admissão aos Sacramentos; na verdade, só evidencia um clericalismo arrogante, pois não existe nenhum clericalismo tão farisaico como aquele que se arroga para si próprio direitos que são reservados a Deus.”

O Bispo Schneider não cita o nome do Papa Bergoglio; mas dirige o foco das atenções para o ultraje que todo o Mundo Católico sabe que ele aprovou, na sua campanha para estender a toda a Igreja Católica a sua “autorização” para um sacrilégio em massa, dada quando ele era Arcebispo de Buenos Aires. Para não deixar qualquer dúvida sobre este assunto, foi precisamente aos Bispos de Buenos Aires que Francisco escreveu, a confirmar que “não há nenhuma outra interpretação” da sua Amoris Laetitia para além do que oferecem as orientações dos Bispos para a sua “implementação”:

“Quando as circunstâncias concretas de um casal tornam isso viável, especialmente quando ambos são Cristãos com uma caminhada de Fé, é possível propor-lhes que façam o esforço de viverem em continência….

“Noutras circunstâncias mais complexas, e quando não é possível obter uma declaração de nulidade, a opção supra mencionada pode, com efeito, não ser realizável [!]. Não obstante, é também possível empreender uma caminhada de discernimento. Se se chegar à conclusão que, em determinado caso, há limitações que diminuem a responsabilidade e a culpabilidade… a Amoris Laetitia abre então a possibilidade de aceder aos Sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia (cf.  [Amoris] notas 336 e 351) …”

Portanto, Francisco aprova a noção de que pode não ser “realizável” o casal viver em continência, e que algumas pessoas que são divorciadas e “recasadas” em “circunstâncias mais complexas” – seja o que for que isso signifique… – podem ser autorizadas a receber a Sagrada Comunhão, continuando na mesma a ter relações sexuais fora do casamento. O espírito católico fica desconcertado com o espetáculo que temos diante de nós!

Porque é que o Bispo Schneider chama a toda esta ideia insana um “arrogante clericalismo” que é “tão farisaico… que [para si próprio] se arroga direitos reservados a Deus”?  A resposta bastante incrível, é a de que Francisco – tal como os Fariseus que ele nunca se cansa de denunciar – fez precisamente aquilo que Nosso Senhor condenou aos Fariseus: tolerar o divórcio.  E teve o descaramento de se arrogar para si próprio, direitos que são reservados a Deus – e, além disso, fazendo-o em nome do “Deus das surpresas”.

De novo o Bispo Schneider evitou qualquer menção direta ao autor deste arrogante clericalismo farisaico. Mas haverá ainda alguém que, sabendo o que se passa na Igreja, não saiba que, em última instância, o autor é Francisco e ninguém mais senão ele?

-O que hão-de fazer os fiéis, quando aparece um Papa que retrocede até à casuística dos Fariseus, ao mesmo tempo que denuncia a casuística daqueles a quem chama ‘os Fariseus de hoje’ – que são os que, como o Bispo Schneider, estão a defender o ensino de Nosso Senhor Jesus Cristo contra o Papa e seus colaboradores?  -Só podemos manter a Esperança e rezar para que Deus liberte a Sua Igreja daquilo que é, inegavelmente, uma situação quase apocalíptica.

Entretanto, a acusação implícita do Bispo Schneider não pode ser anulada, pois o Grande Juri é o próprio Céu e o julgamento está feito desde toda a eternidade, a favor da Verdade – a Verdade que nos libertará. Será o tempo, inevitavelmente, a revelar a terrível sentença, que nos será transmitida pela Corte Celeste!

Publicado originalmente: FatimaNetWork – Uma Acusação Implícita Que Não Pode Ser Anulada

 


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